Com
Paul Bernard, Maria Casares, Elina Labourdette, Jean Marchat, Lucienne Bogaert
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85
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Francês (DD 2.0 mono)
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Inglês, Português e Espanhol
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Sinopse
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Desejando vingar-se do amante, Hélene (Maria
Casarès), uma dama da alta sociedade pede
a uma dançarina de cabaré que o seduza,
mas a vingança acaba se tornando um escandaloso
romance. Um filme de gestos e olhares, onde a emoção
aflora sob a pureza das imagens. Brensson, de formação
pictórica, visou usar os meios cinematográficos
para exprimir a interioridade de um sentimento. Baseado
na novela de Denis Diderot, "Jacques o Fatalista",
e com diálogos escritos por Jean Cocteau,
o filme ficou conhecido pela excelente direção
de arte e fotografia, recebendo elogios entusiasmados
do teórico André Bazin e de François
Truffaut.
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Comentários
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As damas do bosque de Boulogne (1945) pode ainda
não ser tão radical e intimamente devastador
quanto os filmes que o francês Robert Bresson
rodaria nos anos seguintes de sua carreira. Mas trata-se
de mais uma brilhante aventura intelectual humana
de um dos maiores cineastas do mundo; pessoal, rigoroso,
penetrantemente espiritual, exercendo seus atributos
estéticos com uma apaixonante beleza plástica
e agudez de observações. Os diálogos
escritos pelo poeta Jean Cocteau conferem ao filme
uma certa elegância patética, mas Bresson
os subverte com seu inusitado mecanismo cinematográfico.
A interpretação dos atores do realizador é extremamente
contida em seus movimentos, observe-se a sutileza
de gestos, falas e expressões de Maria Casares
na pele de Helena, a mulher que planeja vingar-se
do amante que a desprezou.
Além da presença de Cocteau no texto,
a origem literária do filme de Bresson está em
sua raiz, um conto de Denis Diderot. Em cena, mais
uma daquelas mulheres perversas que povoam o mundo
do diretor francês, que se debruça implacavelmente
sobre a fraqueza dos homens. Se Marie, de A
grande testemunha (1966), era fonte de pecado meio santificador,
a “mulher suave” (filme de 1969) escarnecia
surdamente da ignorância sentimental e intelectual
de seu marido e Mouchette (realização
de 1967) pouco se importava com o sofrimento dos
que a rodeavam, Helena, a protagonista de As
damas do bosque de Boulogne, abandonada pela criatura a
quem ama, lhe prepara uma fria desforra: faz o homem
casar com uma prostituta. A diferença é que
Bresson ainda não era tão pessimista
e acena com a purificação pelo sofrimento
para a prostituta e seu assustado marido; a última
imagem não é a da derrota, não é a
crueldade de Helena, mas a da esperança, um
desbotado diálogo cocteauniano entre a meretriz
(sofredora num leito) e Jacques, o noivo “ultrajado”.
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Extras
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- Biografia de Robert Bresson: boas e básicas
informações sobre o diretor, com sua
filmografia, num total de 4 páginas de textos.
-
Uma Crítica Sobre o Filme: bom e informativo
texto de 4 páginas sobre o filme e seu diretor,
assinado por João Bénard da Costa.
- “As Damas do Bois de Boulogne” – por
François Truffaut: excelente trecho de um
ensaio do fantástico cineasta, escrito em
1954, com 6 páginas de texto. Um mestre observando
outro mestre.
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Galeria de Fotos: em um total de dez, entre
pôsteres,
cenas de bastidores e de publicidade.
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Outros Lançamentos: clipe com capas e imagens
dos outros filmes lançados nesta primeira
etapa da coleção.
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Críticas
ao DVD
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Um filme de Bresson sempre tem a sua importância
para a história do cinema. Quando sua edição é especialmente
interessante, melhor ainda. A imagem está boa,
em que pese a idade do filme e sua origem (nem todos
os estúdios conservaram seus negativos de
forma correta). Um pouco granulada, é verdade,
não sei se no original ou na transcrição
para o formato digital. O áudio está muito
bom, original, idem com relação ao
formato de tela. Os menus obedecem os critérios
da coleção, bastante interessantes.
Os extras, basicamente textos, são muito bons.
Para filmes históricos onde jamais se poderia
esperar que chegariam dentro das casas das pessoas,
poucos materiais estão disponíveis.
Por isso se complementam com textos, por vezes chatos,
o que não é o caso. Um exemplo, para
quem gosta de cinema, de que eles podem ser interessantes.
Este DVD faz parte de uma coleção de
uma nova distribuidora, a Magnum Opus, chamada de
Tour de France. Este está no
seu segundo volume, o chamado volume “azul”.
Um bom DVD, bem cuidado. Cinéfilos de plantão,
estejam à postos!
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Menus
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Resenha
publicada em
06/07/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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