COLD MOUNTAIN - VERSÃO PARA LOCAÇÃO (Cold Mountain)

 

Com Jude Law, Nicole Kidman, Renée Zellweger, Eileen Atkins, Brendan Gleeson, Philip Seymour Hoffman, Natalie Portman

 

Diretor

Duração

Produção

Anthony Minghella

154 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

Buena Vista

05/08/2004 (locação)

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
VERSÃO APENAS PARA A LOCAÇÃO
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Espanhol (DD 5.1), Português (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

Nicole Kidman (Oscar® de Melhor Atriz, As Horas, 2002) contracena com a ganhadora do Oscar® Renée Zellweger (Melhor Atriz Coadjuvante, Cold Mountain, 2003) e com o ator indicado ao mesmo prêmio, Jude Law (Melhor Ator, Cold Mountain, 2003). Com a explosão da Guerra Civil Norte-Americana, os homens de Cold Mountain - um povoado da Carolina do Norte - imediatamente unem-se ao exército dos Confederados. Ada (Kidman) promete esperar por Inman (Law), mas com a guerra estendendo-se cada vez mais e a cada carta sem resposta, ela precisa encontrar forças para continuar vivendo. Ao final da guerra, corações serão partidos, sonhos serão realizados e a força do amor será desafiada. Dirigido pelo ganhador do Oscar® Anthony Minghella (O Paciente Inglês, 1996)

Comentários

É mais um filme impecável de Anthony Minghella e sua equipe, que deve ser hoje em dia a melhor do mundo: o compositor Gabriel Yared, o diretor de arte Dante Ferretti, o fotógrafo John Seale, a figurinista Ann Roth. Todos fazem trabalhos excepcionais nesta super-produção de 80 milhões da Miramax, que poderia ser páreo para O Senhor dos Anéis nas categorias técnicas do Oscar. Mas era difícil levar como Melhor Filme simplesmente porque é uma história de amor fria, que não provoca lágrimas, nem suficiente emoção.

É um bom filme, muito bem feito, muito bem interpretado, um pouco triste, um pouco amargo (afinal fala sobre os absurdos da Guerra Civil Americana, principalmente o que sofreram os civis e os soldados que tentavam voltar para casa, na mão de milícias que se diziam justiceiras). Com alguns momentos espetaculares. Dignos de serem vistos e prestigiados.

Não li o livro de Charles Frazier, que deu origem ao filme e foi adaptado por Minghella (ele esteve no Brasil lançando o filme anterior, Mr. Ripley e deixou uma excelente impressão, é das pessoas mais sensíveis e gentis que conheci). Mas não tinha a aparência de resultar numa fita comercial e fácil.

Passa-se numa cidade da Carolina do Sul chamada Montanha Gelada (as locações, por economia, foram na Transilvânia, Romênia) onde uma jovem bela filha (Nicole Kidman) de um pregador (Donald Sutherland) se apaixona por um rapaz local (Jude Law). Quando vem a guerra, ele vai lutar e só pensa em voltar para ela, que fica na miséria e acaba sendo salva pela ajuda de uma mulher sem destino, que vira sua empregada (Renée Zellweger). Enquanto isso, Jude passa pelo inferno, escapando da morte várias vezes, encontrando figuras bizarras no caminho, um pregador desonesto (Philip Seymour Hoffman), uma benzedeira (Eileen Atkins), uma jovem viúva que lhe oferece cama (Natalie Portman), um traidor (Giovanni Ribisi). Sem contar algumas batalhas (numa delas, os nortistas provocam uma explosão que cava um enorme buraco, mas eles é que acabam presos nessa ratoeira).

