Com
Silvia Pinal, Enrique Rambal, Luis Beristáin,
Augusto Benedico, Antonio Bravo, Claudio Brook
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95 minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Espanhol (DD 1.0)
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Português
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Sinopse |
Apresentado
em impecável versão totalmente restaurada
e remasterizada, O Anjo Exterminador é uma
das grandes obras-primas do mestre do surrealismo
Luis Buñuel (1900-1983), diretor de A Bela
da Tarde, O Discreto Charme da Burguesia, entre outros
filmes geniais. O ponto de partida do roteiro é dos
mais originais da história do cinema. Depois
de festa de gala, os ricos convidados, por uma razão
inexplicável, não conseguem deixar
o local. Conforme os dias, as horas e as semanas
se passam, a situação piora. As máscaras
e convenções sociais começam
a ruir, revelando a falsidade e podridão de
cada pessoa. O Anjo Exterminador é um daqueles
filmes para toda a vida. Essencial na coleção
de qualquer cinéfilo. |
Comentários
Sobre o Filme |
Em O
anjo exterminador, o cineasta espanhol Luis
Buñuel realiza uma de suas obras mais radicalmente
surrealisats, não o surrealismo sutil e de
ritmo mais clássico dos trabalhos que assinou
no fim de sua filmografia, como Tristana (1970)
e Esse obscuro objeto de desejo (1977).
Em O anjo exterminador a sucessão
de eventos estranhos (um pesadelo) interfere na aparente
tranqüila beleza da imagem criada pelo fotógrafo
Gabriel Figueroa; esta imagem está um pouco
deformada pelos solavancos surrealistas de Buñuel.
Apesar de originar-se dos retratos burgueses intelectuais
europeus praticados por diversos cineastas nos anos
60 (o italiano Michelangelo Antonioni, o francês
Robert Bresson, o polonês Roman Polansky, os
franceses Jacques Démy, Jean-Luc Godard e
Louis Malle), a burguesia que topamos em O
anjo exterminador é a de um espelho
distorcido, exagerado, uma sub-realidade.
Encarcerados
numa mansão da rua Providência (a primeira
imagem da narrativa mostra uma placa com o nome da
rua; depois a câmara se afasta para revelar o
movimento da rua àquela hora da noite), um grupo
de burgueses descobre que, passada um período
noturno integral, não consegue sair de casa.
O clima claustrofóbico torna a narrativa aos
poucos asfixiante, especialmente quando expõe
os delírios das personagens (uma mulher, sozinha
no escuro, vê uma mão andar pela sala)
e sua violência (uns culpam os outros pela situação
em que vivem).
Fugindo
a qualquer tentativa de metaforizar as coisas racionalmente
(seria a casa símbolo da prisão burguesa?
seria a prisão um símbolo religioso do
inferno, como deixa entrever o aparecimento de ovelhas
e um urso e a missa final, em que os padres se perguntam
por que depois de todos os fiéis terem ido embora
eles, padres, permanecem?), Buñuel tenta atingir
o irracional da emoção das pessoas.
Como
acontece com todos os clássicos, O anjo
exterminador deixou seu rastro de influência.
O processo de repetição de cenas na montagem
foi reaproveitado por outro espanhol, Carlos Saura,
em Elisa, vida minha (1977). Quase
ao cabo de O anjo exterminador irrompe
na faixa sonora uma multidão de vozes e uma
destas vozes, de criança, sussurra: “Não
tenho sono”. Esta frase seria seguidamente repetida
pela pequena Ana Torrent ao longo da narrativa de Cria
Cuervos (1976), um dos grandes filmes de Carlos
Saura. (por Eron Fagundes) |
Extras
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Trailer de Cinema (3 minutos e 45 segundos)
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Galeria de Pôsteres: na verdade, quase
que uma filmografia do diretor, com muitos pôsteres
originais de cada filme citado. Para quem aprecia
a arte destes pôsteres, alguns são verdadeiras
obras de arte.
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Biografias: de Luis Buñuel (17 paginas
com um ótimo texto, incluindo uma filmografia
selecionada) e Gabriel Figueroa (idem, com 15 páginas). |
Críticas
ao DVD
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Mais
uma obra importante do cinema mundial, devidademente
remasterizada (imagem muito boa) e com o som original,
mas de boa qualidade.
Os
menus são adequados, assim como os extras
(não há de se esperar muito do circuito
fora Hollywood, dos grandes estúdios), com
o trailer original devidamente legendado e bons textos.
Mais
um DVD para cinéfilos, para colecionar ou
ao menos "saber do que se trata", pois é uma
impórtante obra da escola surrealista. |
Menus
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Resenha
publicada em 21/10/2003 |
Por
Eron Fagundes e Edinho Pasquale
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comentário
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