CIDADE DE DEUS (EDIÇÃO ESPECIAL)

 

Com Matheus Nachtergaele, Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Jonathan Haagensen, Phellipe Haagensen, Douglas Silva, Daniel Zettel, Seu Jorge

 

Diretor

Duração

Produção

Fernando Meirelles

130 minutos

2002, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Policial, Drama

Imagem Filmes

31/10/2003

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português (DD 5.1 e DD 2.0)
Inglês, Português e Espanhol

LETTERBOX
Sinopse

Cidade de Deus marcou época na história do cinema brasileiro. Baseado no romance de Paulo Lins, é uma saga urbana que acompanha o crescimento do conjunto habitacional de Cidade de Deus, entre o fim dos anos 60 e o começo dos anos 80, pelo olhar de dois jovens que moram na comunidade: Buscapé, que sonha se tornar fotógrafo, e Dadinho, que se torna um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro. Nos anos 70, Dadinho muda o nome para Zé Pequeno e passa a controlar o tráfico de drogas em Cidade de Deus. Nos anos 80, Zé Pequeno encontra um rival: Mané Galinha, que quer vingança pelo estupro de sua namorada e pela morte de seu irmão. Estoura a guerra na Cidade de Deus. Nesse meio tempo, Buscapé, que sempre sonhou ser fotógrafo, consegue sua primeira câmera profissional. Registrar esta guerra será a grande chance de sua vida.

Comentários

Há muita coisa por admirar em Cidade de Deus (2002), o filme que Fernando Meirelles extraiu do romance de Paulo Lins. Ao contrário de algumas películas recentes nascidas de livros (Sonhos tropicais, 2002, de André Sturm, e A paixão de Jacobina, 2002, de Fábio Barreto), a realização de Meirelles em momento algum dá a impressão de uma forma cinematográfica que ilustra com palidez uma obra literária. Desviando-se dos aspectos literários, aonde o diretor parece só ter buscado inspiração para um projeto de urgência (colocar em imagens a violência desenvolvida no Brasil nas últimas décadas do século XX), Meirelles cria sua própria linguagem de cinema, terrivelmente moderna em seu ritmo acelerado, desabusadamente superficial, procurando a emoção do olho do espectador. Desde a primeira seqüência, aquela tresloucada alternância de planos em que a correria atrás duma galinha chega ao limite da abstração visual dentro de seu simbolismo evidente, o filme de Meirelles é feito com urgência e potência. É uma emoção só em sua visão da favela carioca.

Há coisas que se opõem em Cidade de Deus. Os aspectos internos da linguagem (atores, cenários) foram construídos à maneira realista: se o livro de Paulo Lins é semidocumental porque o romancista-antropólogo investigou como um cientista seu assunto, o filme de Meirelles teve seu extenso elenco captado entre os favelados, daí esta forte impressão de realismo que passa ao observador o interior das cenas. Mas a linguagem externa adotada por Meirelles destrói com parte deste realismo: uma agilidade e rapidez que aproxima o cinema das facilidades publicitárias impede que a violência encenada chegue até nós com a força da realidade. Às vezes tudo parece muito rápido e quase abstrato. Os detratores de Cidade de Deus viram nesta questão motivo para execrar o filme. Acho que o problema, que existe (o distanciamento da violência, o afastamento do tom documental que poderia provocar um choque maior), não desmerece o terrível petardo que é a fita de Meirelles.

Num certo sentido, Cidade de Deus funde duas tendências do atual cinema brasileiro: colocar na tela um pouco de nossa literatura atual e, com seus aspectos mais documentais de certos elementos da linguagem (os atores, os cenários), ir ao lado oposto do cinema literário, articulado, ou seja, o cinema mais natural do documentário. Feitos os altos e baixos de sua produção, Cidade de Deus deve permanecer como um dos trabalhos mais fortes de nosso cinema de hoje. (Eric "Polska")

Extras

Disco 1:

- Cenas Extras: divididas em“Anos 60” (8 cenas), “Anos 70” (3) e “Anos 80” (2).

- Comentários em Áudio: com o diretor Fernando Meirelles e o diretor de cinematografia César Charlone

Disco 2:

- Documentário: "Oficina de Atores": ótimo documentário mostrando o processo de transformar “pessoas comuns” em atores, o que deu uma grande veracidade ao filme (52 minutos e 40 segundos).

- Making Of: documentário com cenas de bastidores, entrevistas e aspectons técnicos do filme, bem interessante e informativo (25:35 min).

- Trailers Nacionais e Internacionais: curiosos trailers (teasers) em português, alemão, inglês, japonês e francês. Há também o trailer do filmes “Domésticas”.

- Galeria de Cartazes: 6, em diversos idiomas, publicados no Brasil, Japão, Alemanha, África do Sul, França e Estados Unidos.

- Charge Animada: ótima e engraçada charge animada, publicada no site www.charges.com.br, brincando com a não indicação do filme ao Oscar.

- Batucada Remix: clipe com quase 5 minutos.

- Lista de Prêmios

Críticas ao DVD

Uma versão mais completa, com boa qualidade técnica com vídeo em widescreen (formato original do cinema), porém NÃO anamórfico (quem tem TV neste formato não vai gostar) e áudio correto em 5.1 canais ou stereo.

Os menus são legais, os extras de bom tamanho e de ótima qualidade, satisfazendo bem a todos. A embalagem, com dois discos em caixas individuais e protegidas por uma luva, está correta (embora as informações técnicas estejam fixadas apenas por uma etiqueta externa.

Um dos melhores filmes brasileiros dos últimos tempos agora em versão mais caprichada, bem mais interessante para quem gosta de saber um pouco mais além da própria obra cinematográfica, um dos pontos fortes dos recursos que o DVD pode nos trazer.

Comentários do Internautas

Com certeza um dos filmes mais chocantes e realistas que já vi, também foi um dos que me fizeram ter orgulho de nosso cinema, apesar deste mesmo ainda em fase de popularização com as excelentes obras recentes lançadas. Cidade de Deus é um filme forte, chega a divertir com os palavrões e as gírias e alguns fatos bem pitorescos, no melhor estilo "brasileiro" mesmo. Essa edição especial é obrigatória, acho que é um filme que agrada a todos, choca alguns e diverte outros. (William Faria)


Exelente pelicula para recordar mucho mas a nuestro mundo real y mejorar nuestras actitudes. (JC)


Sem dúvida, um marco histórico no cinema brasileiro... É o tipo de filme que será comentado por um bom tempo, senão, por toda a vida, justamente por mostrar uma outra estética do cinema nacional e mostrar que, sim, somos capazes de produzir bons filmes com ótimo roteiro (mesmo sendo adaptado), ótima fotografia, excelente direção e uma nova safra de atores, fugindo das "figurinhas carimbadas" que estamos cansados de ver na Globo. O mais engraçado é que o pessoal adora uma comparação do cinema nacional com o cinema americano. Não somos hollywood, não temos investimentos altos para a produção, por isso, ao invés de comparar e criticar (gratuitamente), prefiro vangloriar e me orgulhar de ser brasileiro e falar que um dos melhores filmes baseado em uma história real é nacional e é nosso!!! :-) (Marcelo Sales Valério)

Menus
Resenha publicada em 20/11/2003
Por Eric "Polska" (filme)e Edinho Pasquale (DVD)

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