PAIXÃO DE JACOBINA, A

 

Com Letícia Spiller, Thiago Lacerda, Antonio Calloni, Caco Ciocler, Felipe Camargo

 

Diretor

Duração

Produção

Fábio Barreto

101 minutos

2002, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

PlayArte

12/06/2003

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português (DD 5.1 e DD 2.0)
Português


(LETTERBOX)

Sinopse

Rio Grande do Sul, 1874, perto de São Leopoldo, numa região montanhosa coberta de matas, desenrola-se a história de Jacobina Mentz (Letícia Spiller), bela jovem de ascendência germânica que tornou-se líder de uma seita religiosa. Dissidentes do Protestantismo, Jacobina e seus seguidores ficaram conhecidos como os Mucker (santo falso, em alemão). Jacobina faz curas e prega a salvação da alma através da felicidade e igualdade. Mas, suas pregações não agradam os líderes da sociedade local, que pedem ajuda a Franz (Thiago Lacerda), primo de Jacobina (e sua antiga paixão). Enquanto desperta amor e ódio, Jacobina prevê que no dia de Pentecostes, uma luz no céu e o mundo será consumido por chamas purificadoras. Perplexos pelo poder e resistência de Jacobina, o detetive João Lenhn (Caco Ciocler), o Pastor Boeber (Antônio Calloni) e o médico Hilebrandt (Wener Schunemann) apela para o exército imperial. No Dia de Pentecostes, a profecia concretiza-se e os Mucker ganham forças para lutar por sua fé e líder religiosa, escrevendo o mais controvertido capítulo da história da colonização alemã do Rio Grande do Sul

Comentários

Ao que parece, o realizador carioca Fábio Barreto andou numa fase de paixão cinematográfica pela literatura do sul do país. Depois de ter lançado em 1995 O quatrilho, em que, a partir dum romance de José Clemente Pozenato, se debruçava sobre a colonização italiana na serra gaúcha, Barreto produz uma narrativa ainda mais ambiciosa com seu A paixão de Jacobina (2002), cujo roteiro de Leopoldo Serran se baseou num dos mais belos livros do ficcionista Luiz Antonio de Assis Brasil, Videiras de cristal (1990). Produção ambiciosa e frustrada na maioria de suas intenções. Se em O quatrilho o cineasta ainda tentou buscar o sotaque italiano, em A paixão de Jacobina ele abdica do esforço das caricaturas do falar germânico-gaúcho; perde-se algum laivo do realismo documental, mas ganha-se em menos constrangimento. Mas o erro básico de O quatrilho repete-se em A paixão de Jacobina: assim como Patrícia Pilar não funcionava como uma colona italiana, Letícia Spiller, como uma santa louca de origem germânica, funciona menos ainda, pois sua fragilidade como atriz a coloca abaixo da sinceridade de Patrícia, bonita como Letícia e melhor intérprete. O assombroso formalismo da imagem produzida por Barreto chega a criar, na relação da figura de Jacobina com uma espécie de Cristo-mulher, certas cenas mítico-religiosas que impressionam os olhos; as alegorias perdem-se, a função de crítica de um episódio histórico pouco analisado esvai-se. Barreto busca seu público ali onde o entretenimento impera, um público indefinido.

Transformando bastante a história contada por Assis Brasil em seu romance, Barreto está na onda de um certo cinema brasileiro atual, que, à falta de roteiros originais mais inspirados, busca transpor para a tela autores brasileiros contemporâneos. Se isto servir para que as pessoas descubram nossa literatura, uma das funções deste cinema estará cumprida. (Eron Fagundes)

Extras

- Trailers de Outros Filmes: “Dog Soldiers – Cães de Caça”, “Mata-Me de Prazer”, “Tempo de Recomeçar”, “Filhos da Máfia”, “Femme Fatale”, “Desafio Radical”.

Críticas ao DVD

Um filme mediano do “novo” cinema nacional, tecnicamente razoável em DVD, mantendo o formato original de cinema em widescreen, mas não anamórfico, ou seja, não otimizado para quem tem Tv neste formato. Mas a imagem é de muito boa qualidade e o áudio, com dois tipo de pistas, tanto em 5.1 como em 2.0 canais, satisfaz a todos. O grande “furo” é a quase total falta de extras, se resumindo a alguns trailers. Isso chega a ser lamentável. Mas se você quer saber algo sobre o cinema nacional, parte da nossa história, pode assistir que não é nenhum filme muito ruim.

Menus
 
Resenha publicada em 07/07/2004
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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