24 HORAS - 1ª TEMPORADA (24 - 1st Season)

 

Com Kiefer Sutherland, Leslie Hope, Sarah Clarke, Xander Berkeley, Carlos Bernard, Dennis Haysbert

 

Diretor

Duração

Produção

Vários

1032 minutos

2001, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

TV, Ação

Fox

11/02/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Espanhol e Português (DD 2.0)
Inglês, Português e Espanhol

Sinopse

Na primeira temporada desta que é uma das séries de TV de maior sucesso nos últimos anos, acompanhamos 24 atribuladas horas da vida de Jack Bauer (Kiefer Sutherland), chefe da Unidade Anti-Terrorismo de Los Angeles (CTU, no original), durante as quais ele deverá evitar um atentado contra o Senador David Palmer (Dennis Haysbert), o primeiro afro-americano com chances reais de ser eleito presidente dos EUA. Em sua missão ele tem a ajuda de seus colegas da CTU, especialmente de Nina (Sarah Clarke) e Tony (Carlos Bernard), porém há informações de que um deles possa ser um traidor. Para piorar as coisas, sua filha Kim (Elisha Cuthbert) e sua esposa Teri (Leslie Hope) são seqüestradas, e Jack é pressionado para colaborar no atentado contra a vida do candidato à presidência. Mas isso é apenas uma parte da história. Há outros eventos, como a trama que envolve um incidente ocorrido com o filho de Palmer, e as resistências que Bauer enfrenta dentro da própria CTU - muitos querem a sua cabeça por ter denunciado colegas suspeitos de corrupção. E, a partir da segunda metade da temporada, quando vão sendo descobertos os autores do plano, Bauer constata que seu envolvimento no atentado contra Palmer tem outras implicações. E mais não dá para dizer, já que a melhor maneira de apreciar 24 Horas é saber o menos possível de sua trama.

Comentários Sobre o Filme

Para mim, assim como para a maioria dos que nasceram após a chegada da TV ao Brasil, esta mídia foi descoberta bem antes do cinema. Assistir filmes na telinha foi algo que me levou a descobrir, posteriormente, as delícias da tela grande. E, também, constatei que TV (mesmo em meio a tantos lixos como reality shows, novelas e programas apelativos) e cinema, apesar de diferentes, têm semelhanças e produzem, de tempos em tempos, obras de qualidade que, muitas vezes, alimentam-se um do outro. Filmes de cinema são, com freqüência, adaptados como séries de TV (Planeta dos Macacos, La Femme Nikita); estas, por sua vez, não raro ganham versões cinematográficas (Missão Impossível, Perdidos no Espaço, As Panteras).

Em certos casos, shows de TV adotam elementos e linguagem tipicamente cinematográficos, tal como 24 Horas. No filme Tempo Esgotado (Nick of Time, de 1995, com Johnny Depp e Christopher Walken), o diretor John Badham conta a história de um homem que, após o seqüestro da filha, tem 90 minutos para matar a governadora da Califórnia. Se não fizer isso, sua filha será morta. A ação do filme transcorre em tempo real... Cito isto apenas para lembrar que o conceito de 24 Horas, série que vem acumulando prêmios desde sua estréia nos EUA em 2001, e que estourou no Brasil no início de 2004, quando teve sua primeira temporada exibida pela Globo, não é inédito como muitos pensam. Apesar disso, ao transpor esta idéia do cinema para a TV, os criadores da série acabaram se saindo melhor que Badham, produzindo um dos melhores e mais cinematográficos seriados norte-americanos de todos os tempos.

Cada um dos 24 capítulos, obviamente, corresponde a uma das 24 horas nas quais a trama se inicia e se encerra - com freqüência surge na tela um cronômetro digital informando o horário em que se passa a ação. Stephen Hopkins, diretor de filmes como Predador 2, A Sombra e a Escuridão e Perdidos no Espaço, além de ser co-produtor da primeira temporada de 24 Horas dirigiu vários episódios, com destaque para o primeiro - no qual foram estabelecidas as principais características visuais do programa: a edição rápida, o recurso de dividir a tela em vários quadros, cada um correspondendo a eventos simultâneos que ocorrem em lugares diferentes, e a câmera nervosa que registra tudo em um tom semi-documental. Se você já assistiu a esta temporada, seja no canal pago Fox ou na Globo, este box-set é uma boa maneira de reviver boa parte de seu suspense, tensão e adrenalina, sem pausas para comerciais.

Obviamente que alguns furos do roteiro ficarão mais evidentes, e há horas em que simplesmente não dá para acreditar no azar da Kim Bauer, que sai de uma fria para entrar em outra ainda pior - sem dúvida ela é a garota mais azarada do planeta. Isso poderia ser um problema em uma série que adota um tom realista, mas felizmente os acertos são tantos que, ao final, as falhas são facilmente perdoadas. E, afinal das contas... It´s only a TV Show.

Extras

Nesta área, o lançamento deixa a desejar. Pelo que se sabe esta primeira temporada foi lançada meio que às pressas nos EUA, e a Fox não teve tempo de reunir ou produzir material especial para o DVD. Tudo que temos é um dos dois finais alternativos que foram filmados (dada a continuidade da série, ele só pode ser considerado mesmo como mera curiosidade), com comentário de áudio opcional do produtor-executivo, e uma introdução com Kiefer Sutherland da primeira temporada, na qual ele aproveita e faz uma rápida chamada para a segunda. Felizmente, para o box da temporada seguinte (que também deverá ser lançado brevemente por aqui), haverá uma boa quantidade de material suplementar.

Críticas ao DVD

A qualidade de vídeo é muito boa, os episódios são apresentados em seu formato original widescreen anamórfico otimizado para TVs 16x9, ressaltando a qualidade cinematográfica da série. As cores são ricas e bem balanceadas, o contraste é excelente. O visual da série é ameaçador, as vezes sombrio, e a transferência para DVD preserva e ressalta estas qualidades. Alguns artefatos de compressão MPEG-2 são visíveis em determinadas cenas, mas de um modo geral, quem assistiu à série na TV (aberta ou paga) terá aqui uma qualidade de imagem muito superior. O áudio também é bom, apesar de ser apenas Dolby Digital 2.0 Surround em inglês, português e espanhol (a série passou a ser gravada em 5.1 canais somente a partir da segunda temporada). Os diálogos são claros, os canais traseiros fortalecem a ambientação e o tenso score musical de Sean Callery envolve o ouvinte. As legendas estão disponíveis em português, espanhol e inglês. No mais, é de se lamentar que a Fox continue insistindo, em seus box-sets, com um modelo de embalagem onde os discos freqüentemente ficam soltos - isso quando o próprio suporte plástico que fixa o DVD não se descola do papelão.

Menus
Resenha publicada em 22/05/2004
Por Jorge Saldanha

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