DIDI O CUPIDO TRAPALHÃO

 

Com Renato Aragão, Daniel, Jackeline Petkovic, Kelly Key, Ellen Ganzarolli, Falamansa, Vavá

 

Diretor

Duração

Produção

Paulo Aragão, Alexandre Soury

90 minutos

2003, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia, Infantil

Columbia

23/03/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português (DD 5.1)
Inglês, Espanhol e Português (Português Modo Closed Caption)

ou LETTERBOX
E
Sinopse

Didi é um anjo trapalhão que para fazer as pazes com Deus precisa voltar à Terra e unir um casal. O problema é que ele escolhe justamente Romeu e Julieta. Julieta é uma garota rica que se apaixna por Romeu, um humilde entregador de sanduiches que sonha em ser cantor. Essa paixão impossível que surge entre os dois acaba virando confusão para os bombinhos e também para o cupido Didi.

Comentários

Passam as décadas e o cinema colocado na tela por Renato Aragão, que antigamente gerenciava um grupo de quatro cômicos populares da televisão (a uns a morte levou), segue interessando seu público, apesar da precariedade e da superficialidade de suas formas e temas. A ensaísta gaúcha Fatimarlei Lunardeli, no fundamental Ô psit! O cinema popular dos Trapalhões (1996), fez uma exacerbada defesa do pobre cinema de Aragão; com brilho incomum, Fatimarlei colocou à disposição de sua análise refinadíssimos conceitos teóricos para reflexionar sobre filmes sem nenhum refinamento. Diz a pensadora: “Expressão legítima e autêntica de uma face da cultura brasileira, os filmes d’Os Trapalhões são continuamente menosprezados e destituídos de valor pela intelectualidade. Neles é criticada a dependência cultural em relação ao produto estrangeiro, sem que a crítica cinematográfica perceba a sua própria dependência a um modelo dominante de filmes estrangeiros.”

Agora Renato Aragão está novamente em cartaz com Didi, o cupido trapalhão (2003), dirigido por seu filho Paulo Aragão e por Alexandre Boury. As características repetitivas e fáceis do cinema de Aragão estão ali para buscar cativar a platéia de sempre. Inspirado numa peça clássica de William Shakespeare, com argumento do próprio Renato, Didi, o cupido trapalhão é todavia um exemplar anacrônico de comédia oriunda das velhas chanchadas brasileiras. Mas, como produto tipicamente nacional, talvez ainda funcione nas bilheterias do país.

Filme para adolescentes e crianças pouco exigentes, Didi, o cupido trapalhão é, como observa Fatimarlei sobre toda a produção dOs Trapalhões, feito para a massa e obedece aos processos usuais e sem novidades porque não caberia exigir do público uma elaboração maior do pensamento. (Eron Fagundes)

Extras

- Entrevistas (todas com legendas inglês, espanhol e português): divididas em Elenco (uma espécie de clipe, com cada ator falando sobre o filme, seu personagem etc., ou seja o de sempre, mas com cenas dos filmes e bastidores para quebrar a monotonia, com 19 minutos), Produção (idem, desta vez com a equipe técnica, falado produção, direção de arte, direção de fotografia e trilha sonora. Quase 9 minutos de “rasgação de seda” ao Renato Aragão do que com informações relevantes) e Entrevista Salomão (3 minutos com o ratinho falando como se fosse um dos atores, uma boa sacada. Tem a opção dele falando em “rates” ou Português...).

- Making of: um videoclipe de 2 minutos com o cantor Daniel de música de fundo com cenas de bastidores. Isso é making of?

- Clips Musicais: sete musicais, com a possibilidade de virar um karaokê em duas deles.

- Jogo do Salomão: um joguinho de perguntas e respostas sobre o filme (tipo quiz).

- Trailer

- Discografia Daniel: capas e nomes dos discos do cantor. Pra que?

- Galeria de Fotos: mais de 30 fotos

- Erros de Gravação: clipe com 2 minutos e meio com os erros de 10 cenas.

- WebDVD: para quem tem um computador e um DVD instalado nele, um jogo da memória e papéis de parede.

Críticas ao DVD

Quase um exemplo de como se faz tecnicamente um DVD, com todas as opções possíveis de formato de tela, agradando a todos, com ótima qualidade de imagens e áudio. Há de se ressaltar as legendas em Closed Caption em Português para os deficientes auditivos. Os menus são bem bolados, animados, os extras em bom número, apesar do exagero em se enaltecer Renato Aragão não como cupido mas como quase um “Semi_Deus” (ok, há alguns equívocos nos menus, o que é making of na verdade não o é, mas isso é o de menos), tudo isso para um filme que só deverá agradar aos fãs de Didi e sua Turma. Se você apenas tem alguma simpatia por eles ou não gosta, fuja. Para as crianças, deve agradar.

Menus
Resenha publicada em 12/06/2004
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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