Ou seja, é um grande épico romântico, meio Dr. Jivago, onde o clímax não é o reencontro do casal (que sucede vinte minutos antes do final). E o prazer é se ver um elenco fotogênico e bonito (não há dúvida que faz bem aos olhos contemplar Jude e Nicole, certamente o casal mais bonito e competente do ano). Numa história bem contada. Só não tenho certeza se queria ouvi-la ou se ela acrescenta alguma coisa, que já não sabíamos sobre a natureza humana ou a passagem inevitável do tempo. De qualquer forma, não é um fracasso, o que já é muito. Mas também não é o grande filme que se esperava. (Rubens Ewald Filho. Leia mais críticas e artigos de REF na coluna Clássicos)

Cold mountain (2003), o novo filme de Anthony Minguella, revela o impasse do atual cinema praticado em Hollywood. Em sua realização anterior, O talentoso Ripley (1999), Minguella refilmava quase texto por texto um clássico do francês René Clement e surpreendia-nos com sua capacidade formal para manter aceso o interesse do espectador mesmo que todos os lances da história fossem conhecidos. Em Cold mountain não se trata dum enredo conhecido em todos os seus dados, mas a previsibilidade cerca todos os fotogramas de que Minguella compõe seu épico.

A guerra civil americana sempre foi um tema caro aos projetos de Hollywood, de que E o vento levou (1939), de Victor Fleming, é o exemplar que passou com mais citação à posteridade. Minguella, diretor estilisticamente clássico, propõe sua visão sentimental e boa do universo desta guerra, os aspectos interioranos das personagens, a religiosidade e o patriotismo típicos, uma revolta antibélica do protagonista que não se concretiza plenamente; Cold mountain é produto da mente americana média, sem maiores inquietações ou profundidade histórica.

Para realizar bem seu trabalho, cumprindo com as exigências comerciais (que a certa altura se transformam em concessões de um artesão que gostaria de ser autor), Minguella capricha na escolha do elenco. A estrela central é Nicole Kidman, com seu erotismo ingênuo e sua voz gasosa; Kidman está em alta neste começo de temporada na cidade, pois foi vista em Dogville (2003), do dinamarquês Lars Von Trier, e em Revelações (2003), do norte-americano Robert Benton, produzindo desempenhos oscilantes. Jude Law não desmerece o herói (um Ulysses americano muito bravo) e Renée Zellweger interessa por conter um tipo interpretativo característico. A citar ainda as poucas porém marcantes aparições do veterano Donald Sutherland.

Outra curiosidade é a presença como produtor de Sydney Pollack, um realizador norte-americano padrão que teve seus momentos áureos nos anos 70.

Entre mortos e feridos, Cold mountain pode ser visto sem sustos. Mas é indelevelmente incapaz de permanecer na retina por algum tempo. (Eron Fagundes. Leia mais críticas do colunista em Cinemania)

Extras

No início do DVD há os trailers de “Starsky & Hutch” e “Mar de Fogo”.

- Cenas Inéditas: 11 cenas, num total de quase 21 minutos se assistidas à todas de uma vez.

Críticas ao DVD

Um filme longo, com tema difícil, mas é um belo filme, com grandes interpretações. O DVD, tecnicamente, está excelente. Com imagem em wide, com bela definição de cores e excelente áudio em 5.1, inclusive em Português. O que decepciona, pelo menos nesta versão para locação, que deveria ser a mesma da de venda direta, é a ausência de extras anunciados nos releases de imprensa. Tanto que as lojas que vendem o esta versão pela Internet informam que há o making of “por Trás das Câmeras” e o comentário do Diretor. Não é o que de fato ocorre, existe apenas um: as cenas inéditas. São várias, algumas muito interessantes, mas o filme já é longo, realmente a inclusão de tantas cenas talvez deixassem o filme sem ritmo. No mais, sem problemas na embalagem (é realmente informado que só há um extra), possui um encarte informando a divisão dos capítulos (28).

Um DVD que deve ao menos ser alugado, principalmente pelos que gostam de um bom romance, com ótima estória e belas interpretações e imagens.

Menus
Resenha publicada em 09/09/2004
Por REF e Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.