COLATERAL (Collateral)

 

Com Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett Smith, Mark Ruffalo, Bruce McGill

 

Diretor

Duração

Produção

Michael Mann

119 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ação

Paramount

05/01/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
DISPON[IVEL APENAS PARA LOCAÇÃO
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1) e Português (DD 5.1)
Inglês, Português

Sinopse

Max vive há 12 anos como um simples motorista de Táxi. Muitos rostos surgiram e sumiram no seu espelho retrovisor e ele já esqueceu de muitas pessoas e lugares... até está noite. Vicent é um assasino de aluguel. Quando os membros de um cartel do narcotráfico descobrem que estão prestes a serem condenados por um júri federal, é montada uma operação para identificar e matar as testemunhas-chave. Esta noite é o último estágio. Vicent chega a Los Angeles e devem desaparecer cinco corpos. As circunstâncias obrigam Vicent a seqüestrar o Táxi de Max, que acaba se tornando uma espécie de “garanti” – no lugar errado e na hora errada ele pode ser sacrificado por um motivo estratégico. Durante toda a noite, Vicent força Max a levá-lo a um determinado endereço e, enquanto a polícia de Los Angeles e o FBI corrempara interceptá-los, Max e Vicent acabam dependendo um do outro para viver, de maneiras que nenhum deles poderia imaginar.

Comentários

Teve ótimas criticas inclusive para Tom Cruise em seu primeiro papel de bandido (em Magnólia, era só mau caráter), que ele faz grisalho (aliás nada convincente), melhor dizendo faz todo cinzento (também a roupa dele, para ficar parecendo um homem de aço!). Dirigido por Michael Mann (Ali, O Informante), o filme é um thriller policial, rodado em Alta Definição (segundo o diretor, porque só assim conseguiu capturar algumas imagens que desejava da cidade de Los Angeles). Isso não atrapalha nem um pouco, a fotografia é esplendida, já que a ação se passa numa única noite, do anoitecer até o amanhecer, em Los Angeles, que pelo filme parece uma cidade que nunca dorme.

Começa com um chofer de táxi (Jamie Foxx no melhor momento de sua carreira que eu não conheço tão bem porque começou como humorista na teve na serie In Living Color com Jim Carrey e os Irmãos Wayans). Ele leva uma passageira promotora (Jada Pinkett Smith) com quem flerta, quase sem perceber. Mas ao deixá-la quem entra no carro é um homem bem vestido (Cruise) que lhe propõe conduzi-lo por cinco lugares diferentes da cidade (que o herói já demonstrou conhecer bem) onde tem negócios a realizar. Vão até o Lado Leste, onde de repente cai um cadáver no teto do táxi e Jamie percebe que foi o seu passageiro quem o matou. Dali em diante, resistindo ao revólver, e ainda assim forjando, se não uma amizade, um laço afetivo com o assassino profissional, eles prosseguem pela cidade. É quase um filme de estrada, ou de autovia, já que vão ao hospital onde esta a mãe do taxista (feita pela mesma atriz de Matador de Velhinhas) a uma casa de jazz (talvez a melhor seqüência, inesperada) e até mesmo a boate coreana latina onde está o pagante do crime (uma aparição marcante de Javier Bardem). Não sei se gosto muito de Cruise, depois de O Último Samurai perdi qualquer ilusão sobre ele. É um ator limitado que não tem conhecimento de suas fraquezas e faz sempre a mesma coisa, talvez ria um pouco menos. Não me convence como frio assassino.

Jamie usa a velha técnica de fazer o mínimo possível e até funciona, porque o filme é movimentado, bastante bem realizado. Parece que o diretor Mann evitou fazer um thriller de suspense tradicional (a edição poderia ser mais ajustada, mais rápida) deixando ser um mergulho na noite, quase no estilo do policial francês de Jean Pierre Melville. Interessante. (Rubens Ewald Filho. Leia mais críticas e artigos de REF na coluna Clássicos)

 

Depois de tantos anos queimando as pestanas numa tela de cinema, o espectador acaba por agastar-se com a mesmice do cinema americano, cada vez mais mergulhado em arcaicos truques narrativos para manter a atenção das platéias. E, constrangedoramente, estes velhos truques passam por coisa nova para toda uma geração que desconhece a história do cinema. É como se a desmemória fosse a arte de empurrar o cinema para diante.

