Editorial - Quarta Edição - 15 de março de 2001.

DVDs a R$ 14,90: você decide!

Você lembra de quando começou a mania de "brindes" em revistas? Bem, eu não me recordo, mas sei muito bem o que é oferecido atualmente. Na sua banca preferida, verifique se não tem CDs de música, de softwares, fitas em VHS entre outros "mimos", desde raspador de parafina até suporte para óculos. Tenho quase certeza que ninguém se importa com isto, muito pelo contrário. E o motivo é muito simples do porquê desta prática mercantil: concorrência. Felizmente, nunca se leu tanto no Brasil. Existem milhares de publicações para todos os gostos, alguns duvidosos, é claro, mas a informação era a alma do negócio... Hoje, também não vamos generalizar, o diferencial está no "plus a mais" que as editoras podem oferecer. Então, chegamos à Era do DVD. E, logo, vieram as revistas especializadas e os nossos "mimos digitais" (aplausos, please!).

Neste momento, há duas editoras responsáveis por tais lançamentos: a NBO e a EUROPA. A primeira está no mercado de DVDs desde dezembro de 1999 com a edição da "DVD News" (na 14ª edição). Além desta revista, publicam ainda a "DVD Erótico" e a "DVD Music", todas acompanhadas de DVDs. A outra editora tem as suas atenções voltada para a "Revista do DVD" na sua 3ª edição. Ambas têm a mesma distribuidora e confirmam a abrangência nacional de suas revistas (aliás, existem apenas duas distribuidoras no país...). O papel destes periódicos, no mercado de DVD, é, sem dúvida alguma, muito importante para alcançarmos o futuro mais rápido possível, seja pelas informações prestadas, seja pelo valor acessível do próprio produto.

Entretanto, o mercado é exigente como nós, consumidores. Hoje, com os fortes boatos que outras publicações (revista Caras e um jornal de São Paulo) irão adotar as mesmas táticas com valores reduzidos, a tendência é que as atuais detentoras deste produto melhorem a sua qualidade, ultimamente, tão criticada por nós, consumidores já exigentes. E isso não serve apenas para os DVDs oferecidos em revistas, mas também àqueles que estão nas prateleiras das lojas ou hipermercados. Acompanhando os grupos de discussões sobre DVD, para que não sejamos donos da informação, e analisando, tecnicamente, alguns exemplares, concluímos que os aborrecimentos são bem maiores do que o entretenimento que poderia nos proporcionar. A qualidade "VHS" ainda predomina, apesar do formato digital. É como ouvir aquele CD de música com todo aquele chiado e arranhões de um disco de vinil... Se você já se enquadra na categoria "consumidor exigente", faça a sua parte: participe do abaixo-assinado . Aos demais, mantenham-se informados.

Por Marcelo Hugo da Rocha