AVASSALADORAS
Com: Giovanna Antonelli, Reinaldo Gianecchini, Caco Ciocler, Ingrid Guimarães, Chris Nicklas e Paula Cohen. Direção: Mara Mourão Gênero: comédia Duração: 74 minutos. Produção: 2002. BRASIL. Distribuidora: FOX HOME VÍDEO Legendas: Inglês e Espanhol Áudio: português em Dolby Digital 5.1 (Surround) e em DD 2.0 Vídeo: widescreen anamórfico 16:9. Região 4.
Sinopse

AVASSALADORAS é uma comédia que brinca com as confusas relações entre homens e mulheres nos dias de hoje. Laura é uma bonita mulher de 34 anos, bem-sucedida na carreira de designer gráfica, simpática e interessante. Mesmo com tantas qualidades, ela está sem namorado há mais de um ano. E ela não é a única do seu grupo que enfrenta problemas de relacionamento. Sua amiga Betty é uma devoradora de homens, mas esconde uma enorme fragilidade interior; Paula está grávida de um cara com quem namora só por carência; e Tereza trabalha tanto que não tem tempo para o amor. Todas sonham em encontrar um príncipe, um homem legal, qualquer coisa! Mas... está difícil. Uma série de coincidências acaba arrastando Laura para um tipo de estabelecimento que ainda existe em plena era da informática: uma agência de casamento.

Comentário

Há, em Avassaladoras (2002), de Mara Mourão, uma cena em que a personagem de Giovanna Antonelli, uma designer gráfica, sem homem há um ano desde que rompeu com um homem que a traiu no dia de aniversário dele quando ela lhe preparava uma festa-surpresa (a bem-humorada e doce-amarga seqüência de abertura é a desta traição), esta personagem está olhando para a televisão em que passa um filme interpretado por Alexandre Borges e sua esposa Júlia Lemmertz: os farejadores de filmes nacionais sabem que se trata de Um copo de cólera (1999), um pesado drama erótico de Aluízio Abranches extraído dum livro de Raduan Nassar.

Mara faz ali, além do clima de desespero pela secura sexual de sua criatura (que vê um casal amando-se mas está sem ninguém), uma auto-referência do cinema brasileiro, ligando sua narrativa leve e graciosa (mas também um pouco fútil e já vista) a uma realização mais austera e perversa.

Mas, como ocorria na fita de Abranches (cujo nome constante dos créditos finais de agradecimento, assim como seu discutível filme), Avassaladoras tem alguns defeitos de realização: Reynaldo Gianecchini está caricato demais e a direção de elenco é meio desequilibrada, a despeito da espontaneidade adquirida e da revelação de que Giovanna pode ser melhor atriz do que é indicado nas telenovelas brasileiras. Não falta a referência è telenovela interpretada atualmente pela atriz, pois o namorado que a tira do deserto sexual é árabe.

Um filme de espírito feminino, superficial mas agradável de ver, Avassaladoras lembra um pouco, por seus resultados estéticos, o recente Domésticas, o filme (2001), de Fernando Meireles e Nando Olival. (por Eron Fagundes)

Informações Especiais - Extras

Trailer de cinema. Teaser. Notas sobre biografia, sinopse e ficha técnica. MAKING OF (9min.30, com alguns depoimentos, imagens de bastidores, etc. e tal), CENAS EXCLUÍDAS (3 no total em 5min.43... a curiosidade aqui é que nas cenas cortadas aparecia a sobrinha da personagem de Giovanna), VIDEO-CLIPE (do canastrão Paulo Ricardo), FINAL ALTERNATIVO (8min.10... sem muito interesse, apenas inverte-se os personagens da cena), JOGO (um "quis show" com 15 perguntas sobre o filme na voz de Giovanna) e ERROS DE GRAVAÇÃO (sem acesso direto e não informado na caixa... deixe rodar todo o MAKING OF para entrar este programa... 6 min.12).

Críticas ao DVD

Assisti a uma cópia "exclusiva para locação" mas que acabou sendo lançada no mercado consumidor com a mesma versão, incluindo apenas MATERIAL DE CAMPANHA entre os extras. Apesar de ser informado "surround", meu DVD PLAYER não acusou. De tudo, fica um incentivo à projeção em WIDESCREEN com algumas notas explicativas na escolha do formato de vídeo pelo menu interativo. Para iniciantes deste mundo, PAN & SCAN e LETTERBOX parecem coisas de 'grego', mas a produção tomou a 'bronca' para si explicando direitinho o que se perde ou se ganha com a escolha do formato de tela. Uma experiência boa (e construtiva) é escolher a cena do restaurante (capítulo 3): pelo formato WIDE (com barras pretas), dá para ver os figurantes à mesa da direita dos protagonistas; pelo formato FULL (tela cheia), parecem que só tem eles no salão...

Eron Fagundes

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