Com Fernando Eiras, Paulo José, Tina Novelli, Leandra
Leal, Mariana Ximenes, Paschoal Villaboin, Isabel Themud
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85
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 2.0)
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Inglês, Espanhol
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(LETTREBOX)
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Sinopse
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O filme recria os meses vividos pelo filósofo
alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) na
cidade de Turim, na Itália, entre abril de
1888 e janeiro de 1889, período de grande
fertilidade para o pensador. "
Dias de Nietzsche em Turim" participou de diversos
festivais internacionais e nacionais, dentre eles:
Festival de Frankfurt 2002, Festival de Roterdã 2002,
Festival de Veneza 2001, Festival do Rio BR, Mostra
Internacional de SP 2001 e Festival de Brasília
2001, no qual recebeu o prêmio de melhor roteiro.
No Festival de Veneza 2001, o filme recebeu o Prêmio
Bastone Bianco, concedido pela crítica italiana.
Bressane foi o primeiro cineasta brasileiro a receber
essa premiação, criada pelo cineasta
Roberto Rosselini. Além do diretor brasileiro,
o prêmio apenas havia sido concedido a Stanley
Kubrick, Jean Luc Godard e Abel Ferara.
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Comentários
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As inquietações formais do realizador
brasileiro Júlio Bressane têm dividido
os analistas do cinema nacional. Suas abstrações
estéticas estão sempre além
da linha de gol dos padrões habituais do cinema.
Em
Dias de Nitezsche em Turim (2001) Bressane constrói
um cinema cerebral-intelectual que busca visitar
a mente do filósofo alemão Friedrich
Nietzsche em sua passagem (já quarentão)
pela cidade italiana de Turim. Trata-se da época
mais demente da vida de Nietzsche, que legou à humanidade
uma obra filosófica perturbadora e transgressora.
As loucuras cinematográficas de Bressane buscam
na literatura de Nietzsche um correspondente estético.
O texto do pensador germânico derrama-se, em
off, pelas imagens do filme, que vão do rigoroso
35 mm ao granulado vídeo passando pela instabilidade
amadorística do Super-8; movimentos desfocados
e a mistura de um certo rigor com algum amadorismo
formal criam um mosaico barroco que Bressane orquestra
com seu brilho inventivo.
A
fusão da palavra com a imagem no filme de
Bressane não chega ao deslumbramento hipnótico
de Wittgenstein (1995), do inglês
Derek Jarman, e que é um dos mais belos trabalhos
de cinema dos anos 90. Mesmo assim, um Bressane,
com toda a
irregularidade, ativa um cérebro cinematográfico
de um espectador adormecido no lugar-comum. É bom
lembrar igualmente que Júlio Bressane foi
um dos objetos de análise da obra-prima O
vôo dos anjos (1990), ensaio de Jean-Claude
Bernardet; Bressane é considerado pelo poeta
e ensaísta Haroldo de Campos o maior cineasta
brasileiro de hoje (entrevista concedida ao jornalista
gaúcho Juremir Machado da Silva e introduzida
em seu livro O pensamento do fim do século,
1993). (Eron Fagundes)
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Extras
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- Elenco: biografias em texto de Fernando Eiras,
Paulo José, Tina Novelli, Leandra Leal, Mariana
Ximenes, Paschoal Villaboin. Biografias e/ou filmografia.
Nada de especial.
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Diretor e Roteirista: razoável biografia
com filmografia de Júlio Bressane, em 8 páginas
de textos.
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Premiações de Júlio Bressane:
3 páginas de texto, auto-explicativos.
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Roteirista: biografia em 2 páginas de textos
de Rosa Dias.
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Nietszsche em Nice: documentário bastante
interessante sobre o tema, com 14 minutos e meio.
Importante, pela cenas de arquivo e história.
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Making Of: interessante 15 minutos de cenas de bastidores,
para se conhecer como é feito
o cinema brasileiro. Informal e diferente.
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Trailer
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Outros Títulos: lista de outros DVDs da
distribuidora, sem seus trailers.
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Críticas
ao DVD
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Dá até pra dizer que é um DVD
de cinema nacional “alternativo”, pois
não houve grandes repercussões quando
do seu lançamento nos cinema e que em DVD
merece ser visto. Ótimas reconstituições
de época, com um tema “difícil” para
a maioria, mas bem executado tecnicamente. Se não
há os 5.1 canais disponíveis pela tecnologia
atual, ao menos mantém o formato original
de cinema, em widescreen, não otimizado para
quem tem TVs deste tipo, chamado de “letterbox”.
Os extras são condizentes para um a produção
deste tipo, um filme que merece ser descoberto por
um público diferenciado, pois não é para
todos, onde os filmes “blockbusters” são
a atração. Mas é uma edição
digna de um filme nacional interessante.
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Menus
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Resenha
publicada em
07/07/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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