12
de abril de 2004
Tudo
o que está em Lições para toda vida (Secondhand
lions; 2003), filme realizado por Tom McCanlies, já foi
visto inúmeras vezes e em situações menos
canhestras no cinema americano e em outras cinematografias. Evocar
experiências de infância como fruto de aprendizado é trajetória
espinhosa porque o óbvio ronda a armação
do roteiro; é preciso inventividade, algo que geralmente
passa ao largo das mãos dos cineastas hollywoodianos.
McCanlies
busca relatar as memórias da experiência
dum garoto abandonado por sua leviana mãe na fazenda de
dois casmurros tios-avós; a rejeição inicial
e a amizade posterior são os elementos que o realizador
se esforça por jogar na tela para conquistar o público.
Nada funciona: as imagens são arrastadas e falta do que
dizer está em cada fotograma.
Nem
a excelência de atores como Michael Caine e Robert
Duvall salvam o filme de seu desastre. O menino Haley Joel Osment
destoa e está pouco à vontade contracenando com
duas estrelas de Hollywood, o que prejudica ainda mais o já precário
resultado da fita. Por Eron Fagundes
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