CIDADE DOS HOMENS 2003

 

Com Douglas Silva, Darlan Cunha

 

Diretor

Duração

Produção

Fernando Meirelles, Cesar Charlone, Regina Casé, Kátia Lund, Eduardo Tripa, Paulo Morelli

173 minutos

2003, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Comédia, Ação TV

Som Livre

27/02/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português (DD 2.0)
Nenhuma
Sinopse

Esse é o segundo ano da série “Cidade dos Homens”, com Laranjinha e Acerola, agora com 15 anos, vivendo e sobrevivendo numa favela do Rio de Janeiro. Cidade dos Homens é uma criação da mesma equipe do premiado longa-metragem Cidade de Deus, interpretada pelos mesmos atores. Nesse ano, foram 5 episódios, alguns cômicos, outros dramáticos. Os temas variaram, das tentativas de namoro ao envolvimento com traficantes, da integração de raças ao baile funk, das areias de Ipanema às bocas de fumo no morro. Em todos os episódios, o destaque são os atores do Nós no Morro e Nós no Cinema, ONGs criadas para dar suporte a atores e formar profissionais de cinema nas comunidades cariocas. Cidade dos Homens foi exibido na TV Globo de 14 de outubro a 11 de novembro de 2003 e foi, mais uma vez, um surpreendente sucesso de audiência.

Comentários

Este segundo ano da série exibida e produzida pela Rede Globo, com a mesma equipe do filme (talvez de maior sucesso internacional), Cidade de Deus, com a mesma temática, mostra que foi criado um certo estilo, bem assimilado pela crítica e público (a audiência continuou, assim como nos episódios da primeira fase, em alta).

Claro que há divergências, num país que certamente tem uma divisão do “ame ou odeie”. Talvez este seja o tema principal desta série, razões e/ou preconceitos. Mas é inegável o talento da equipe que, mais uma vez, pelo menos tecnicamente funciona. Não dá pra negar que o ritmo, a edição e o conceito continuam brilhantes. Pode-se dizer que esta nova série é uma extensão do filme e da primeira fase do seriado.

O grande mote desta etapa é o eventual carisma dos personagens principais, que, ao estilo sempre bem brasileiro, no mais profundo sentido, vai do preconceito realista à crítica social e política. O crescimento cronológico faz com que possamos admitir que este estilo, linguagem ou idéia fará com que sempre teremos bons e eficientes episódios que retratam, cada um ao estilo de seus diretores, a realidade brasileira.

É difícil determinar qual episódio é o mais interessante, pois num país eclético como o nosso, os interesses e visões podem tender para um ou outro lado. Numa fase “popular” da política brasileira, o episódio em que o atual Presidente recusou o convite de atuar talvez seja o mais fraco. O que relata bem um certo retrato do Rio (e por que não de todo o país), com as diferenças entre ricos e pobres é dimensionado no episódio em que o cenário (aliás, este é um bom indício de que a série não ficou estagnada, mudando de ambientes), também não chega a agradar tanto quanto o último, um retrato fiel e estético da realidade de violência que atravessamos.

Uma importante (agrade ou não) fase da dramaturgia nacional, vale ao menos uma espiada. Ame ou deixe-o (desculpe o infeliz trocadilho para quem sabe do que se trata).

Extras

Nós no Set: mini-documentário mostrando a trajetória dos atores principais, produzido pela ONG “Nós no Cinema”, com 12 minutos. Bem interessante, com cenas de bastidores e entrevistas, mas curto.

Ficha Técnica: lista da equipe que realizou e produziu a série.

Outros Lançamentos: spots de 30 segundos dos DVDs “Cidade dos Homens”, “Pastores da Noite”, “Os Normais: Sem Cortes” e “Fantástico 30 Anos”

Críticas ao DVD

Um DVD oportuno (foi lançado quando o filme que originou toda a trajetória dos atores, estética e linguagem, “Cidade de Deus”, foi indicado ao Oscar® em 2004 em 4 categorias), mas que tecnicamente é apenas bom. A imagem está ótima, mas no formato de TV, proporção 4:3 (por que não filmar em widescreen?). O áudio é que está apenas em 2 canais, apesar de toda tecnologia existente, inclusive para o “padrão global”.

Os menus, animados, simples e eficientes. Os extras, muito poucos. Mereceria ao menos alguns documentários a mais, deve ter muito material de arquivo. Talvez tenha sido a pressa em lançar o produto que impediu uma melhor edição neste sentido. A embalagem é graficamente interessante, porém não informa os formatos de áudio e video.

Vale a pena dar uma olhada, principalmente se você gostou do estilo e torce para novas e eficientes linguagens e produções que elevam, em muito, a qualidade do nosso cinema e TV.

Menus
Resenha publicada em26/06/2004
Por Edinho Pasquale

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