Atualizado
conforme o bom humor do Editor-chefe
14 de maio de 2003
Como fazer e assistir
a um VCD/SVCD.
Para os marinheiros de primeira viagem no Mundo DVD e que
se questionam sobre aquelas siglas impressas em seus aparelhos,
VCD e SVCD, não se desesperem! Com certeza, em algum
momento vocês utilizarão estes formatos de
vídeo.
VCD é a abreviação
de 'Vídeo Compact Disc', formato capaz de armazenar
60 minutos de imagem com som estéreo em um CD. Criado
em 1987, portanto, uma tecnologia nem tão nova assim
(o CD foi lançado nos EUA em 1983), enquanto que
o SVCD (Super VCD) é uma versão melhorada
pois possibilita armazenar 45 minutos de imagem mas com
uma qualidade superior. Com o advento da internet e da divulgação
(e troca) de vídeos e filmes, estes formatos voltaram
à cena como o meio de carregar os arquivos para assistir
num DVD Player (porque os fabricantes assim permitiram no
mesmo aparelho reproduzir diversas mídias). E tudo
se transformou numa grande dor de cabeça para o mercado
de entretenimento, porque há muitos casos de filmes
que 'vazam' primeiro na internet antes da 'première'
mundial e são vendidos no formato VCD em 2 ou 3 discos.
A qualidade muitas vezes é duvidosa, mas serve de
bom remédio para os ansiosos.
Nos camelôs de São Paulo já
são facilmente encontradas cópias de filmes
ainda inéditos em DVD, como o tão esperado
Cidade de Deus. Ao contrário do que os próprios
divulgam, não são 'DVDs piratas', e sim, VCD
ou SVCD, porque a cópia em outro DVD ainda não
compensa o crime... Assim, na sua grande maioria, o VCD
está comprimido em CD-r (CD regravável), por
isto, uma das queixas mais assíduas que recebemos
dos leitores é que o 'disquinho' gravado com vídeos
clipes e filmes não roda em seus aparelhos de DVD
apesar da indicação das siglas no painel de
controle.
Explica-se: nestes DVD Players rodam Vídeo
CD 'de fábrica' e não 'gravado' porque não
aceitam CD-r muito menos CD-rw (CD regravável mais
de uma vez). Assim se quiserem passar aqueles vídeos
e filmes 'baixados' da internet e gravados em VCD ou SVCD,
aconselhamos que se informem antes de comprar o aparelho
de DVD se o mesmo permite reproduzir mídia CD-r ou
CD-rw, caso contrário, terão que se contentar
com aqueles VCDs encartados em revistas pornôs (hoje
em extinção). E tem mais, não adianta
chorar, porque não existe qualquer MACETE ou SENHA
para ativar pelo controle remoto nem em oficina autorizada
para rodá-los!
Se vale a pena gravar VCD ou SVCD? É
claro que sim, porque serve para muitas coisas, entre elas,
descolar aquele documentário ou making of ou aquela
versão estendida de um filme que as nossas distribuidoras
acharam que não valia a pena lançar no DVD
nacional. Ou fazer aquela coleção de vídeos
musicais daquelas bandas quase 'exclusivas' que ninguém
nunca ouviu falar por aqui e que não tem qualquer
viabilidade comercial de serem lançadas no país
entre tantas outras hipóteses, como vídeos
pornôs caseiros, coqueluche da internet, comerciais
premiados de outros países. Etc. e tal.
Depois deste blábláblá,
o que você precisa para ter o seu "DVD"
doméstico? Basicamente, além de um computador
com gravador de CD e de um aparelho de DVD que rode VCD/SVCD
e CDr/CDrw, 3 softwares na memória. O primeiro, a
ferramenta que você irá procurar os filmes
e vídeos e baixá-los diretos para o HD do
seu computador: KAZAA. É a melhor, sem dúvida
alguma. O segundo, um codificador para formatar os arquivos
baixados para VCD ou SVCD, respectivamente, MPEG1
e MPEG2 (encontrados correntemente como MPG)
porque muitos destes vídeos possuem outros formatos,
como as extensões AVI, ASF, WMV.
O mais fácil é o TMPGEnc 2.5 (é
encontrado no próprio KAZAA). E, por último,
um software para gravar o CD-r, usando-se o NERO
ou Easy CD Creator.
Bem, vamos deixar claro que isto não
é apologia à cópia indiscriminada ou
muito menos à pirataria, apenas uma alternativa para
guardar material privado sem fins comerciais. Fizemos alguns
VCDs e SVCDs de vídeos musicais, alternando entre
eles, comerciais premiados e outros banidos da TV (porque
tinham algum tipo de contexto dúbio ou apelativo
e não foram divulgados em rede aberta) e trailers
de filmes, como aquele do HOMEM ARANHA entre as torres do
WTC antes de serem derrubadas (e que restou incompreensível
a sua ausência no DVD). A diferença entre os
formatos foi quase imperceptível, justificado pela
qualidade dos vídeos baixados, muitos ruins, poucos
bons. Mas enquanto no VCD conseguimos colocar entre 15 a
22 vídeos, no SVCD, apenas 10 a 12 numa mídia
de 700 Mb. Temos que admitir, que os arquivos ripados (extraídos)
de DVD (.AVI) ficaram bem legais, uma qualidade dita
VHS ou um pouco superior.
Do resultado final, quem saiu prejudicado
foi a imagem, porque o som saiu beleza! O famoso DIVX
seria o paralelo do vídeo com o MP3 da música,
cuja fonte - na sua totalidade - é um DVD ripado.
Um filme completo em DIVX chega a ser comportado
em um CD-r comum, mas não rodava em DVD Player até
então, dando vida aos formatos VCD/SVCD pela compatibilidade
com os nossos aparelhos. Ocorre que tem fabricante de DVD
Player que começou a disponibilizar em seus modelos
esta opção, completamente contrária
a indústria de DVDs e encerrando todo o caminho aqui
explicado de como obter um VCD/SVCD... Mais uma página
virada da estória do DVD...
Por
Marcelo Hugo da Rocha
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