BARAN (Baran)

 

Com Zahra Bahrami, Hossein Abedini, Mohammad Amir Naji, Abbas Rahimi, Gholam Ali Bakhshi, Hossein Mahjoob

 

Diretor

Duração

Produção

Majid Majidi

94 minutos

2001, Irã

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

LK-TEL

13/10/2003

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Iraniano (Farsi) (DD 2.0)
Inglês e Português
Sinopse

Najaf é mais um dos refugiados afegãos que trabalham ilegalmente no Irã, numa construção. Depois de sofrer um acidente, fica incapacitado de trabalhar e manda seu filho Rahmat para trabalhar em seu lugar. Mas Rahmat não tem força para trabalhar na obra. Lateef, um jovem iraniano que cuida do chá e da comida dos operários, ajuda o rapaz franzino com um saco de cimento. Mas o capataz da construção, Memar, acaba ficando com pena de Rahmat e decide colocá-lo na cozinha, tomando o lugar de Lateef, que vai para o serviço pesado. Enciumado, ele tenta sabotar o novo colega, mas um dia ouve uma doce canção que atrai sua atenção. Através da cortina da cozinha, percebe que Rahmat é na verdade uma mulher, Baran, e se apaixona imediatamente pela moça. Então passa a concentrar todos os seus esforços para ajudá-la, e vai viver uma experiência da qual nunca irá se esquecer.

Comentários Sobre o Filme

Baran (2001), filme iraniano de Majid Majidi, segue os passos de empenho social de todo filme oriundo do Irã: uma premente questão do país aparece e o realismo extremamente documental da encenação remete um pouco ao neo-realismo italiano, outro pouco às técnicas despojadas dos franceses Robert Bresson e Eric Rohmer. Em Baran o aspecto social da realização vem basicamente do tema exposto: a proibição legal de afegãos poderem trabalhar no Irã, relegando este grupo étnico a uma miséria profundamente dolorosa e marginal; um empresário local desafia a lei, dando emprego a afegãos e topando problemas com os fiscais de sempre.

Majidi não logra universalizar e aprofundar seus assuntos, como ocorre com outros realizadores iranianos que melhor lograram adaptar originalmente as lições de um cinema realista e interior, entre eles Abbas Kiarostami, Moshen Makhmalbaf, Samira Makhmalbaf, Ebrahim Foruzesh e Jafar Panahi. Baran torna-se então uma narrativa arrastada, pesada. Para aliviar a tensão estética, é enxertada uma história amorosa entre dois jovens da construção, história que não se concretiza plenamente.

Apesar de sua aparente objetividade, falta a Baran uma clareza de intenções que o torne palatável a uma visão do espectador ocidental. (Eron Fagundes)

O diretor Majid Majidi do aclamado filme Filhos do Paraíso (indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 1999), mostra mais uma vez um filme sensível e ao mesmo tempo a cruel realidade dos refugiados afegãos no Irã, algo realmente que foge um pouco dos temas que os filmes iranianos estão acostumados a mostrar.

O fita encanta pela personagem principal que para ajudar a família acaba trabalhando no lugar de seu pai que sofreu um acidente. Como no país não é permitido o trabalho feminino Baran se veste de menino e fica no lugar do pai. Com a nova identidade Rahmat não tem físico suficiente para agüentar o trabalho braçal , então passa a ser transferido para a cozinha e gera conflito entre um colega Lateef, que fica com o trabalho mais pesado. Com o passar do tempo Lateef que a todo custo quer prejudicar o colega acaba descobrindo o grande segredo de Rahmat que por trás daquele pequeno corpo e vestimenta há uma bela mulher com traços delicados . A raiva de Lateef vai aos poucos se transformando em amor criando uma generosidade no coração do garoto.

Por isso Baran surpreende pela veracidade dos fatos e históricos com operários refugiados e sua condições precárias e pelo fato da paixão de um garoto que descobre o amor dentro de uma realidade tão sofrida., que nem nós conhecemos. (Clarissa Kuschnir)

Extras

- Sinopse: 2 páginas de texto

- Entrevista com o Diretor: texto com 8 páginas, com a opinião do diretor sobre política, o Festival de Montreal (onde o filme foi o vencedor), o mundo ocidental.

- Galeria de Fotos: 10 fotos de cenas do filme, em 5 páginas.

- Trailer de Cinema: 1 minuto e 30 segundos, legendado.

- Novidades: trailers dos filmes "Secretária", "Voando Alto", "Madame Satã", "Regras da Atração" e "Seu Marido e Minha Mulher"

Críticas ao DVD

Um DVD para públicos especiais, com um bom filme do cinema iraniano. Se não é um dos melhores, pe3lo menos mostra uma visão interessante sobre aquele país. Filmado com poucos recursos e atores amadores, tem boa qualidade técnica. Talvez incomode quem não está acostumado com o idioma iraniano, já que não há outra opção de áudio.

Os menus são estáticos, sem grandes destaques, bem como os extras, tímidos. Seria interessante uma entrevista em vídeo e um making of, para elucidar e nos fazer compreender melhor como é feito o cinema no Irã. Seria bem ilustrativo e enriquecedor.

Se você gosta de experimentar um cinema fora dos padrões hollywoodianos, esta é uma opção.

Menus
Resenha publicada em 01/12/2003
Por Eron Fagundes e Edinho Pasquale
com a colaboração de Clarissa Kuschnir

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