Casablanca

Com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Sidney Greenstreet, Peter Lorre, S. Z. Sakall, Conrad Veidt, Dooley Wilson, Marcel Dalio . Direção: Michael Curtiz. Gênero: romance/drama/guerra. Duração: 102 min. Produzido em 1943, EUA. Distribuidora: Warner. Legendas em português, espanhol e inglês. Áudio: Dolby Digital mono. Vídeo: tela cheia, preto e branco. Região 4.

Oscar de melhor filme, direção e roteiro

Sinopse
Casablanca: o vazio para entrar, mas muito difícil para sair, especialmente se o seu nome estiver na lista dos mais procurados pelos nazistas. No topo dessa lista está o líder da resistência Tcheca o, Victor Lazslo (Paul Henreid), cuja única esperança é Rick Blaine (Humphrey Bogart), um americano cínico que não arrisca seu pescoço por ninguém... Especialmente pela mulher de Victor, Ilsa (Ingrid Bergman), sua ex-amante que partiu seu coração. Então, quando Ilsa oferece a si mesma em troca de um transporte seguro para que Laszlo deixe o país, o amargo Rick deve decidir o que é mais importante: sua própria felicidade ou as incontáveis vidas que estão em jogo.
Comentário de Eron Duarte Fagundes

A CARA DE HOLLYWOOD - Ocorre que Casablanca (1942), dirigido pelo húngaro Michael Curtiz nos Estados Unidos, tem a cara de Hollywood. Tudo é muito bonito e limpo em sua encenação. Desconfiemos dos filmes que se dizem limpos, alertava-nos o antigo crítico italiano Umberto Barbaro. Constando de muitas listas dos filmes mais significativos de todos os tempos, Casablanca opõe-se a Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, outro marco do cinema americano da mesma época: o filme de Welles é anti-Hollywood; nada é limpo e funcional em sua narrativa.

O público de Casablanca é certamente mais vasto que o do filme de Welles. Ingrid Bergman, no auge de sua vitalidade e beleza, antes dos traumas de seu adultério e depois casamento com o cineasta italiano Roberto Rossellini (final dos anos 40 e anos 50), e Humphrey Bogart formam um daqueles duetos interpretativos de que só Hollywood é capaz.

Filme emblemático de um modelo e de uma época cinematográficos, Casablanca pode agora ser captado em DVD, revelando a eternidade de um tipo de fascínio do cinema.


A CONFUSÃO QUE DEU CERTO


A atriz sueca Ingrid Bergman, em sua autobiografia História da minha vida (1980), dizia das confusões durante das filmagens de Casablanca (1941): diretor, roteirista e outros técnicos discutindo o tempo inteiro, atores sem saber o que estavam fazendo em cena. Isto não seria exatamente o antiprofissionalismo de Hollywood, que deveria gerar uma narrativa tão confusa quanto uma produção amadorística? Curiosamente o filme dirigido pelo húngaro Michael Curtiz passou à história do cinema como o mais caracteristicamente hollywoodiano trabalho já realizado: tudo é muito limpo em suas imagens (limpo demais, talvez) e os diálogos, longe de perderem o sentido ou parecerem improvisados, compõem um enredo evidente –a personagem de Ingrid hesita entre dois amores, seu marido e seu ex-amante, e no fim tudo se compõe à maneira moral de Hollywood, o casal casado parte e o amante se detém no lugarejo, Casablanca, perdido à boca e à margem da Segunda Guerra Mundial, onde vai continuar a tocar seu bar de música ao vivo e ventilador de teto.

Casablanca é o oposto de Cidadão Kane (1941), de Orson Welles. Curtiz é um artesão da indústria e as emoções de que usa são bastante superficiais; é a desabusada superficialidade do cinema o que tem encantado as mais diversas platéias nestes sessenta anos da existência do filme. Não se pode negar o carisma clássico de Humphrey Bogart e sua capacidade de empurrar o filme para diante. E ademais, há em cena um deslumbrante desempenho da maior intérprete que o cinema já produziu: quando ela ouve a música de seu nostálgico amor pela personagem de Borgart, Ingrid empresta à sua criatura uma emoção facial raramente apresentada pelo cinema; isto remete a uma outonal representação de Ingrid, aquela em que ela vive uma dura mãe em Sonata de outono (1978), de Ingmar Bergman. De rostos, tênues palavras e alguns cenários impressionistas é feito o fascínio de Casablanca, muito longe da grandeza das obras-primas do cinema, mas certamente uma peça histórica que merece ser vista, revista e analisada.

Críticas ao DVD

O filme é de 1943, não se podendo esperar muito da imagem (tela cheia, preto e branco) e do som (dolby digital mono). Dentro do possível, estão bons. Evidente que não se pode compararar o áudio e vídeo deste disco com um DVD produzido recentemente, como O Patriota, ou ID4.

O disco peca pela ausência de extras, que se limita à tradicional escolha de cenas, em um menu um pouco sem graça; como bem observou nosso colega Saulo L Jr, parece que falta um pouco de criatividade aos produtores.

Críticas dos Internautas
Olha pra quem gosta de classicos ( é o meu caso) a imagem pra um filme dessa epoca 1943, a imagem é perfeita. o filme é sem palavras, nota 100. o som, tb nao se pode esperar muito mesmo. pois nao teria motivco nenhum pra colocar um audio em 5.1., pra esse tipo de filme pode ser mono mesmo. conclusão: imagem otima. som otimo. vale apena ter em casa. (Antonio Carlos dos Anjos)
Eron Duarte Fagundes e Marão

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