Com Letícia Spiller, Thiago Lacerda, Antonio Calloni,
Caco Ciocler, Felipe Camargo
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101
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SOM & IMAGEM |
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Vídeo
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Região
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Português (DD 5.1 e DD 2.0)
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Português
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(LETTERBOX)
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Sinopse
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Rio Grande do Sul, 1874, perto de São Leopoldo,
numa região montanhosa coberta de matas, desenrola-se
a história de Jacobina Mentz (Letícia
Spiller), bela jovem de ascendência germânica
que tornou-se líder de uma seita religiosa.
Dissidentes do Protestantismo, Jacobina e seus seguidores
ficaram conhecidos como os Mucker (santo falso, em
alemão). Jacobina faz curas e prega a salvação
da alma através da felicidade e igualdade.
Mas, suas pregações não agradam
os líderes da sociedade local, que pedem ajuda
a Franz (Thiago Lacerda), primo de Jacobina (e sua
antiga paixão). Enquanto desperta amor e ódio,
Jacobina prevê que no dia de Pentecostes, uma
luz no céu e o mundo será consumido
por chamas purificadoras. Perplexos pelo poder e
resistência de Jacobina, o detetive João
Lenhn (Caco Ciocler), o Pastor Boeber (Antônio
Calloni) e o médico Hilebrandt (Wener Schunemann)
apela para o exército imperial. No Dia de
Pentecostes, a profecia concretiza-se e os Mucker
ganham forças para lutar por sua fé e
líder religiosa, escrevendo o mais controvertido
capítulo da história da colonização
alemã do Rio Grande do Sul
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Comentários
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Ao que parece, o realizador carioca Fábio
Barreto andou numa fase de paixão cinematográfica
pela literatura do sul do país. Depois de
ter lançado em 1995 O quatrilho, em que, a
partir dum romance de José Clemente Pozenato,
se debruçava sobre a colonização
italiana na serra gaúcha, Barreto produz uma
narrativa ainda mais ambiciosa com seu A
paixão
de Jacobina (2002), cujo roteiro de Leopoldo Serran
se baseou num dos mais belos livros do ficcionista
Luiz Antonio de Assis Brasil, Videiras de cristal
(1990). Produção ambiciosa e frustrada
na maioria de suas intenções. Se em
O quatrilho o cineasta ainda tentou buscar o sotaque
italiano, em A paixão de Jacobina ele abdica
do esforço das caricaturas do falar germânico-gaúcho;
perde-se algum laivo do realismo documental, mas
ganha-se em menos constrangimento. Mas o erro básico
de O quatrilho repete-se em A paixão de Jacobina:
assim como Patrícia Pilar não funcionava
como uma colona italiana, Letícia Spiller,
como uma santa louca de origem germânica, funciona
menos ainda, pois sua fragilidade como atriz a coloca
abaixo da sinceridade de Patrícia, bonita
como Letícia e melhor intérprete. O
assombroso formalismo da imagem produzida por Barreto
chega a criar, na relação da figura
de Jacobina com uma espécie de Cristo-mulher,
certas cenas mítico-religiosas que impressionam
os olhos; as alegorias perdem-se, a função
de crítica de um episódio histórico
pouco analisado esvai-se. Barreto busca seu público
ali onde o entretenimento impera, um público
indefinido.
Transformando
bastante a história contada
por Assis Brasil em seu romance, Barreto está na
onda de um certo cinema brasileiro atual, que, à falta
de roteiros originais mais inspirados, busca transpor
para a tela autores brasileiros contemporâneos.
Se isto servir para que as pessoas descubram nossa
literatura, uma das funções deste cinema
estará cumprida. (Eron Fagundes)
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Extras
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- Trailers de Outros Filmes: “Dog Soldiers – Cães
de Caça”, “Mata-Me de Prazer”, “Tempo
de Recomeçar”, “Filhos da Máfia”, “Femme
Fatale”, “Desafio Radical”.
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Críticas
ao DVD
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Um filme mediano do “novo” cinema nacional,
tecnicamente razoável em DVD, mantendo o formato
original de cinema em widescreen, mas não
anamórfico, ou seja, não otimizado
para quem tem Tv neste formato. Mas a imagem é de
muito boa qualidade e o áudio, com dois tipo
de pistas, tanto em 5.1 como em 2.0 canais, satisfaz
a todos. O grande “furo” é a quase
total falta de extras, se resumindo a alguns trailers.
Isso chega a ser lamentável. Mas se você quer
saber algo sobre o cinema nacional, parte da nossa
história, pode assistir que não é nenhum
filme muito ruim.
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Menus
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Resenha
publicada em
07/07/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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