CASSETA E PLANETA: A TAÇA DO MUNDO É NOSSA

 

Com Bussunda, Reinaldo, Hélio de La Peña, Cláudio Manuel, Marcelo Madureira, Hubert, Maria Paula, Jairzinho, Carlos Alberto, Toni Tornado, Deborah Secco

 

Diretor

Duração

Produção

Lula Buarque de Hollanda

86 minutos

2003, Brasil

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia

Warner

18/08/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Português (DD 5.1 e DD 2.0)
Inglês, Português

LETTERBOX 4x3,
NÃO ANAMÓRFICO
Sinopse

No dia da final da Copa de 70, o revolucinário Wladimir llliten Stalin Tse Thung Guevara - ou apenas Frederico Eugênio (Bussunda) filho da zelosa Dona Julieta (Reinaldo)-, o vegetariano Denilson (Hélio de La Peña) e o cantor e compositor Peixoto Carlos (Hubert) se envolvem em uma confusão em uma churrascaria e acabam sendo acusados de terrorismo. Perseguidos, eles fundam o temido e obscuro Partido Anarco Nacionalista Carlos, o PANAC, e tramam uma ação que mobilizará o país: roubar a taçaJules Rimet, recém-conquistada no México. Quem vai recuperar a taça? Será o general Manso (Beto Silva), representante linha dura? Ou o molenga general Miranda (Cláudio Manoel) e sua esposa Dolores (Marcelo Madureira), o verdadeiro militar da casa? E a situação só complica quando o PANAC ganha a dessão de Lucy Ellen (Maria Paula), que toda a filha de general, é muita gostosa. Com participações especiais - e nada verdadeiras - de Pelé e Che Guevara, participações verdadeiras de Jairzinho, Carlos Alberto Torres, Toni Tornado e - que maravilha! - Deborah Secco.

Comentários

O que esperar de um filme da turma do Casseta e Planeta? Ora, é claro que o mesmo tipo de humor que eles fazem a tantos anos na Tv. Apesar de ter um tema central, o roubo da taça Jules Rimet, conquistada em 1970, o filme tem as várias estórias paralelas com piadas rápidas como no programa televisivo. É bem ambientado com edição de arte de época, mas é aquilo que já conhecemos: boas piadas e outras fracas. Depende do tipo de humor que cada um gosta, mas atende ao público em geral. Confesso que por ser de uma geração que foi influenciada pela rigidez dos chamados “anos de chumbo”, com os militares no poder, impondo uma forte censura, até me assustei um pouco com a irreverência (para dizer o mínimo) dos humoristas com relação a tudo o que aconteceu na época. Depois, tive até um certo alívio: os tempos realmente mudaram, pelo menos no sentido da liberdade de expressão, para melhor. Nessa época, o futebol era usado para "sossegar" a população e o tri-campenato de futebol foi usado como campanha do regime militar. Essa talvez tenha sido a boa sacada do tema do filme, cujo diretor conseguiu ao menos manter fio da meada, uma ligação, para as piadas e personagens, com boas sátiras à Jovem Guarda (eram chamados de alienados na época, fato até certo ponto "corrigido" pela história), aos hippies e às entidades estudantis e "de esquerda", por exemplo.

A turma usa e abusa das piadas fáceis e algumas de duplo sentido, com os atores/comediantes fazendo, como de hábito, vários papéis. No cinema, há uma liberdade maior com a linguagem e temas (como drogas), que na TV seria mais complicado. Há pequenas participações especiais, inclusive de jogadores que conquistaram o tri (Jairzinho e Carlos Alberto). O roteiro é uma boa farsa, distante do verdadeiro roubo (pra quem não sabe ou não se lembra, a taça foi realmente roubada, anos depois, e derretida para vender o ouro. Como diria Renato Russo: “Que país é esse?”). Dentre as boas piadas, há as que citam o próprio cinema (como a ótima “participação” de Woody Allen), outro bom achado do filme. Os efeitos especiais também estão bem feitos, a produção foi caprichada.

Concluindo, o filme acaba sendo quase que um “especial” do programa da Tv, um pouco mais longo. Que pode ser ótimo para muitos, mas grosseiro para outros. Talvez os mais jovens não entendam algumas piadas, é até um bom pretexto para se aprender um pouco de história, se informando sobre a época. Mas que acaba divertindo, acaba. Ah sim, a Déborah Secco aparece... quase no final.

Extras

- Spots de TV: nove propagandas de divulgação do filme para a televisão. Alguns são sátiras de outros filmes, como Hulk e As Panteras Detonando (que estavam em cartaz na mesma época).

- Trailer.

- Avant Trailer.

- Clip “Que Dureza”: sátira da música cantada por Tim Maia.

- Making Of: na verdade são 10 featturetes (em média, 4 minutos cada) mostrando cenas específicas do filme, com os bastidores, claro que não faltam piadinhas. Uma boa idéia, pois foge da mesmice dos making ofs tradicionais. Tem uma piada exclusiva para o DVD, um final alternativo e outras curiosidades. Assim como os spots de TV, podem ser vistos de uma só vez.

Críticas ao DVD

Um DVD legalzinho, ou seja, de um filme que até dá pra ser visto mais de uma vez. Está com ótima qualidade de imagem e áudio, quem tem um home theater não vai se decepcionar. Isto é, se você tem um HT SEM TV wide. Tudo bem, o filme até que está no formato original de cinema, em wide, mas NÃO anamórfico, ou seja, está em letterbox. Isso significa que se você tem uma TV comum, não interfere em nada. Se você teve condições de comprar uma TV wide, que ela tenha um bom “zoom”, senão sua imagem ficará menor que uma revista em quadrinhos vista a 10 metros de distância...

Os extras são legais, principalmente os comerciais de TV e os chamados making of. No geral, sem querer ser repetitivo (mas sendo), é um DVD legalzinho da turminha que faz um humor legal na TV agora num especial no cinema.

Menus
Resenha publicada em 15/10/2004
Por Edinho Pasquale

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