Dois filmes lançados na mesma época nos cinemas, o policial Colateral (Collateral; 2003), dirigido por Michael Mann como um sub-Martin Scorsese, e a comédia negra Matadores de velhinha (The ladykillers; 2004), a nova realização dos irmãos Joel e Ethan Coen, servem a uma meditação sobre esta falta de inspiração que assola a Hollywood atual. São dois filmes que em alguns de seus aspectos pretendem ser algo mais do que um divertimento efêmero, utilizam alguns estratagemas para chegar a este objetivo, mas fazem tanta concessão às exigências comerciais duma produção made in U.S.A. que só uma absoluta miopia pode enxergar neles algo além do que são: futilidades bem feitas.

Mann é um artesão hábil. Valendo-se disto, rodou uma narrativa socialmente conseqüente, O informante (1999), que acima de tudo mantinha uma instabilidade da câmara cheia de frescor. Seu Colateral é um retrocesso. O formato policial é quadradão; é bem verdade que um certo surrealismo da filmagem se apresenta aqui e ali (um coiote andando por ruas vazias e escuras), mas os clichês do filme de ação à americana imperam. O astro Tom Cruise está em seu papel: sua raiva interpretativa revela seus dotes de estrela. O ator negro Jamie Fox está melhor que Cruise, mas ambos formam um bom par de intérpretes. O bem-feito de Colateral conquista uma certa atenção do observador: mas é uma atenção vazia de significados, sem profundidade.

Tantos anos depois dos primeiros olhares para uma tela de cinema ver filmes pode tornar-se uma atividade desgastante e repetitiva quando damos com brincadeiras cinematográficas já vistas. (Eron Fagundes. Leia mais críticas do colunista em Cinemania)

Extras

Todos os extras, exceto o comentário em áudio do Diretor, devidamente legendado, estão no disco 2:

- Cidade da Noite – O Making Of: um documentário bem tradicional, mas nem por isso menos interessante, com 41 bem editados minutos, bem completo e com muitas curiosidades e cenas de bastidores.

- Entrega Especial: interessante clipe comentado pelo diretor sobre uma suposta ida de Tom Cruise a um mercado para fazer uma entrega como um simples funcionário da Fedex, sem ser reconhecido, com pouco mais de um minuto.

- Cena Inédita: com quase dois minutos, com os comentários do porquê da sua não inclusão na edição final do filme.
- Filmando na Locação – O Escritório de Annie: a cena é muito bem comentada pelo Diretor, com dois minutos e meio.

- O Ensaio de Tom Cruise e Jamie Foxx: muito legal este comparativo entre cenas de ensaios dos atores e, por vezzes, a filmagem já editada do filme. Com pouco mais de 4 minutos.

- Visual FX - O Trem do Metrô: boa explicação técnica sobre efeitos especiais da cena, com 2 minutos e meio.

Todos os extras estão legendados e com o formato de imagem em widescreen.

Críticas ao DVD

Um filme interessante, que foi lançado em DVD pela Paramount devidamente com o mesmo tratamento para locação como para venda direta, ou seja, sem “mutilações” para quem o aluga. Tecnicamente sem imperfeições (há o que sempre desejamos, como cinéfilos e amantes da tecnologia: formato de imagem em widescreen, o mesmo dos cinemas, e áudios com multicanais no idioma original e na nossa língua pátria, de ótima qualidade). Os menus são animados, sonoros, interessantes. Os extras, de bom tamanho e com boa qualidade para uma produção recente. Mas nada de excepcionais. Para quem gosta de um bom filme policial, este é o caso de ao menos a sua locação. Para os fãs de Cruise e de um DVD bem realizado, uma boa pedida para a aquisição.

Menus
Resenha publicada em 25/01/2005
Por REF e Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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