Com:
Leandro Firmino, Matheus Nachtergaele, Alexandre Rodrigues,
Phelipe Haagensen. |
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130 minutos
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IMAGEM FILMES
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junho/2003 (locação)
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Sinopse
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Cidade
de Deus marcou a época na história do cinema
brasileiro. baseado no romance de Paulo Lins, é uma
saga urbana que acompanha o crescimento do conjunto habitacional
de Cidade de Deus, entre o fim dos anos 60 e o começo
dos anos 80, pelo olhar de dois jovens que moram na comunidade:
Buscapé, que sonha se tornar fotógrafo, e
Dadinho, que se torna um dos maiores traficantes do Rio
de Janeiro. Nos anos 70, Dadinho muda o nome para Zé
Pequeno e passa a controlar o tráfico de drogas em
Cidade de Deus. Nos anos 80, Zé Pequeno encontra
um rival: Mané Galinha, que quer vingança
pelo estupro de sua namorada e pela morte de seu irmão.
Estoura a guerra na Cidade de Deus. Nesse meio tempo, Buscapé,
que sempre sonhou ser fotógrafo, consegue sua primeira
câmera profissional. Registrar essa guerra será
a grande chance de sua vida.
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Comentários
Sobre o Filme
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Confesso
que fiquei até com medo de assistir o filme. Tanto
“auê” foi feito sobre este filme que fiquei
com receio de não gostar. A sensação
foi de alívio ao final; o filme é EXCELENTE.
O filme narra a história da vida de Buscapé,
morador da Cidade de Deus desde sua origem até final
da década de 70, quando o tráfico se instalou
nos morros cariocas. Na verdade são diversas histórias
reais costuradas de uma forma que nos prende a atenção
do início ao fim querendo saber qual será
o fim de Buscapé e Zé Pequeno, o grande “evil”
do filme.
Esta produção não deve em nada para
qualquer filme americano. Da fotografia à trilha
sonora o filme tem qualidade hollywoodiana. A reprodução
da Cidade de Deus de 1960 é perfeita, dando a impressão
que foi filmada in loco.
Ao meu ver, Fernando Meirelles é um gênio ou
então teve a idéia dourada. Ele simplesmente
comprou os direitos sobre o livro que deu origem ao filme
por volta de 98, 99 e decidiu não ter nenhum ator
famoso no filme. Isso por si só já é
um grande passo pois economiza dinheiro para investir em
outras áreas do filme como edição e
fotografia. O ovo de Colombo mesmo foi ter encontrado o
trabalho social do grupo teatral Nós do Morro, que
recebe menores carentes e crianças do morro e ensaiam
teatro, TV e cinema. Com isso economizou MAIS dinheiro ainda,
trabalhou com material humano que, de uma forma ou de outra
é intrinsecamente ligado ao assunto que o enredo
tratava. Por mais não-profissionais que fossem os
atores (muitos marinheiros de primeira viagem) Fernando
teve 3 anos para prepará-los. Teve tanto tempo que
chegou até a fazer um projeto teste que foi o Palace
2, que foi ao ar na rede globo para ver se os meninos agüentariam
o tranco de uma filmagem séria.
O resultado não poderia ser melhor. Se não
fosse pela edição à là Tarantino
toda picotada alternando entre histórias paralelas
mas que se costuram, o filme poderia ser um documentário.
Todos interpretam (ou repassam experiências?) de uma
forma hiper realista que chega a ser chocante. Prepare seus
ouvidos pois com certeza você nunca ouviu tanto palavrão
por minuto-quadrado mas até que neste filme cabe
pois onde já se viu traficante falar floreado? A
cena onde Zé Pequeno manda um menino de uns 5-6 anos
escolher se quer levar um tiro no pé ou na mão
é algo que vai entrar para a antologia do cinema
nacional.
Como disse, o filme é baseado em diversas histórias
reais. Para quem reclama que o filme é violento demais,
digo o seguinte; Cidade de Deus está para o Brasil
(mais especificamente o Rio de Janeiro) como Platoon está
para os Estados Unidos. O princípio é o mesmo,
um conjunto de fatos reais, vivenciados por pessoas diferentes
que acabam por ser amarrado em uma única narrativa
com uma pitada de poesia visual. Outra cena marcante é
a transposição do Buscapé da década
de 70 para a de 60. Além disso as atuações
de Leandro Firmino da Hora (Zé Pequeno), Seu Jorge
(Mané Galinha) e Buscapé (Alexandre Rodrigues)
são ótimas. Resta saber se eles conseguem
interpretar agora outros papéis onde realmente exista
um roteiro e não seja todo baseado em improvisações.
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Áudio |
Legendas |
Vídeo |
Região |

: Português (Dolby Digital 5.1 e 2.0) |
Inglês.
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Letterbox
4:3 |
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Extras |
O
DVD poderia ser melhor. A imagem e o som são ótimos,
mas faltam extras. De qualquer forma, temos uma faixa
de comentário muito boa com o diretor Fernando
Meirelles e o diretor de cinematografia César Charlone
e um documentário de 1 hora contando
passo a passo de como o filme foi feito, desde a idéia,
passando pela preparação do elenco (testes
de cena e etc) até entrevistas com Matheus Natchgaele.
Ainda, em texto, anúncio do CD e do livro. |
Críticas
ao DVD |
Sem
dúvida esse filme é um dos melhores do cinema
nacional de todos os tempos entre Dona Flor e Seus Dois
Maridos, Pagador de Promessas e etc. Podem ter certeza que
terá indicações ao Oscar por isso mesmo
acredito que ainda lançarão uma versão
mais completa do DVD com cenas cortadas e etc. De qualquer
forma, é uma excelente dica para quem não
viu ainda.
“Dadinho é o ca****. . Meu nome agora é
Zé Pequeno, po***!” – Zé Pequeno
Ótimo lançamento, que ganha pontos por ter
sido disponibilizado em Widescreen, contudo faz falta a
opção de se assistir o filme legendado em
português, o que o dvd do filme "Abril Despedaçado",
também da Imagem Filmes, disponibilizava!!! Ou seja,
gente surda não pode assistir!!! (Eduardo
Hochheim Pinheiro)
Esteticamente não inova. Chega a ser uma imitação
sem graça de Pulp Fiction do Tarantino, com menos
glamour, claro ! Roteiro fraco e apelativo em vários
momentos. A cena da lavadeira dando "conselhos"
a mulher do paraíba é chocante e desnecessária.
Bom elenco, com escolhas impróprias: o Buscapé
não poderia, no início do filme, ser representado
por um garoto mais velho que o Dadinho e o Bene e, com o
passar dos anos, ele parecer mais novo que os dois: um moleque!
Utilização de gírias atuais e não
de época também comprometem... Agora, o pessoal
de Arte poderia ter sido mais competente ao mostrar os diversos
momentos que permeiam a história contada pelo narrador
ao invés de colocar simples títulos na tela...
(MIGUEL MARTINS)
Concordo com o Miguel Martins, menos nisso: O filme é
sensacional! (apenas “Mário”).
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Resenha
publicada em 18/07/2003 |
Por
Erick “Polska”
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