Com Leslie Nielsen, Priscilla Presley, O.J. Simpson, George Kennedy (elenco básico)

CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ – Leslie Nielsen interpreta o tira cabeça-dura Frank Drebin, que tenta acabar com um brilhante plano para assassinar a Rainha Elizabeth.

CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ 2 1/2 – Frank Drebin quer descobrir como deter o infame plano de Quentin Hapsburg de destruir o meio ambiente.

CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ 33 1/3 – O tenente Frank Drebin quer acabar com um plano terrorista que pretende explodir a cerimônia do Oscar.

CORRA... – Antes de estrear este enorme sucesso nos cinemas, o trio ZAZ (David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker) já tinha realizado seis episódios de uma série para TV chamada “Esquadrão de Polícia” (Police Squad) em 1982. E quem encabeçava o elenco era... Leslie Nielsen, como o detetive... Frank Drebin! Mas até chegar em 88, o trio aprontou outros dois clássicos da comédia satírica, Apertem os cintos que o piloto sumiu (80) e Top Secret (84). Corra... é uma das coisas mais engraçadas de todos os tempos! É uma sucessão de ‘gags’, piadas e humor politicamente incorreto raramente vista até nos melhores momentos dos irmãos Farrelly (Débi e Lóide). O detetive Frank Drebin é o cara mais azarado do mundo graças ao empenho do melhor comediante dos anos 80 e início dos 90, Leslie Nielsen. A herança do humor pastelão dos Três Patetas, Chaplin e Jerry Lewis é bastante evidente em muitas seqüências. E o melhor, não envelhece, mesmo que você já tenha assistido um milhão de vezes, pois sempre há novos detalhes que com o DVD você percebe a cada minuto. Melhor remédio para dor-de-dente inexiste!

CORRA... 2 ½ – O sucesso do primeiro (arrecadou mais de 110 milhões de dólares entre cinema e vídeo) inevitavelmente trouxe esta continuação. E para nossa felicidade, manteve um nível semelhante ao primeiro. É bem verdade que não é melhor, mas trouxe momentos inesquecíveis como a seqüência “romântica” entre Nielsen e Priscilla Presley ao som “Unchained Melody”, parodiando Ghost e que foi dirigido por Jerry Zucker, do trio ZAZ! Para variar, as frases de efeito (e sem sentido) do tenente Frank Drebin estão de volta como a má sorte do personagem de O.J.Simpson. Gargalhadas são garantidas!

CORRA... 33 1/3 – A aventura derradeira do tenente Frank Drebin (Leslie Nielsen) e sua trupe de atrapalhados. A cena inicial, uma “homenagem” à famosa seqüência do tiroteio e do carrinho de bebê de Os Intocáveis, é a melhor paródia de todos os tempos. Porém, o filme é o mais lento de todos, e talvez por isto não tenha alcançado a mesma cifra dos demais. Também é o único que não foi dirigido por David Zucker, mas pelo novato Peter Segal que teve a competência reconhecida com Professor Aloprado II (2000). Mesmo assim, esta última parte da trilogia supera muitos outros filmes-paródia, e para não afirmar que Nielsen é única garantia do riso certo, 2001 – Um Maluco Perdido no Espaço, capitaneado por ele é fraquíssimo!

Depois desta série, o trio ZAZ se separou. David Zucker ainda fez o hilário Todo mundo em pânico 3 (2003). Jim Abrahams teve o mérito de criar o anti-herói Topper Harley (Charlie Sheen) em Top Gang – Ases Muito Loucos (1991) e a sua continuação. E Jerry Zucker fez Tá Todo Mundo Louco (2001).

CORRA... – Trailer de Cinema (sem legendas) e comentários em áudio de David Zucker, Robert Weiss (produtor) e Peter Tilden (apresentador), legendado.

CORRA... 2 ½ – 2 Trailers de Cinema (sem legendas) e comentários em áudio de David Zucker, Robert Weiss e Peter Tilden. Legendado.

CORRA... 33 1/3 – Trailer de cinema (sem legendas) e comentários em áudio de David Zucker, Robert Weiss, Peter Segal (diretor) e Michael Ewing (produtor associado). Legendado.

Os 3 DVDs que acompanham este “Box” não são vendidos separadamente como nos EUA, o que não chega a atrapalhar neste caso, pois quem gosta de um não deixaria de comprar os outros. Mas diferente do que geralmente acontece, não temos um DVD a mais só com extras, o que falta – e muito – nesta coleção.

Bem, quanto à qualidade da imagem, não há diferenças entre os três filmes, apesar das diferentes datas de realização. Mas dentro do esperado, é boa, mesmo que artefatos insistam em aparecer para quem se deter a observá-los. Quanto ao áudio em 5.1, não temos nada a reclamar, até porque os efeitos sonoros não representam muito além da ambientação do som num sistema multi-canais. Mas a ausência injustificável da dublagem em português (da TV era boa demais) é imperdoável.

Seguindo o baile, os extras são fracos para os clássicos do humor que temos em mãos, pois DVD de comédia tem é que ter erros de filmagem e cenas extras, e não só comentários em áudio. Não que sejam chatos, pois sempre há lembranças e curiosidades interessantes para qualquer cinéfilo, mas ficar só neles não tem graça alguma.

Finalmente, quanto aos detalhes do lançamento, a caixa de papelão é bonita e apelativa. Só não informa as especificações técnicas dos DVDs, e se estiver lacrada, pior ainda. Visto em geral, é indispensável ter esta coleção em casa.