O Triunfo da Vontade – Triumph Des Willens

 

Com: Aparições de Adolf Hitler, Rudolf Hess, Otto Dietrich, Waleter Darre, Julius Streicher, Robert Ley.

 

Diretor

Duração

Produção

Leni Riefenstahl

130 minutos.

1934. Alemanha.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Documentário

VTO CONTINENTAL

junho/2003

Cotação:

Sinopse

O Congresso nacional – socialista Alemão de 1934, é documentado de maneira impressionante pela cineasta Leni Riefenstahl. No início, um bimotor desce dos céus, Adolf Hiltler sai sorridente e é ovacionado pela multidão. Tudo é gigantesco: são paradas, desfiles monumentais e discursos para um público em total catarse. Um espetáculo cinematográfico hipnótico e terrificante que retrata com imagens fortes, toda a pompa (e a barbárie) do regime nazista.

Comentários Sobre o Filme

É muito delicado comentar esse filme por isso mesmo quero deixar bem claro desde já que estou comentando o filme em si e não o seu conteúdo e quanto a isso, não podemos deixar de rasgar elogios à Leni Riefenstahl, que poderia ter escrito seu nome da história com mais êxito que apenas a cineasta de Hitler.

Impressionado com a qualidade de seu filme A Luz Azul (1932) onde narra (e atua também) uma lenda tirolesa que se passa nas montanhas, Hitler contrata Riefenstahl para fazer o documento definitivo do partido nazista. Riefenstahl, como uma boa artista (além de diretora era fotógrafa, dançaria e atriz) resolve inovar o conceito de documentário/propaganda; nada de narrações em off e cenas plastificadas. Ela utiliza técnicas revolucionárias que até hoje são consideradas exemplares. Logo no início quando Hitler chega em Nuremberg, Leni posiciona a câmera por trás do Füher, filmando o que seria a pespectiva dele em relação à imensa massa popular que o aguarda. Exatamente os movimentos de câmera dela são revolucionários para 1934. Na cena do estádio onde Hitler discursa para mais de 200 mil pessoas a câmera sobre e abre uma angular que dá exatamente a idéia de imensidão e poder do 3º Reich.

Não estou dizendo que depois de ver este filme você vai querer se filiar ao partido nazista ou então entender o que Hitler fez - até porque neste documentário em NENHUM momento ele prega o racismo, pelo contrário, diz que todos os alemães têm que se unir e serem iguais – mas sim vai compreender o porquê da Alemanha ter se desenvolvido tanto em tão pouco tempo, ainda mais vindo da opressão sofrida após a 1a Grande Guerra.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Alemão (Dolby Digital 2.0).
Português, Espanhol e Inglês.

[4x3]
Extras

Entendo que deve ser difícil conseguir cenas de bastidores de Leni Riefenstahl. Já é raríssimo encontrar de filmes de Hollywood da década de 30, imagine então de um filme nazista? O DVD vem com um curta-metragem da própria Riefenstahl chamado "O Dia de Liberdade" (Tag Der Freiheit/1935). Além disso vem os tradicionais textos de biografia/filmografia da diretora.

Críticas ao DVD

Arte tem partido político? Se sou contra o comunismo não posso assistir os filmes de Sergei Eisenstein? Pois é. Leni Riefenstahl pagou o preço por sua qualidade. Após este documentário ela fez Olympia (1938) sobre às Olimpíadas de Berlim que foi taxado como um filme racista. Após a guerra ficou presa por 4 anos em um campo francês por ter “glorificado as atividades nazistas” mesmo ela tendo dito que eram apenas documentários. Após isso, nunca mais conseguiu financiamento para produzir um filme sequer, dedicando-se assim à fotografia.

O documentário é uma peça obrigatória para os amantes de cinema. Não é um filme de fácil digestão pois segue os preceitos dos documentários da década de 30/40 e é bem longo (com quase 2 horas) e para quem não gosta do gênero, é melhor passar longe. A qualidade de imagem é o que pode se esperar de um filme de 1934, assim como o som. O DVD vale como um documento histórico e como uma referência para a história do cinema.

Comentários do Internauta

Muito boa critica. Apesar de não ser adepta de documentários e principalmente do assunto abordado, mas me sento compelida a assistir o filme. Parabéns ao site e ao critico que não se limitam aos lançamentos de bilheteria. (Adriana Werneck)

Menus
Resenha publicada em 16/07/2003
Por Erick "Polska" Pessôa   

 



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