BYE BYE BRAZIL

 

Com José Wilker, Betty Faria, Zaira Zambelli, Fábio Jr., Jofre Soares

 

Diretor

Duração

Produção

Carlos Diegues

105 minutos

1979, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Ação, Aventura

Paramount

19/10/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português ( DD 2.0 mono)
Nenhuma
Sinopse

Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço (Fábio Junior) e sua esposa, Dasdô (Zaira Zambelli), com os quais a Caravana cruza a Amazônia até chegar a Brasília.

Comentários

Um filme cuja a temática poderia ter envelhecido com o tempo, mas torna-se com o passar dos anos um dos melhores filmes de road-movie (filmes de estrada) nacional. Para quem conhece o “interiorzão” do país, sabe que grupos mambembes, como a “Caravana Rolidai” (até o nome é propício... ou não cultivamos e idolatramos o inglês aportuguesado nestas “bandas dos fim de mundo”?). Embora Carlos Diegues (antes apenas Cacá Diegues) tenha dito que se tratava de um “Brasil que termina e outro que começa”, o filme se torna atual, por mais tecnologias novas e avançadas que tenhamos tantos anos depois. A simplicidade dos povoados (exceto os mais politizados, organizados como MST e que tais, além do feudalismo oportunista de grileiros que matam em favor dos seus interesses, mas esta é outra história, que, desde Chico Mendes, só se torna público graças a evolução tecnológica das comunicações. Mas vamos deixar estas questões pra lá). Com boas interpretações e locações, vale ainda a visão dos chamados “mambembes”, que, se não trazem dinheiro (o pão), dão o “circo” ao povo. Tá, o filme de certa forma cinematográfica poderia ser diferente com os padrões atuais, mas, se visto como um retrato do verdadeiro interior do país, não difere muito, em muitas das situações aqui relatadas, com a nossa realidade contemporânea. Diegues conseguiu nos proporcionar um filme atemporal, com boa interpretações, sobretudo de Wilker. Para as novas gerações, além de objeto de estudo, vale como ver os atores (e ídolos musicais, como Fábio Jr.) numa fase de suas carreiras. E a trilha de Chico Buarque (na música tema), é uma das melhores do cinema nacional. Veja, reveja, tenha em casa. A não se que você só goste de Rambos e Hillary Duff (para estes, nunca será tarde para compreender).

Extras

- Filmografias / Bibliografias: textos básicos dos principais atores e equipe técnica.

- Letra da Música: Bye Bye Brazil, de Chico Buarque e Roberto Menescal. Mas não há a música de fundo, lamentável.

- Making of: documentário com poucas e interessantes cenas de época quando da realização do filme, com cenas de bastidores e depoimentos raros. Com apenas 6 minutos. Muito pouco, narrado por Fábio Jr.!!!!

- Trailer

Críticas ao DVD

Mais uma louvável a edição da distribuidora Paramount de importantes filmes nacionais. Neste, em particular, há algumas deficiências, muito parecidas com a edição de Dona Flor e Seus Dois Maridos, não respeitando o importante formato de exibição dos cinemas. O áudio, está muito bom, fico na dúvida se mereceria uma remasterização em multicanais além, do mono, original. Há tecnologia para isto, pois, pelo menos a trilha sonora, é ótima (com Chico Buarque e tudo). Os menus, simples e eficientes, os extras, creio que o que havia de disponível, mas bem fracos. Para este importante filme brasileiro, apenas uma edição correta. Que, mesmo assim, mais um que vale ter na sua coleção.

Menus
Resenha publicada em 26/02/2005
Por Edinho Pasquale

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