Com
Marieta Stevero, Marco Nanini, Ney Latoraca, Beth Goulard,
Antonio Abujamara, Marcos Palmeira, Vera Holz, Thales Pan
Cacon, Bel Kutner, Vera Holtz
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101
minutos
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28/01/2005 (relançamento)
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 2.0)
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Inglês, Português, Francês,
Espanhol
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LETTERBOX / NÃO ANAMÓRFICO
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Sinopse
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Espanha, 1785 - Carlota Joaquina (Severo) uma infanta
que foi prometida para D. João VI. aos 10
anos de idade recebe o retrato do seu futuro esposo
e é obrigada a partir para Portugal levando
consigo, somente sua herança familiar. Chegando
em seu novo país, Carlota sofre uma grande
decepção ao encontrar seu prometido...
gerando muitas brigas, infidelidades e muitos filhos.
Com a morte de D. José, herdeiro do trono
português e a declarada insanidade de Maria
I, Carlota Joaquina e D. João VI herdam a
coroa portuguesa. Porém, assustados coma Revolução
Francesa e a aproximação do exército
de Napoleão, resolvem fugir para a sua colônia
- o Brasil. Carlota Joaquina é uma produção
esmerada que retrata a história do Brasil
com requintes de época.
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Comentários
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Finalmente uma boa surpresa para o cinema brasileiro:
Carlota Joaquina é um bom filme, que não
precisava de desculpas ou justificativas. Um verdadeiro
milagre como primeiro longa (ela fez dois curtas
antes) da atriz Carla Camurati, que também
funcionou como co-autora do argumento, do roteiro,
produtora, diretora (além de fazer pontinha).
Ela enfrentou dificuldades imensas para conseguir
rodar um longa metragem numa época de impossibilidades
de produção, ainda mais fazendo uma
fita de época, com figurinos caros e outros
problemas. Apesar disso, não se sente essa
limitação do orçamento, inclusive
porque ela rodou no velho casario de São Luís
do Maranhão e optou por uma linha estilizada,
principalmente ao retratar os velhos castelos portugueses
e espanhóis.
Como
desde o começo a
linha não é realista não há problema.
O filme poderia facilmente cair numa paródia
ou na chanchada. Carla não permite isso, ela
se equilibra na corda bamba, dando um tom de comédia,
de exagero, sem nunca chegar a caricatura. O que é dificílimo
mas bem sucedido. Tem-se a tentação
de achar que parte do êxito se deve sem dúvida
ao fato do filme ser basicamente falado em espanhol
ou inglês. É que a história é narrada
por um pai escocês contemporâneo para
sua filha pequena, o tempo todo funcionando como
narrador e comentarista dos fatos. Assim ele dá o
distanciamento histórico necessário
para entender os fatos, também a visão
crítica (além disso a menina, Ludymila
Dayer, que por sinal é ótima, também
faz a Carlota Joaquina pequena).
O
resto do filme é falado
em espanhol porque Carlota era espanhola e se recusava
falar português. Assim alguns falam português
de Portugal com sotaque e só na parte final é que
surgem alguns brasileiros sem sotaque (Na verdade,
a parte mais discutível do filme seria a falta
de sotaque escocês no narrador, o portunhol
que os atores acabam falando. Mas é um preciosíssimo
que o grande público não vai perceber). "Carlota" é basicamente
um filme histórico que conta fatos reais,
ou ao menos conforme relatos em livros. Nada é inventado
ou mesmo exagerado. Isso torna ainda mais interessante
os paralelos com o Brasil, várias ironias
que o filme faz com prazer (o filme parece chegar
na hora certa, não dá uma visão
pessimista ou otimista do país). Marieta Severo
faz bem o papel central, com toda fúria que
o personagem lhe permite. Marco Nanini tem seu melhor
momento no cinema fazendo um Don João fanático
por frangos e mais sensato do que se imaginava (ele
tem um belo instante de humanidade inclusive).
O
resto do elenco fica numa posição secundária,
sem acrescentar muito ou prejudicar. O importante é que
o filme é muito bem sucedido, conta uma história
real e pouco conhecida que ainda tem muito a ver.
Carla Camurati sae-se com talento numa fita de alguns
poucos defeitos (como o final precipitado), mas muitas
qualidades. (Rubens Ewald Filho)
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Extras
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- Sinopse: texto dispensável.
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Diretora: curta biografia e filmografia em texto.
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Elenco: idem dos atores Marco Nanini e Marieta Severo.
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Depoimento: breve texto da diretora.
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Curiosidades: textos sobre “Carlota Joaquina”,
Dom João VI” e a “Família
Real”. Interessantes.
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Trailer
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Críticas
ao DVD
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Um ótimo filme de época, que fez renascer
o cinema nacional depois de um malfadado plano econômico.
O DVD é simples, com boa imagem (embora não
anamórfica, que respeita o formato de cinema,
em widescreen, mas não permite que quem tem
TV neste formato, apesar de uma minoria,
tenha este privilégio, a não ser que
a TV em questão tenha possibilidades de “zoom” de
imagem). Os menus são simples, como os extras,
que mereceriam um tratamento especial. Mas o filme
vale por seu valor histórico, seja pela ressurreição
do cinema nacional como pelo seu valo artístico.
Qualquer “coisa” com Marco Nanini já vale
a pena. Um DVD obrigatório numa coleção
de DVDmaníacos.
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Menus
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Resenha
publicada em
26/02/2005
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Por
REF (filme) e
Edinho Pasquale
(DVD)
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Seu comentário
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