CIDADE DE DEUS

Com: Leandro Firmino, Matheus Nachtergaele, Alexandre Rodrigues, Phelipe Haagensen.

Diretor

Duração

Produção

Fernando Meirelles

130 minutos

2002. Brasil.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

drama

IMAGEM FILMES
junho/2003 (locação)

Cotação:

Sinopse

Cidade de Deus marcou a época na história do cinema brasileiro. baseado no romance de Paulo Lins, é uma saga urbana que acompanha o crescimento do conjunto habitacional de Cidade de Deus, entre o fim dos anos 60 e o começo dos anos 80, pelo olhar de dois jovens que moram na comunidade: Buscapé, que sonha se tornar fotógrafo, e Dadinho, que se torna um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro. Nos anos 70, Dadinho muda o nome para Zé Pequeno e passa a controlar o tráfico de drogas em Cidade de Deus. Nos anos 80, Zé Pequeno encontra um rival: Mané Galinha, que quer vingança pelo estupro de sua namorada e pela morte de seu irmão. Estoura a guerra na Cidade de Deus. Nesse meio tempo, Buscapé, que sempre sonhou ser fotógrafo, consegue sua primeira câmera profissional. Registrar essa guerra será a grande chance de sua vida.

Comentários Sobre o Filme

Confesso que fiquei até com medo de assistir o filme. Tanto “auê” foi feito sobre este filme que fiquei com receio de não gostar. A sensação foi de alívio ao final; o filme é EXCELENTE.

O filme narra a história da vida de Buscapé, morador da Cidade de Deus desde sua origem até final da década de 70, quando o tráfico se instalou nos morros cariocas. Na verdade são diversas histórias reais costuradas de uma forma que nos prende a atenção do início ao fim querendo saber qual será o fim de Buscapé e Zé Pequeno, o grande “evil” do filme.

Esta produção não deve em nada para qualquer filme americano. Da fotografia à trilha sonora o filme tem qualidade hollywoodiana. A reprodução da Cidade de Deus de 1960 é perfeita, dando a impressão que foi filmada in loco.

Ao meu ver, Fernando Meirelles é um gênio ou então teve a idéia dourada. Ele simplesmente comprou os direitos sobre o livro que deu origem ao filme por volta de 98, 99 e decidiu não ter nenhum ator famoso no filme. Isso por si só já é um grande passo pois economiza dinheiro para investir em outras áreas do filme como edição e fotografia. O ovo de Colombo mesmo foi ter encontrado o trabalho social do grupo teatral Nós do Morro, que recebe menores carentes e crianças do morro e ensaiam teatro, TV e cinema. Com isso economizou MAIS dinheiro ainda, trabalhou com material humano que, de uma forma ou de outra é intrinsecamente ligado ao assunto que o enredo tratava. Por mais não-profissionais que fossem os atores (muitos marinheiros de primeira viagem) Fernando teve 3 anos para prepará-los. Teve tanto tempo que chegou até a fazer um projeto teste que foi o Palace 2, que foi ao ar na rede globo para ver se os meninos agüentariam o tranco de uma filmagem séria.

O resultado não poderia ser melhor. Se não fosse pela edição à là Tarantino toda picotada alternando entre histórias paralelas mas que se costuram, o filme poderia ser um documentário. Todos interpretam (ou repassam experiências?) de uma forma hiper realista que chega a ser chocante. Prepare seus ouvidos pois com certeza você nunca ouviu tanto palavrão por minuto-quadrado mas até que neste filme cabe pois onde já se viu traficante falar floreado? A cena onde Zé Pequeno manda um menino de uns 5-6 anos escolher se quer levar um tiro no pé ou na mão é algo que vai entrar para a antologia do cinema nacional.

Como disse, o filme é baseado em diversas histórias reais. Para quem reclama que o filme é violento demais, digo o seguinte; Cidade de Deus está para o Brasil (mais especificamente o Rio de Janeiro) como Platoon está para os Estados Unidos. O princípio é o mesmo, um conjunto de fatos reais, vivenciados por pessoas diferentes que acabam por ser amarrado em uma única narrativa com uma pitada de poesia visual. Outra cena marcante é a transposição do Buscapé da década de 70 para a de 60. Além disso as atuações de Leandro Firmino da Hora (Zé Pequeno), Seu Jorge (Mané Galinha) e Buscapé (Alexandre Rodrigues) são ótimas. Resta saber se eles conseguem interpretar agora outros papéis onde realmente exista um roteiro e não seja todo baseado em improvisações.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

: Português (Dolby Digital 5.1 e 2.0)
Inglês.
Letterbox 4:3
Extras

O DVD poderia ser melhor. A imagem e o som são ótimos, mas faltam extras. De qualquer forma, temos uma faixa de comentário muito boa com o diretor Fernando Meirelles e o diretor de cinematografia César Charlone e um documentário de 1 hora contando passo a passo de como o filme foi feito, desde a idéia, passando pela preparação do elenco (testes de cena e etc) até entrevistas com Matheus Natchgaele. Ainda, em texto, anúncio do CD e do livro.

Críticas ao DVD

Sem dúvida esse filme é um dos melhores do cinema nacional de todos os tempos entre Dona Flor e Seus Dois Maridos, Pagador de Promessas e etc. Podem ter certeza que terá indicações ao Oscar por isso mesmo acredito que ainda lançarão uma versão mais completa do DVD com cenas cortadas e etc. De qualquer forma, é uma excelente dica para quem não viu ainda.

“Dadinho é o ca****. . Meu nome agora é Zé Pequeno, po***!” – Zé Pequeno


Ótimo lançamento, que ganha pontos por ter sido disponibilizado em Widescreen, contudo faz falta a opção de se assistir o filme legendado em português, o que o dvd do filme "Abril Despedaçado", também da Imagem Filmes, disponibilizava!!! Ou seja, gente surda não pode assistir!!! (Eduardo Hochheim Pinheiro)


Esteticamente não inova. Chega a ser uma imitação sem graça de Pulp Fiction do Tarantino, com menos glamour, claro ! Roteiro fraco e apelativo em vários momentos. A cena da lavadeira dando "conselhos" a mulher do paraíba é chocante e desnecessária. Bom elenco, com escolhas impróprias: o Buscapé não poderia, no início do filme, ser representado por um garoto mais velho que o Dadinho e o Bene e, com o passar dos anos, ele parecer mais novo que os dois: um moleque! Utilização de gírias atuais e não de época também comprometem... Agora, o pessoal de Arte poderia ter sido mais competente ao mostrar os diversos momentos que permeiam a história contada pelo narrador ao invés de colocar simples títulos na tela... (MIGUEL MARTINS)


Concordo com o Miguel Martins, menos nisso: O filme é sensacional! (apenas “Mário”).


Resenha publicada em 18/07/2003
Por Erick “Polska”  

 



Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.