Com
Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Farias,
Andréa Beltrão, Débora Falabella,
Emílio de Mello,
Leandra Leal, Maria Mariana
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Sandra Werneck, Walter Carvalho
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96
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 5.1 e DD 2.0)
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Inglês, Português, Espanhol
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Sinopse
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"Instável e desafiador, mas também
extremamente sedutor, Cazuza vivia sua confortável
vida de garoto da Zona Sul sob a cerrada vigilância
da mãe. Mas Cazuza queria muito mais. Ele
queria tudo, ao mesmo tempo, em um agora permanente.
Descobriu que a música era a melhor maneira
de expressar essa urgência que não tinha
começo, não tinha fim, não tinha
foco. Junto com os Barões, Cazuza viaja, conhece
o Brasil, vive novos afetos. Para atenuar a intensificação
de conflitos familiares, é intimado a trabalhar
com o pai, diretor de uma gravadora. Mas ele sempre
quis viver cada vez mais intensamente, romper limites.
O diagnóstico de que era portador do vírus
HIV foi recebido pelo jovem artista com desespero,
seguido da busca de novas formas de tratamento para
uma doença que na época representava
uma sentença de morte em curtíssimo
prazo. E foi justamente sob esta condenação
que Cazuza deu provas de uma coragem sem precedentes
no país: expôs a doença e sua
deterioração física, apresentou-se
em público em shows comoventes, não
abriu mão dos poucos prazeres que lhe restavam,
disposto a viver o tempo que tivesse como sempre
quis: fiel a si mesmo e aos seus sentimentos. No
curto futuro duvidoso que viveu, Cazuza nunca mentiu
para si mesmo ou para as pessoas que amava. Cazuza
morreu em 1990 aos 32 anos."
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Comentários
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É sempre
um risco se fazer uma biografia autorizada. Mas este
não é o problema deste filme que, com
bastante coragem, e até candura, não
esconde a promiscuidade e a autodestruição
do compositor e cantor Cazuza. Certamente eles acertaram
no mais difícil. A escolha do ator para fazer
o protagonista.
O
pouco conhecido Daniel de Oliveira pode não
ter o jeito de anjo do jovem Cazuza, mas tem garra,
presença, uma figura dominante que segura
os dois tempos do personagem, a primeira fase do
sexo, drogas e rock n´roll e depois de uma
hora, enfrentando a tragédia da Aids (o ator
emagreceu e tem uma figura impressionante). É uma
revelação de ator, que convence plenamente
e se o filme for sucesso deve-se principalmente a
ele (o rapaz também canta algumas poucas canções
embora, na maior parte do tempo, sejam usadas as
gravações originais do próprio
Cazuza). As
outras opções são menos felizes.
A idéia dos realizadores de fazer o filme
em Super 16 mm, com cores berrantes e contrastadas
como se fosse um filme que o próprio Cazuza
estivesse fazendo de sua vida, não chega a
passar para o espectador. Esqueceram de nos avisar
e a sensação é de um filme apressado,
nervoso (todo em câmera na mão), superficial.
O
problema maior é que o roteiro não
deixa nada muito bem definido ou explicado.
De
tal forma que os coadjuvantes - até feitos
por atores consagrados - não tem falas ou
muito pouco a dizer. Mesmo os pais de Cazuza têm
uma dezena de cenas, onde repetem lugares comuns,
sem chance de se explicarem ou se tornarem humanos.
E só resultam porque ambos (Marieta Severo
e Reginaldo Faria), são grandes atores e souberam
passar, muitas vezes num mero olhar ou na postura,
o que estão sentindo. Porque o filme em momento
nenhum os ajuda. Mas tampouco está a favor
de Cazuza, já que o personagem fica dizendo
frases feitas (ao que parecem autenticas), que fora
de contexto parecem artificiais, e dão uma
impressão de que ele é apenas um garoto
mimado, voluntarioso, como se o fato de ter talento
poético, justificasse tudo e qualquer coisa.
Incomoda
especialmente o erro de Emilio Melo que faz um caricato
Ezequiel Neves (amigo e guru de Cazuza e que por
sinal faz uma figuração ao lado de
Emilio num show). Sem o brilho e humor do verdadeiro.
Perdido num limbo, o jovem Daniel tem a ingrata tarefa
de carregar o filme, o que geralmente consegue (há uma
tentativa de inserir a vida de Cazuza num contexto
histórico o que também resulta superficial
e mal resolvido). Principalmente porque é impossível
não se ter uma memória emotiva tanto
em relação às canções
hoje, até clássicas, quanto às
vitimas da Aids (ao chorar por Cazuza estamos também
de certa forma, chorando por nossos mortos).
(Rubens Ewald Filho)
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Extras
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- Bastidores: clipe com seis minutos de cenas de
bastidores de algumas cenas marcantes do filme, a
se destacar as do Rock n´ Rio (tenho a fita
da gravação do show, a reprodução
está muito boa) e a do último show,
com depoimento de Lucinha Araújo, mãe
de Cazuza, que faz uma ponta no filme.
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Cenas Selecionadas: dispensável e inútil
extra, indo através de um menu para 5 cenas
(ok, importantes) do filme.
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Making of: um interessante documentário,
com depoimentos importantes que nos trazem novas
informações sobre o filme, além
de testes de elenco (onde fica comprovada a incrível
semelhança e competência de Daniel de
Oliveira), ensaios, a escolha do elenco para fazer
(realmente) parecer que era o Barão Vermelho,
entre outros assuntos mais técnicos como a
fotografia, a direção de arte e som
etc., tem mais cenas de bastidores, embora algumas
estejam também no extra “Bastidores”.
Mas as cenas de Cazuza nos remetem a uma lembrança
inesquecível. Com 15 minutos.
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Trailer Teaser
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Críticas
ao DVD
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Um DVD bastante louvável, seja pelo filme
brasileiro acima da média como pelas sua qualidade
técnica: imagem perfeita, em wide, com cores
vibrantes e áudio envolvente, nos seus 5.1
canais. Os menus, animados com cenas do filme e áudio,
são bastante sugestivos. Os extras são
modestos, mas interessantes. Um DVD perfeito para
quem viveu os anos 80 e 90, com a eterna presença
de Cazuza. Para as novas gerações (ou
as mais antigas e conservadoras) um DVD obrigatório.
Alugue, empreste, compre. Só não pirateie.
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Menus
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Resenha
publicada em
23/04/2005
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Por
REF (filme) e
Edinho Pasquale
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Seu comentário
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