Com
Ben Gazzara, Ornella Muti, Tanya Lopert, Susan Tyrell
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108 minutos
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Sinopse
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Apresentado
em versão widescreen, Crônica De Um
Amor Louco é um dos mais elogiados cult-movies
dos anos 80. Inspirando-se na vida e na obra do poeta
underground Charles Bukowski, o cineasta Marco Ferreri
(A Comilança) criou um filme ousado repleto
de erotismo e lirismo. Charles Serking (Ben Gazarra) é um
poeta anárquico e beberrão que vive
no submundo de Los Angeles, entre prostitutas e marginais.
Numa de suas maratonas pelos bares, conhece a linda
prostituta Cass (Ornella Muti), com quem inicia um
tórrido e trágico romance.
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Comentários
Sobre o Filme
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Em
Crônica de um amor louco o italiano
Marco Ferreri exercita ainda e sempre seu estilo
agressivo de filmar em que se misturam ímpetos
de improvisação com laivos poéticos
extremamente estilizados em sua elaboração.
Ferreri
volta a acidez de suas câmaras para o universo
americano, como tem ocorrido com tantos realizadores
europeus que, na busca de compreender o mundo contemporâneo,
volveram seus olhos para a civilização
característica de nossa época. Se o
alemão Werner Herzog era seco e distanciado
em Stroszeck (1977), o italiano
Michelangelo Antonioni era intelectual e estético
em Zabriskie Point (1969) e o francês
Louis Malle adotou um olhar controlado em Atlantic
City (1980), Ferreri propõe uma América
extremamente grotesca e parabólica em Crônica
de um amor louco, talvez sua realização
mais brilhante.
O
caso de amor entre o poeta vivido por Ben Gazzara
e a carnuda prostituta de Ornella Mutti é o
buraco da consciência do filme: a busca da
ternura meio hostil, o que acaba levando os protagonistas
a um auto-flagelo, à loucura e à morte.
O erotismo que surge das imagens de Ferreri é um
erotismo difícil, truncado, marginal, cruel,
próximo daquele do brasileiro Carlos Reichenbach
em seus tempos da Boca do Lixo. O filme foi visto
há mais de vinte anos por este analista e
uma das cenas que mais ficaram é aquela em
que a personagem de Ben transa com a garota (Mutti),
se não me engano diante duma janela, o sexo é feito
por trás, um plano erótico dos corpos
em êxtase é contraposto a um primeiro
plano da face patética de Ben.
No
plano final, há uma espécie de encenação
renascentista, em que Bem Gazzara acaricia os seios
duma garota e declama sua poesia. Aí Ferreri
recaptura a união do amor com o sexo. Inesperadamente. (por
Eron Fagundes) |
Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 2.0)
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Português
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Extras
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- Biografias e
Filmografias: de Charles Bukowski (16 páginas com textos
e fotos, além de uma relação de suas obras), Marco Ferreri
(9 páginas com textos e fotos, filmografia completa),
Ben Gazarra (8 páginas com biografia em texto
e filmografia selecionada), Ornella Muti (7 páginas
com biografia em texto e filmografia selecionada) |
Críticas
ao DVD
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O
DVD deste cultuado filme tem uma boa qualidade de
imagem, no formato original do cinema, em Widescreen.
O Áudio, está apenas razoável, em mono e não em 2
canais conforme é informado na embalagem.
Os
extras, mínimos, porém muito bem escritos e com algumas
fotos e ilustrações bem interessantes. Os menus são
estáticos e seguem uma linha, mas nada de especial.
O
filme vale ser visto, por ter marcado sua presença
na sua época, mas tem um tema e um roteiro que pode
não agradar a todos. Mas se trata de uma importante
obra cinematográfica. O ponto que perde na cotação
geral pela qualidade do áudio, é recuperado pelo
respeito de
se manter
a imagem no seu formato original, mesmo que não remasterizado.
Este
DVD foi gentilmente cedido pela Versátil. |
Menus
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Resenha
publicada em 30/09/2003 |
Por
Eron Fagundes e Edinho Pasquale
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Seu comentário
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