Com
Tony Leung, Maggie Cheung, Ping Lam
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98
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Cantonês (DD 5.0)
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Português
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Sinopse
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Dirigido com maestria pelo renomado Wong Kar-Wai
(Felizes Juntos), Amor à Flor da Pele é uma
obra-prima de visual arrebatador.
Hong Kong, 1962. Um jornalista muda-se, com a esposa,
para um novo apartamento. No local, conhece uma linda
mulher casada. Aos poucos, eles se tornam amigos
e descobrem que seus respectivos companheiros estão
tendo um caso.
Vencedor do Prêmio Técnico e de Melhor
Ator no Festival de Cannes, Amor à Flor da
Pele é uma inesquecível história
de amor, com figurinos, direção de
arte, trilha sonora e fotografia de grande beleza
plástica. Obrigatório para cinéfilos
de bom gosto.
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Comentários
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A revisão de um filme tão rico quanto
Amor à flor da pele (2000), do chinês
Wong Kar-Wai, serve para que o espectador concentre
sua atenção nos detalhes da encenação,
aprofundando-os. O rigor dos planos e de montagem
pode ser apreciado a cada fotograma. O homem e a
mulher estão à mesa, a câmara
fixa os pratos repletos de comida, movimenta-se dum
prato para outro, retorna ao primeiro prato, acompanhando
os gestos alimentares das mãos das personagens
sem que a habitual progressão dramática
dos filmes comuns aconteça.
Kar-Wai
refaz, à sua maneira, o cinema interiorizado
e metafísico de Michelangelo Antonioni. Seu
senso do espaço cinematográfico é tão
admirável quanto o do realizador italiano.
O momento do corte casa-se com o ângulo do
quadro que se adequa ao movimento de câmara
que fecha com o diálogo e o gesto do ator.
A cor e a música sublinham a estilização
da imagem.
Kar-Wai
conta uma história de adultério
com bastante sutileza. A revelação
de que os cônjuges dos protagonistas têm
um caso é feita de maneira lenta e elíptica,
as coisas são mais sugeridas do que ditas
ou mostradas. Trata-se de um dos raros filmes de
adultério que não tem abraços
nem beijos: muito menos cenas de cama. O caso de
amor entre os protagonistas é platônico:
não se materializa. É uma daquelas
relações pessoais complexas que de
quando em quando bate no espírito humano.
Amamos profundamente o outro sem tomar atitude alguma.
As
abstrações da parte final da narrativa,
com a inserção dum plano histórico
(a visita do general DeGaulle ao Camboja) e imponentes
ruínas pelas quais transita a personagem do
homem, alargam os limites da experimentação
cinematográfica de Kar-Wai. Os letreiros inseridos
no início e depois no fim do filme remetem
ao procedimento do francês Jean-Luc Godard,
cuja fragmentação de filmar esteve
mais próxima dos filmes anteriores de Kar-Wai.
Como
dizem as frases finais colocadas na tela, Amor à flor
da pele dá a impressão de
alguém
que espia, por uma janela embaçada, algo que
não pode tocar. Este algo é sempre
o passado: época passada caracterizada pela
cena (documental) de DeGaulle no Camboja. Os intersticiais
planos de um grande relógio são irônicos:
o tempo que interessa a Kar-Wai não é o
do relógio; é o tempo interior, a metamorfose
do espaço cinematográfico em algo interior,
psicológico, metafísico, que não
se pode tocar – embaçado.
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Extras
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- Cenas Inéditas: duas cenas, uma com quase
8 minutos (Quarto 2048) e outra com quase 9 minutos
(Os Anos 70).
-
Trailer de Cinema (legendado)
-
Making Of: um até “difícil
de se encontrar” documentário sobre
o filme em se tratando de produções
não americanas. Completo, com mais de 50 minutos,
aborda bons e curiosos aspectos do filme, em Cantonês
com legendas.
-
Galeria de Fotos & Arte: dividido em “Fotos
de Cena” (56 imagens), “Bastidores” (13), “Arte
Promocional Não Utilizada” (22) e “Pôsteres
Oficiais” (8, em vários idiomas). Bacana!
E, como todos os demais, legendados!
-
Biografia ilustrada de Wong Kar-Wai: sete páginas
com um bom texto sobre o Diretor, assim como sua
filmografia selecionada. Só não deu
pra entender o porquê do “ilustrada”,
já que há apenas uma foto.
-
Biografias do Elenco: Textos básicos (bons)
sobre Maggie Cheung e Tony Leung, com suas filmografias
selecionadas.
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Críticas
ao DVD
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Um filme diferente para os padrões, sensível
e interessante, numa edição bastante
caprichada. É raro ver filmes distribuídos
pelas “menores”, como a Versátil,
que tem tentado primar pela qualidade de seus filmes.
Neste, tanto a qualidade técnica do DVD quanto
a dos menus e extras são muito legais. Se
você é fã de cinema, acima de
tudo, este é um DVD obrigatório na
sua DVDteca. Se você quer experimentar um filme
oriental, muito legal mas fora dos padrõEs
americanos, é uma boa pedida. Se você gosta
apenas de Rambo e de “blockbusters americanos,
fica difícil. Mas não custa experimentar!
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Menus
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Resenha
publicada em
28/12/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale
(DVD)
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