As velhas coisas de Hollywood
William
Friedkin é um dos artesãos da meca do cinema americano que sabe criar imagens
tão impactantes capazes de impressionar o espectador. Assisti a O exorcista
(The exorcist; 1973) no ano em que foi produzido e lançado, arrastando multidões
às salas de cinema; quando o vi no extinto cinema São João, eu contava com dezoito
anos e não tinha muitas afinidades com a sétima arte, deixando-me certamente
levar pela propaganda da indústria cinematográfica que nos empurra um espetáculo
que todo mundo vê. Detestei a trivialidade e a falta de sutileza da narrativa
de Friedkin.
ha
Regan possuída tem um desempenho admirável, ajudada pelos efeitos especiais
e de maquiagem que a adornam; todo o elenco funciona, desde o envelhecido exorcista
interpretado pelo ator sueco Max Von Sydow até a apavorada mãe vivida por uma
então constante intérprete de filmes americanos (Ellen Burstyn).
Por Eron Duarte
Fagundes, em 03.03.01