2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (2001: A Space Odissey)

 

Com: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester, Daniel Richter, Leonard Rossiter, Margaret Tyzack, Robert Beatty, Sean Sullivan, Frank Miller, Bill Weston, Douglas Rain.

Diretor

Duração

Produção

Stanley Kubrick

148 minutos

1968. EUA.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

ficção cientifica

WARNER HOME VIDEO

setembro/2001

Cotação:

Sinopse

2001: Uma Odisséia no Espaço é uma contagem regressiva para o futuro, o mapa para o destino da humanidade, uma indagação para o infinito. Ele é fascinante, vencedor do Oscar® de Melhores Efeitos Especiais (1968), mostra o drama entre a máquina e o homem envolto em música e movimento, um trabalho tão influente que Steven Spielberg o comparou com o "Big Bang" dos produtores de sua geração. Talvez seja o maior trabalho do diretor Stanley Kubric (que escreveu o roteiro junto com Arthur C. Clarke) que ainda inspira e fascina inúmeras gerações. Para começar sua viagem pelo futuro, Kubric visita nosso passado ancestral, então salta milênios (em um dos maiores cortes já concebidos) para o espaço colonizado onde o astronauta Bowman (Keir Dullea) entra realmente no universo, talvez até mesmo para a imortalidade. "Abra a porta HAL". Deixe o medo e o mistério da aventura invadir você.

Comentários Sobre o Filme
(por Eron Fagundes)

CAPA ANTIGATRAVELLINGS DE LUZES – 2001: uma odisséia no espaço (2001: a space odissey; 1968), de Stanley Kubrick, permanece um desafio à interpretação do analista. Vê-lo em tela pequena (versão em dvd) não é a melhor opção por tratar-se de uma narrativa em que a grandiloqüência visual é uma característica do começo ao fim; por exemplo, uma das seqüências mais belas da realização, aqueles inusitados e variados travellings de luzes que sucedem à destruição do computador Hal 9000, perde muito de seu efeito hipnótico na mente do espectador, ainda que a beleza plástica não se esvazie inteiramente –a verdade é que no cinema a vertigem ótica é muitas vezes maior.

Neste seu filme, que muitos consideram seu projeto mais ambicioso e bem sucedido, Kubrick radiografa a evolução do homem sobre a terra. As primeiras imagens referem-se à alvorada da civilização, seres primitivos desfilam diante da esplendorosa arquitetura cinematográfica de Kubrick; é no instante em que o macaco lança o osso para o alto e este osso, numa metáfora extraordinária, se converte numa nave espacial (esta cena também ludibria muito de sua grandeza na tela menor), é exatamente aí, neste corte abrupto, que Kubrick insere seu filme numa reflexão sobre a passagem das eras. A cena final, justapondo num mesmo cenário, o indivíduo do feto ao cadáver instala esta reflexão do fluir dos anos no corpo do ser.

Uma das pistas provocativas lançadas por Kubrick em seu roteiro chegou a exigir as mais estranhas exegeses desde as primeiras exibições do filme. Que é que significa o monolito negro, que aparece em fases marcantes da fita – aparece para os curiosos macacos, intriga os navegadores espaciais e vai ser visto diante do leito de morte do astronauta Dave? Para uns tratava-se de um signo da divindade, para outros caracterizava o mistério da evolução, e sempre com inegável força plástica no jeito com que se colocava dentro do quadro.

COLEÇÃO STANLEY KUBRICKInegavelmente, 2001: uma odisséia no espaço é um filme que só poderia ser produzido nas circunstâncias de seu tempo, embora nunca esteja datado. Tem a marca do final dos anos 60: as novas tecnologias, o surgimento dos primeiros computadores, a luta entre o homem e a máquina. As previsões de que no ano 2001 as viagens espaciais seriam corriqueiras não se materializaram. Mas que importa? Uma obra de arte não tem de ser necessariamente uma pitonisa. 2001: uma odisséia no espaço é uma aguda indagação em torno dos destinos da humanidade.

Apesar de suas altas pretensões intelectuais, o filme de Kubrick não apresenta hoje grandes dificuldades de entendimento. Em sua época, a obra de Kubrick desarvorou os críticos e mais ainda o público, uns e outro incapazes de se deixar hipnotizar pelo ritmo lento com que Kubrick orquestrou suas imagens. A verdade é que 2001: uma odisséia no espaço era um filme avançado para seu tempo e lidava com a linguagem cinematográfica de uma maneira totalmente nova: muitos reclamavam de mais diálogos explicativos em cena, o que era uma forma retrógrada de querer que as imagens fossem mastigadas redundantemente pelas palavras.

Para aqueles que sabem diferenciar cinema de literatura, o grande épico de ficção científica de Kubrick dobra a espinha e provoca calafrios estéticos.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

inglês e francês (Dolby Surround 5.1).
Português, Inglês, Espanhol e Francês.
Widescreen Letterbox 2.10
Extras

Trailer de cinema (sem legendas, mas nem precisa mesmo porque é baseado na trilha sonora e sem falas)

Críticas ao DVD

Também pertencente à coleção Stanley Kubrick da distribuidora Warner, e digitalmente restaurado e remasterizado, a imagem é excelente da mesma forma que o áudio em 5.1. Talvez a queixa seja justamente daqueles que apreciam os extras, porque o trailer de cinema é muito pouco. Antes desta edição, foi lançada nos EUA outra bem inferior (capa reproduzida) que não chegou a tempo. Mas para variar, na terra do consumismo absoluto, saiu uma versão limitada de colecionador (material reproduzido) com 2 discos entre outros petiscos que não estragam o nosso lançamento. Pena é pela ausência de dublagem em português.

Resenha publicada em 23/07/2003
Por Marcelo Hugo da Rocha   

 



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