Com Jim Carrey, Kate Winslet, Elijah Wood, Kirsten Dunst, Mark Ruffalo, Tom Wilkinson

Joel (Carrey) fica atordoado ao descobrir que sua garota, Clementine (Kate) apagou da mente as lembranças de seu tumultuado relacionamento. Desesperado, ele contata o inventor do processo para fazer o mesmo tratamento. Mas quando suas lembranças de Clementine começam a se desfazer, Joel repentinamente descobre o quanto ainda a ama.

Charlie Kaufman virou o escritor “cult” da hora em Hollywood. Aonde ele coloca a caneta, torna-se título fácil entre os amantes do cinema alternativo. Quero ser John Malkovich (99) e Adaptação (2002) são alguns bons exemplos. Brilho Eterno, por outro lado, foi o mais bem sucedido projeto, evidentemente por tratar de um tema mais simples: o amor. Jim Carrey, em excelente caracterização, é um sujeito solitário, de poucos amigos e raras garotas, mas acaba por encontrar seu outro pé-de-meia, Kate Winslet, indicada ao Oscar de 2005 como atriz coadjuvante por este papel. O tempo não é linear, e portanto, somos apresentados a dois casais: o do início da relação e do fim da relação, antes de se submeterem ao processo de apagar as lembranças que ambos desfrutaram juntos.

Porém, no meio do processo de Jim, ele descobre que ainda ama sua namorada e tenta, mentalmente, pois está sedado, salvar suas lembranças. Esta será a grande parte, na qual transcorre o filme, a que somos lançados a torcer para que o final seja feliz. Realmente, é a melhor obra de Charlie Kaufman, e por justiça, levou o Oscar de roteiro original. Brilho Eterno faz-nos refletir o quanto precisamos “deletar” determinadas lembranças afetivas e fazer um “backup” de outras. Excelente!

- Comentários do diretor e roteirista: comentários em áudio.

- Uma Espiada dentro do “Brilho Eterno”: (11min.30). Um making of recheado de depoimentos dos artistas e responsáveis pela produção, entre cenas de bastidores. Interessante.

- Uma Conversa com Jim Carrey e o diretor: (15min.) Um bate-papo entre o protagonista e o diretor sobre a produção, com muitas imagens de bastidores, ensaios, etc. e tal. Boas curiosidades.

- Cenas excluídas: (6min.50). No total são 4 cenas, que não acrescentam quase nada à história.

- Videoclipe: The Polyphonic Spree – Light & Day. Muito engraçado este videoclipe.

- Comercial da Lacuna: uma rápida propaganda sobre o processo de esquecimento da empresa do filme, Lacuna.

Como é bom quando nos deparamos com uma perfeição de DVD. Áudio original em DTS e dublagem em português em 5.1? Widescreen anamórfico? Excelentes extras e legendados? E olhem que o DVD para locação é idêntico da venda direta ao consumidor. Há um momento específico no filme que fica sozinho o subwoofer trabalhando. Tremeu tudo! A qualidade da imagem é quase como fosse um espelho. Se é para achar algum defeito, os menus são desanimados.