SARAVAH

 

 

Diretor

Duração

Produção

Pierre Barouh

62 minutos

1969

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Documentário

Biscoio Fino

30/06/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 2.0)
Português
Sinopse

"Foi no mês de fevereiro de 1969 que o diretor de cinema francês Pierre Barouh desembarcou no Rio de Janeiro disposto a registrar em película momentos de uma música que, embora conhecesse pouco, o fascinava intensamente. O olhar do estrangeiro, de coração aberto para a música brasileira, capturou imagens que durante 36 anos permaneceram desconhecidas no país. A Biscoito Fino lança agora, em DVD, o filme Saravah, resultado das sessões de filmagem de Barouh com os ancestrais Pixinguinha e João da Baiana, então octagenários, os jovens Maria Bethânia (aos 21 anos) e Paulinho da Viola, tendo Baden Powell como elo de ligação entre gerações tão distantes e fundamentais da arte brasileira. Entre várias sequências, podemos destacar a sequência que mostra Maria Bethânia quase menina ao lado do também muito jovem Paulinho da Viola. É para figurar em qualquer antologia da música brasileira. A ação se passa numa mesa de bar, ao ar livre, com a presença de vários amigos e uma atmosfera que combinava descontração e reverência. O que era privilégio de franceses e japoneses (que tiveram anteriormente acesso a edições em DVD), passa a patrimônio brasileiro, com o lançamento de Saravah. Se o som direto às vezes pode deixar a desejar para o espectador mais exigente, o valor documental impõe a obra como um dos mais impactantes lançamentos da música brasileira na era do DVD."

Comentários

Este filme foi feito pelo diretor de cinema francês Pierre Barouh no ano de 1969 no Rio de Janeiro, onde ele procurou registrar um pouco da música brasileira. Barouh era amigo de Baden Powell e fez uma versão da música ‘Samba da Benção’ de Baden e Vinicius de Moraes para a trilha sonora do filme ‘Um Homem, Uma Mulher’, o que ajudou a popularizar a música brasileira na França. É um filme sem narração e que não identifica as pessoas que aparecem, o que torna as coisas confusas para o espectador, a menos que conheça muito bem os artistas da MPB na década de 60 e 70.

As cenas mostradas são raras e de grande valor histórico, a começar por um trecho do desfile da mangueira no carnaval daquele ano, que mais parece um desfile de um grande bloco sem carros alegóricos e somente com o som da bateria. Depois em um bar no subúrbio carioca, há o encontro do mestre Pixinguinha com Baden Powell, onde Pixiguinha comenta sobre a época em que se apresentou em Paris. Na cena seguinte, João da Baiana explica para Barouh a diferença entre o som do candomblé e da macumba, cantando músicas dos dois gêneros ao som do violão de Baden Powell, embora o francês, e provavelmente o telespectador, não entendam a diferença. A cena seguinte mostra um clima descontraído durante um almoço com, entre outros, Barouh, Bethânia e Paulinho da Viola, os dois últimos muito jovens na época. Paulinho explica para o diretor o funcionamento das escolas de samba e, juntamente com Bethânia, cantam os sambas ‘Pecadora’, ‘Pranto de Poeta’, ‘Coração Vulgar’ e ‘Coisas do Mundo Minha Nega’. Na sequência, Bethânia, em um outro lugar, canta dois sucessos de seu irmão Caetano que estava exilado, ‘Baby’ e ‘Tropicália’ em um ritmo um pouco diferente do que conhecemos hoje, e mais as músicas ‘Frevo No. 1 do Recife’ e ‘Pra Dizer Adeus’. Já quase no final, Baden e Pixinguinha cantam uma versão de ‘Lamentos’, música que é repetida em seguida pela cantora Marcia, que canta desta vez a versão original. Marcia ainda canta ‘Formosa’ e ‘Tempo de Amor’. Para encerrar Barouh canta ‘Samba Saravah’, uma versão em francês para o famoso ‘Samba da Benção’, acompanhado pelo violão de Baden, que é o autor da música juntamente com Vinícius de Moraes.

Extras

2003 Tokyo: Mostra uma visita que Barouh fez ao Rio em 1996, onde conheceu o compositor Adão Xalebarada, morador do morro do Cantagalo. Lá ele descobriu as músicas de Adão, levou-as para a França e retornou dois anos depois para mostrar a Adão o CD do percussionista Silvano Michelino, que utilizou músicas do compositor. Há também cenas de 2003 que mostram a cantora Bia cantando ‘A Noite do Meu Bem’.

Críticas ao DVD

A imagem é antiga, com chuviscos mas tem boas cores. O som está somente em 2 canais e é razoável.
É um DVD histórico e recomendo aos que gostam bastante de Bethânia e Baden Powell, que são os dois artistas que aparecem mais no filme. Também vale para os que gostam da história da MPB, pois traz cenas raras de Pixinguinha, Paulinho da Viola e João da Baiana.

Resenha publicada em 10/07/2005
Por Robson Candêo

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