Com
Franco Citti, Silvana Corsini, Franca Pasut, Paola Guidi
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120
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0)
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Português
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Sinopse
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Ao som da música sublime de Bach,
Pasolini nos apresenta a miserável periferia
de Roma, onde vive Vittorio, mais conhecido como
Accattone,
um jovem cafetão que explora a prostituta
Maddalena. Quando ela é presa, ele fica sem
rumo até se apaixonar pela ingênua Stella,
que tenta fazê-lo mudar de vida.
Mais de 40 anos depois de sua estréia, Desajuste
Social continua a ser um filme impressionante e atual.
Um registro poético e realista da sociedade
italiana que só Pasolini conseguia fazer.
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Comentários
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O italiano Pier Paolo Pasolini sempre foi um cineasta
extremamente árido. Suas atividades de escritor
(romancista e poeta) o encaminharam para um modo
duro de filmar que afastava muita gente sob a desculpa
de que se tratava mais de um artista da palavra que
da imagem: tinham-no como indigesto como realizador.
Na verdade, ele foi um dos grandes nomes do cinema
italiano: nunca fez concessões comerciais.
Seu
filme de estréia, Accatone (1961), é uma
boa amostra de suas inquietações temáticas
e formais. Não é ainda seu nível
mais apurado (que começaria a desenhar-se
na obra seguinte, Mamma Roma, 1962),
mas ali topamos a naturalidade ou mesmo uma interessante
boçalidade com que ele filma os tipos vadios
das cidades italianas nos anos 60: o vagabundo interpretado
por seu habitual ator Franco Citti e a ingênua
que o vagabundo transforma em prostituta são
as criaturas centrais em torno das quais circulam
outros vagabundos e outras meretrizes. A maneira
com que Pasolini se aproxima destas vidas sem perspectivas
difere daquela de Federico Fellini em Os
boas vidas (1953): tudo é menos lírico
e mais violento (o título do romance de Pasolini
que deu origem ao filme é Uma vida
violenta).
Accatone tem
lá seus momentos arrastados e frouxos,
frutos da inexperiência do diretor estreante;
mas é uma curiosa introdução
ao cinema do autor de um dos mais ferozes filmes
da história, Salò, ou os 120
dias de Sodoma (1975). Como curiosidade
histórica, Bernardo Bertolucci, cujo cinema é bastante
diverso do de Pasolini, foi assistente de direção
em Accatone.
(Eron Fagundes)
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Extras
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- Trailer (legendado)
- Galeria
de Fotos e Pôsteres: 2 fotos de bastidores
e 7 cartazes em vários idiomas.
-
Vida e Obra de Pasolini: bom texto biográfico
do diretor italiano, com sua filmografia completa.
Com 11 páginas de texto.
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Biografia de Franco Citti: idem, com 6 páginas
e filmografia selecionada.
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Críticas
ao DVD
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Este primeiro filme de Pasolini é um belo
artigo para os cinéfilos, principalmente para
os que apreciam o cinema italiano. É mais
um filme da Versátil com uma muito boa qualidade
técnica, com imagem sem grandes problemas
e cópia restaurada, com boa fotografia em
preto e branco. O áudio, original, assim como
o seu formato de tela, está bem satisfatório,
com corretas legendas em Português. Os extras,
tímidos mas eficientes, principalmente um
interessante trailer (não é sempre
que temos acesso a este tipo de extra, quando pesamos
no cinema europeu, sobretudo o italiano), com bons
textos. Um DVD para um público especial, item
de colecionador para os amantes e estudantes de cinema.
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Menus
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Resenha
publicada em 08/12/2004 |
Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale
(DVD)
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Seu comentário
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