Prepare-se para assistir um filme realmente marcante – uma obra-prima cinematográfica tão extraordinária que é um deleite para os sentidos, um estímulo para a mente e que acaba por “redefinir o potencial da arte de fazer cinema” (The Hollywood Reporter). O consagrado diretor Godfrey Reggio, o inovador diretor de fotografia Ron Fricke e o compositor ganhador do Globo de Ouro* Philip Glass criaram este “filme mágico, tão rico em beleza e detalhes que a cada vez que o assistimos, ele se torna um filme novo e diferente” (Leonard Maltin).

“Único…profundo…magnético e instigante” (Boxoffice), Koyaanisqatsi contrasta a tranqüila beleza da natureza com o frenesi da sociedade urbana contemporânea. Reunindo imagens de tirar o fôlego a uma premiada e eloqüente trilha sonora, é um trabalho “original e fascinante” (People) – “um dos maiores filmes de todos os tempos” (Uncut).

*1998: Melhor Trilha Sonora (com Burkhard Dallwitz), O Show de Truman.

Este filme foi um grande choque quando do seu lançamento. Como poderia um filme sem diálogos, apenas com imagens, fazer sucesso? Pois fez um grande sucesso, ao menos nas mostras de cinema, tornando-se um filme “cult”. É uma pequena obra-prima para quem gosta de imagens, me desculpe leitor pelo “lugar-comum”, mas um verdadeiro festival de fotos em movimento. Sim, uma movimentação de imagens utilizando-se de cenários e iluminação maravilhosas, por vezes alternando o ritmo, ora lentas ora bem rápidas, quase que hipnotizando o espectador, apoiado num ótimo trabalho de Philip Glass nas músicas minimalistas. AS imagens, por vezes comuns no nosso dia-a-dia e que passam desapercebidas, ficam claramente nas nossas mentes, nos chamando à atenção para detalhes que não percebemos.

Claro que não é para qualquer público, apenas para os que apreciam este tipo de filmes e apaixonados por imagens. O próprio andamento do filme, o que podemos chamar de roteiro, é muito bem sacado. Fez parte de uma trilogia, seguido por Powaqaatsi (com imagens no extinto garimpo de Serra Pelada) e Noqovqatsi (menos conhecido por aqui). Um projeto bastante interessante e arrojado, produzido por Coppola. Vale a pena dar uma espiada. Pensando bem, veja e reveja. Você se surpreenderá com a riqueza de novas imagens e sensações que o filme pode te despertar.

Featurette: mini-documentário “A Essência da Vida”, com cerca de 25 minutos, explorando bem o tema central da trilogia, com depoimentos interessantes e imagens bem legais. Vale a pena.

Trailers: de Powaqaatsi, Noqovqatsi e Koyaanisqatsi.

Um DVD bastante interessante, com imagem mantendo o aspecto original de cinema em widescreen otimizado para quem tem TV wide. O áudio, em 5.1 canais, está excelente.

Os extras, de bom tamanho (nunca vi o terceiro filme, Noqovqatsi, uma bela oportunidade de ao menos se ter uma idéia de como ele é no trailer), idem com relação aos menus, porém extremamente simples. A embalagem está igualmente correta.

Para quem já viu o filme em VHS e no mínimo achou interessante, é obrigatório ao menos a sua locação. Item de colecionador (o próprio filme o é) para os apreciadores de um cinema diferente e criativo. Se você nunca viu e quer experimentar algo diferente, repito, veja pelo menos 2 vezes.

Ps. Agredeço ao atento leitor Gustavo sobre a grafia do terceiro episodio da trilogia. Até a embalagem da Fox está errada, por desatenção minha (está escrito Noqovqatsi ao invés de Naqovqatsi)

Muito boa a resenha do Koyaaniqatsi, gostei muito do filme quando o vi no cinema e pretendo compra-lo (p/colecionar). Vocês teriam alguma ideia de quando o filme Noqovqatsi será (se for, diga-se de passagem) no Brasil? Ele só tem importado, custando os olhos. Um abraço parabéns pelo nível do site. (Paulo Campos)