BRIGADA 49 (Ladder 49)

 

Com John Travolta, Joaquin Phoenix, Jacinda Barrett, Robert Patrick

 

Diretor

Duração

Produção

Jay Russel

115 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Ação

Buena Vista

06/06/2005 (locação)

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1), Espanhol (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

"Muita ação e emoção aliadas ao talento dos premiados atores Joaquin Phoenix (A Vila, Sinais) e John Travolta (A Outra Face, Pulp Fiction) marcam esta vibrante produção sobre homens comuns, mas de coragem excepcional. Os bombeiros da Brigada 49 são profissionais competentes, devotados às suas famílias e dispostos a arriscar-se para salvar a vida de estranhos. No entanto, quando arriscar a própria vida faz parte de sua profissão, tudo pode mudar num instante. Repleto de emoção, humor e intensos efeitos visuais – a coragem e a dedicação demonstradas por esses heróis do dia-a-dia inspiraram críticos e público em todo o mundo."

Comentários

Uma sala vazia, em horário nobre, de sábado à noite, é sempre mau sinal. Como será que o público fareja que o filme não é grande coisa? Ou terá se enganado? Já antipatizo com o letreiro inicial, dizendo que é um filme de Jay Russell, um crédito possessivo e injusto vindo de um sujeito que nem é famoso (o filme anterior dele, Vivendo na Eternidade, saiu aqui direto em vídeo). Depois fico pensando que, após os tristes eventos de 11 de setembro, é difícil alguém fazer algo sobre a profissão de bombeiro sem que ao menos seja altamente laudatório. Ou seja, só se pode falar bem. Mostrá-los como heróis. Sem aprofundar o lado humano da questão. E o roteiro de Lewis Colick (que também fez a vida de Bobby Darin, Beyond the Sea e o ruim Inimigo em Casa, também com Travolta) é um amontoado de clichês, com um final particularmente mal-solucionado, que estraga o possível sentido da fita.

Mesmo tecnicamente o filme é mediano e não se compara com o mais recente que eu lembro do gênero, que é Cortina de Fumaça (Backdraft, 1991) de Ron Howard. Dizem que hoje Hollywood sofre da falta de galãs, de astros que sejam capazes de carregar filmes de ação e que estejam na faixa dos trinta anos. Isso fica mais do que claro na escolha do protagonista. Joaquin Phoenix pode ser um coadjuvante razoável (vide seu imperador louco de Gladiador), mas não serve para herói. Em parte por seus problemas físicos (tem lábio leporino, um ombro deslocado, dentes ruins), mas principalmente por sua falta de empatia. É bom para fazer bandido, não mocinho. Foi uma escolha totalmente errada para o papel. E não ajuda muito a presença de John Travolta como o chefe da estação de bombeiros. Ele é um ator preguiçoso e limitado, que às vezes funciona, quando faz variações de si próprio. Aqui nada acrescenta a um personagem coadjuvante, mas que deveria ter um outro peso, maior presença. A melhor figura da fita é a interessante australiana Jacinda Barrett, que esteve no filme Bridget Jones 2 (era a garota apaixonada por ela), que faz a sofredora esposa do herói.

O filme começa num grande incêndio onde Joaquin, como parte da equipe de busca e salvamento dos bombeiros de Baltimore, consegue tirar um sujeito das chamas na fábrica. Mas depois fica preso no lugar enquanto tentam resgatá-lo, e vão aparecendo os flashbacks mostrando-o desde o primeiro dia de trabalho, as brincadeiras (bobas) dos colegas, seu romance e casamento, depois os filhos (mas nunca justifica porque ele não aceita lugar mais bem pago e menos perigoso). A mensagem (de que são heróis que podem até morrer para salvar a vida de outros) acaba parecendo negativa (ao menos o herói parece um maluco que tem atração pelo perigo e a morte). Pior que é isso é o fato de que é mediocremente realizado (faz falta o widescreen e lentes mais modernas), parecendo mais um banal telefilme, que insiste em querer nos fazer chorar. Dizem que o roteiro original se passava em Nova York (mudou por razões obvias), o governador que aparece é o de verdade do estado (Martin O´Malley) e a fita teve uma indicação a um prêmio menor, Golden Stalitte, que pretende ser rival do Globo de Ouro por sua canção (Shine Your Light, de Robbie Robertson). Não foi mal nos EUA (chegou aos 74 milhões), nem chega a ser tão ruim (apesar de todas as críticas, dá para se assistir sem traumas) para ser tão mal lançado aqui no Brasil. (Rubens Ewald Filho em 2 de fevereiro de 2005 na coluna Clássicos)

Extras

Antes de se iniciar o menu do DVD, há os trailers de “Dança Comigo?” (dublado), “Mr. 3000” (legendado), “The Last Shot” (legendado) e “A Lenda do Tesouro Perdido” (dublado).

- Making of: dividido em três partes, “Na Locação”, com 5 minutos e meio, mostrando muitas cenas de bastidores e curiosidades sobre a escolha dos locais de filmagem e cenários, escolha do elenco, com depoimentos da equipe técnica e atores principais, bem ágil e deitado; “Academia de Bombeiros: Treinando os Atores”, com 7 minutos, mostrando os bastidores do treinamento que os atores foram submetidos, e o convívio com os bombeiros reais; “Anatomia de uma Cena: O Incêndio do Depósito”. Com 8 minutos e meio, é um ótimo detalhamento de uma cena, a principal do filme, com muitos detalhes técnicos.

- Heróis de Todo o Dia: um bom nini-documentário mostrando a vida de alguns bombeiros no seu dia-a-dia, com 13 minutos. Uma bela homenagem a esta difícil profissão, enfocando principalmente o lado “família”.

- Cenas Cortadas: 5 cenas que não entraram na edição final do filme, num total de 14 minutos.

- Comentário em Áudio: do Diretor Jay Russel e do montador Bud Smith. Devidamente legendado, um tipo de extra que não agrada a todos, mas quando disponível, a legenda é obrigatória.

- Videoclipe de “Shine YourHeart”, com Robbie Robertson. Sem legendas.

Críticas ao DVD

Um filme apenas simpático que tem um excelente tratamento técnico em DVD, em que pese seus defeitos orgininais de cinema. Com a imagem em wide, com boa definição, cores e sem problemas de compressão de imagem, ou seja, uma boa transferência para o formato digital, mesmo nas cenas escuras. O áudio está praticamente perfeito, com ótima divisão de canais em 5.1, disponível nos três idiomas. Os detalhes da edição de som e seus efeitos especiais “incendeiam” a sua sala (desculpe o trocadilho). Os extras são bons, acima da média, bem produzidos e legendados. Faltou um trailer do próprio filme. Um DVD impecável para quem gosta de um filme de ação ou mais especificamente, admira a vida dos bombeiros. Piegas e lacrimoso para os mais sensíveis, mas que dá pra assistir.

Menus
Resenha publicada em 23/06/2005
Por Edinho Pasquale

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