Com
Mareuil, Pierre Batcheff, Luis Buñuel, Robert Hommet,
Gaston Modot, Max Ernst, Lya Lys, Germaine Noizet
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Luis Buñuel, Salvador Dali
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80
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Só Musica (DD 2.0)
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Português
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Sinopse
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UM CÃO ANDALUZ:
Com roteiro co-escrito por Salvador Dalí,
Luis Buñuel estreou como diretor e ator neste
curta-metragem, o marco inicial do surrealismo no
cinema. À luz da psicanálise, Buñuel
e Dalí exploram o inconsciente humano, numa
seqüência de cenas oníricas, incluindo
o célebre momento em que um homem corta, com
uma navalha, o olho de uma mulher.
A
IDADE DO OURO:
Em pouco mais de uma hora, Buñuel e Dalí criam
imagens surrealistas que visam libertar o homem das
amarras impostas pelo moralismo da sociedade e suas
instituições. Um sonho polêmico
que chegou a ser proibida em diversos países
na época de seu lançamento. No elenco,
destaque para o artista plástico Max Ernst.
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Comentários
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Segundo Luis Buñuel, em seu livro de memórias,
o filme inicial de sua carreira, o curta-metragem
Um cão andaluz (Um chien andalou; 1928), fundiu
na tela dois sonhos, um do próprio realizador,
Buñuel (uma navalha corta um olho), outro
do pintor Salvador Dali, que colaborou no roteiro
(uma mão cheia de formigas). Na verdade, estas
duas imagens (no início da fita um homem com
uma navalha rompe secamente o globo ocular duma mulher;
e as formigas na mão aparecem insistentemente
no descosido da narrativa) marcaram definitivamente
o cinema de Buñuel, que foi depurando os excessos
surrealistas de seus princípios até chegar
a uma obra tão sutil quanto seu derradeiro
filme, Esse obscuro objeto de desejo (1977). Com
seu ousado filme curto, que arriscava a alinearidade
temporal e o fluxo espontâneo de imagens depois
levado à exacerbação pelos experimentalistas,
Buñuel inscrevia o cinema na vanguarda surrealista
que era a moda na época, conferia status artístico
ao sempre menosprezado cinema. A seqüência
da filmografia de Buñuel nos ensinou que o
corte no olho é necessário para que
aprendamos a olhar, desfazendo os vícios do
automatismo; cortando o olho desde seu pontapé cinematográfico
inicial, Buñuel colocou em seu lugar uma nova
maneira de olhar, a maneira cinematográfica.
Se
Um cão andaluz sobrevive bravamente à passagem
das décadas, A idade do ouro (L’age
d’or; 1930), o trabalho posterior de Buñuel,
sobrevive, mas com alguns percalços. Os quinze
minutos do filme curto permitem a Buñuel uma
unidade de ritmo narrativo dentro do disparatado
das imagens que os sessenta e dois minutos de sua
segunda realização tornam mais problemático;
experimentando constantemente com o insólito
surrealista (uma vaca numa cama burguesa, religiosos
que numa cena rezam e mais adiante aparecem no mesmo
cenário como esqueletos, uma esquisita festa
de aristocratas cujo ordenamento é dada pela
música de um maestro), Buñuel não
chega a rodar uma película que tenha ainda
hoje a força provocativa do tempo em que apareceu
pela primeira vez nas telas. A curiosidade do falso
documentário naturalista (sobre escorpiões)
que abre o filme não se completa com os estranhos
signos do restante da narrativa. Mesmo assim, é uma
obra importante para detectar certos caminhos da
linguagem cinematográfica ao longo dos anos.
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Extras
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- Depoimentos: divididos em dois temas, “Um
Pouco de Luis Buñuel”, com um vídeo
de pouco mais de 15 minutos, com um interessante
e histórico depoimento do filho de Buñuel,
Juan-Luis Buñuel, recheado de histórias
e imagens fantásticas sobre vários
temas, com cenas de filmes, ilustrações
e muito material de arquivo; e “A Parceria
Buñuel e Dali”, mais um segmento com
os mesmos “ingredientes” do anterior,
sobre o tema da parceria Buñuel-Dali, com
quase 5 minutos, com muitas curiosidades e menos
imagens. Ambos tem a importância histórica,
bem narrada, com imagens inesquecíveis, raras
e importantes.
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Galeria de Quadros & Imagens: cerca de 25 imagens
das obras dos idealistas do movimento.
-
O Movimento Surrealista: um texto com 11 páginas
de imagens, muito esclarecedor para quem não
conhece o movimento.
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Buñuel Fala Sobre Um Cão Andaluz: mais uma vez com um texto importante do cineasta,
divididos em 8 telas, uma sempre e e importante informação,
dado os fatos e importância históricos.
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Vida e Obra de Buñuel: novamente em formato
de texto, uma bem escrita biografia do cineasta,
com sua filmografia completa, divididos em 19 telas.
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Biografia de Salvador Dali: idem ao anterior, com
9 páginas de texto, claro que apenas com informações
biográficas.
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Ficha Técnica do DVD
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Críticas
ao DVD
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Um DVD quase que impecável, dada a importância
histórica dos filmes e extras exibidos. A
imagem, devido o valor histórico e a versão
digital, está quase perfeita, assim como o áudio,
mono mas em 2 canais. Os menus são interessantes
apenas. Os extras, importantes, apesar de sua grande
maioria ser em textos. Mas um exemplo de boas e interessantes
escritas. Um DVD obrigatório para os estudiosos
e interessados na história do cinema.
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Menus
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Resenha
publicada em
30/04/2005
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale
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Seu comentário
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