Com
Werner Schunemann, Laura Schneider, Sirmar Antunes, Márcia
do Canto, Arines Ibias, Lisa Becker, Vera Lopes
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Tabajara Ruas, Beto Souza
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103
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Português (DD 2.0)
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Inglês, Espanhol
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NÃO ANAMÓRFICO LETTERBOX
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Sinopse
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Os personagens da minissérie A Casa das Sete
Mulheres estão de volta nessa história
de heroísmo e paixão. Ferido durante a Guerra do Paraguai (1861-1866),
o general brasileiro Antônio de Souza Netto é recolhido
ao hospital. Ali percebe coisas estranhas acontecendo
com outros pacientes ao seu redor. Numa
noite, recebe a visita de um antigo companheiro,
sargento Caldeira, ex-escravo. Juntos rememoram o
passado comum durante Guerra dos Farrapos (1835-1845). São
muitas histórias, encontros trágicos,
amigos e inimigos, amores e desafetos. Netto recorda
o exílio em Piedra Sola, Uruguai, depois da
derrota dos farroupilhas; o convívio com os
fantasmas do passado; a descoberta do amor, com Maria
Escayola e a Guerra do Paraguai. Naquela noite, unidos por duras lembranças,
revelações surpreendentes e um terrível
segredo, os dois veteranos enfrentam o derradeiro
desafio.
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Comentários
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Segundo o crítico José Lino Grünewald,
não há autor em cinema, no mesmo sentido
em que falamos do autor de uma pintura ou de um livro;
o diretor cinematográfico é um administrador,
a obra fílmica é sempre o resultado
de um trabalho de equipe mesmo naquelas realizações
em que os analistas identificam a forte personalidade
de um cineasta (Ingmar Bergman, Robert Bresson: espíritos
que, no cinema, mais se aproximariam da figura solitária
do romancista; ainda aí José Lino contesta
a tese do autor de cinema).
Em
1995 o ficcionista gaúcho Tabajara Ruas
escreveu um de seus romances mais pessoais e bonitos,
Netto perde sua alma. No livro podíamos identificar
seqüências metafóricas belíssimas,
cenas que pareciam extraídas de alguns quadros
em câmara lenta de filmes de Sam Peckinpah
ou Walter Hill. Por exemplo:
"(Como
eram formosos os cavalos à luz
da lua, e como eram formosos à luz da madrugada,
como eram formosos quando a cerração
do inverno cobriu os campos e expeliam pelas narinas
fumaradas de vapor esbranquiçado, e como eram
formosos ao crepúsculo do verão, vistos
através da poeira avermelhada, e como eram
formosos dando corridas e pulos e relinchos alegres
num meio-dia de primavera.)"
Seis
anos depois, na onda de adaptações
literárias do atual cinema brasileiro (algumas
já vistas, outras em fase de produção
ou pré-produção), podemos ver
como um escritor dirige um filme baseado em seu próprio
livro. Netto perde sua alma (2001), co-dirigido por
Ruas e Beto Souza, não deixa de surpreender
pelo senso de cinema imposto (ou descoberto) por
Ruas, um homem de letras; e, apesar dos achados de
seu ritmo plástico, mostra claramente as diferenças
entre a autoria na literatura e no cinema. A introspecção
pessoal do livro é substituída por
um esforço de filmagem de equipe no filme;
Ruas, escritor mas também atento cinéfilo,
revela sua aprendizagem: os planos abertos e as seqüências
de batalha não são nada rígidas
ou acadêmicas, expelem beleza e frescor, os
travellings rápidos e flutuantes pelos corredores
do hospital em que está o general Netto (o
filme, como o livro, é um jogo de memória
numa cama de doente) são inseridos no tempo
e no espaço certos da narrativa. Netto perde
sua alma está a exclamar como um escritor
pode fazer um filme cinematográfico, em que
suas origens literárias (alguma coisa dos
diálogos e mais ainda os liames narrativos
que deixam entrever uma certa estaticidade da montagem)
são tão sutis que só um olho
mais acurado pode perceber.
O
Ruas diretor não é tão pessoal
quanto o Ruas escritor; está bastante dependente
de sua equipe e dos recursos com que conta. Mas sua
segurança de direção surpreende.
Contando com um desempenho admirável de Werner
Schünemann no papel central, Ruas e Souza articulam
corretamente todos os pontos da realização,
da fotografia de Roberto Henkin à bonita faixa
sonora, passando pela utilização dos
movimentos de massa que nada ficam a dever ao bom
cinema que os cineastas devem ter freqüentado
muito para chegar a este belo filme. (Eron Fagundes)
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Extras
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- Sinopse: texto dispensável.
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Prêmios: lista de Prêmios recebidos
até 2002.
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Diretores: textos básicos sobre Tabajara
Ruas e Beto Souza, relativamente informativos.
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Elenco: idem sobre Werner Schunemann, Laura Schneider
e Sirmar Antunes.
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Notas da Imprensa: textos extraídos de algumas
críticas publicadas sobre o filme.
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Making Of: sem uma formatação definida,
mostra cenas de bastidores e depoimentos realizados
durante a filmagem. Interessante, com quase 13 minutos,
informativos.Pena que alguns depoimentos são
quase que inaudíveis.
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Trailer
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Clip: um apanhado de cenas, sem qualquer
narração ou música.
Não é um Vídeo Clipe. Com pouco
mais de 5 minutos.
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Outros Títulos: capas de outros 6
títulos
da distribuidora na época.
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Críticas
ao DVD
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UM DVD básico no seu formato, mantendo o formato
de tela dos cinema mas não ajudando muito
ao mercado de TVs de formato semelhante, em wide. Há
um encarte com a divisão de capítulos.
O áudio,
bom, mas em dois canais apenas. Os extras, sem grandes
atrações.
Um filme regional que aproveitou a carona do seriado
da Globo “A
Casa das Sete Mulheres”. E só. Mas vale
para os aficionados pela história brasileira.
Vale dar uma espiada e conhecer um pouco mais da
cultura e dos atores gaúchos.
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Menus
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Resenha
publicada em
26/02/2005
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Por
Eron Fagundes (filme)
e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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