Com
Ken Foree, David Emge, Scott H. Reiniger, Gaylen Ross
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142
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 1.0)
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Português, Espanhol
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LETTERBOX
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Sinopse
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Nesta continuação do clássico
de horror de George Romero, A NOITE DOS MORTOS-VIVOS
(Night Of The Living Dead, 1968), a civilização
começa a ruir depois que uma epidemia que
transforma os mortos em zumbis devoradores de carne
humana espalha-se pelo mundo. Dois funcionários
de uma estação de TV da Filadélfia,
Stephen (David Emge) e Francine (Gaylen Ross), juntamente
com os policiais S.W.A.T. Roger (Scott H. Reiniger)
e Peter (Ken Foree), roubam o helicóptero
da emissora e tentam fugir do holocausto. Eles acabam
encontrando abrigo em um enorme shopping center,
e decidem ficar lá à espera de que
a crise seja superada. Após eliminarem os
mortos-vivos que estavam dentro do shopping, eles
bloqueiam todas as entradas e vivem por um tempo
em relativa segurança. Porém, não
tarda para que eles tenham de enfrentar um bando
de saqueadores e uma nova horda de zumbis.
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Comentários
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Este DESPERTAR DOS MORTOS, lançado nos cinemas
do Brasil em 1979 com o título de ZOMBIE – O
DESPERTAR DOS MORTOS, sempre foi um dos meus filmes
preferidos dos anos 70. Ele lembra as minhas noitadas,
em plena época da faculdade (por volta de
1980) em Porto Alegre, que iniciavam nos ciclos de
terror e ficção científica do
saudoso Cine Bristol, onde eram exibidos filmes de
gente como Romero, Carpenter, Cronenberg, Dante,
etc. Para mim a década de 70 foi um caldeirão
fervilhante de criatividade na música e no
cinema, e assistindo hoje a um filme assim fica fácil
de saber o porquê. Além de contar uma
história de horror, Romero e outros cineastas
da época, que se aventuraram no gênero,
buscavam provocar o espectador, tirando-o da experiência
passiva que é, normalmente, assistir a um
filme. Assim, além do susto e do nojo provocado
por algumas cenas mais violentas (que hoje ganham
um ar até divertido, graças aos efeitos
de maquiagem ultrapassados), o espectador de DESPERTAR
DOS MORTOS é levado a refletir sobre o que
está vendo, e mais, sobre o que está por
trás da trama. Em seus filmes de zumbi, e
em especial neste, Romero buscava satirizar a sociedade
através dos seus patéticos zumbis,
que em sua ânsia de aplacar a fome, eram transformados
no consumidor ideal e definitivo – por mais
carne humana que ingerissem, sua fome nunca era aplacada.
Em
DESPERTAR DOS MORTOS a sociedade de consumo é criticada
em dois níveis – um é o do shopping,
local onde transcorre a maior parte da ação;
o outro é o do comportamento de zumbis e humanos
em pleno templo do consumo. Os primeiros, movidos
pelo instinto, reproduzem mecânica e atrapalhadamente
o que faziam no shopping quando vivos: sobem e descem
as escadas rolantes, olham abobalhados as vitrines,
perambulam pelos corredores... os humanos, por sua
vez, quando livres da ameaça dos zumbis, satisfazem
seus sonhos de consumo sem precisarem gastar um único
tostão. Tudo isso embalado por uma trilha
sonora às vezes contraditoriamente alegre,
quase circense, criada pelo grupo de rock progressivo
Goblin (que criou a trilha de muitos filmes de horror
do diretor Dario Argento, que aqui, além de
ajudar na trilha sonora, também é um
dos produtores do filme). Mas o recado final de tudo
isto, jogado no espectador, é que vivos, mortos
ou mortos-vivos sempre terão um alto preço
a pagar por uma vida baseada apenas no consumismo.
Na competente refilmagem de 2004, MADRUGADA DOS MORTOS,
a metáfora canibalismo / consumismo perde
um pouco de força por ser tratada de forma
mais discreta e com bem menos humor. E falando na
refilmagem, é bom deixar registrado que Ken
Foree (Peter) e Tom Savini (o líder da gangue
de saqueadores e responsável pelas maquiagens
dos zumbis) nela fizeram pequenas pontas, em homenagem
ao filme original.
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Extras
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Não há muito o que comentar. Para não
dizer que não há extras, temos pequenos
textos sobre o diretor George Romero e com a sinopse
do filme. Um contraste gritante com edições
deste filme em DVD disponíveis nas Regiões
1 e 2. A Anchor Bay possuiu em catálogo nos
EUA duas edições de DAWN OF THE DEAD,
sendo que a Ultimate Edition de quatro (!) discos
inclui as versões de cinema, estendida e européia
do filme, com vídeo anamórfico, áudio
Dolby Digital e DTS 5.1 e um monte de extras, que
reproduzo abaixo só para me martirizar:
-
U.S. theatrical version with audio commentary by
director George A. Romero and special effects
creator Tom Savini and assistant director Chris Romero,
moderated by DVD producer Perry Martin;
-
Extended version with audio commentary by producer
Richard P. Rubinstein, moderated by DVD producer
Perry Martin;
-
European version with audio commentary by actors
David Emge, Ken Foree, Scott H. Reiniger and Gaylen
Ross;
- Poster and advertising gallery;
-
Photo galleries;
-
TV & Radio spots;
-
Comic book review;
-
Monroeville Mall Commercial;
-
Behind-the-scenes photo gallery;
-
Memorabilia gallery;
-
Production stills;
-
U.K. TV-Spots;
-
International lobby card gallery;
-
International poster and advertising gallery;
-
International pressbook gallery;
-
Home video and soundtrack artwork;
- "The
Dead Will Walk",
an all-new documentary featuring interviews with
cast and crew members Claudio
Argento, Dario Argento, Pat Buba, Tony Buba, Zilla
Clinton, David Crawford, David Early, David Emge,
Ken Foree, Michael Gornick, John Harrison, Clayton
Hill, Sharon Ceccatti-Hill, Jim Krut, Leonard Lies,
Scott H. Reiniger, Chris Romero, George A. Romero,
Gaylen Ross, Tom Savini, and Claudio Simonetti;
-
Roy Frumkes' "Document Of The Dead" -
The original documentary filmed during the making
of Dawn of the Dead by filmmaker Roy Frumkes;
-"On-Set Home Movies" with
audio commentary from Zombie Extra Robert Langer
-
Monroeville Mall Tour with actor Ken Foree.
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Críticas
ao DVD
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Há anos que aguardava o lançamento
no Brasil de DESPERTAR DOS MORTOS, em um DVD decente.
Quando soube que a Works, que produz DVDs Região
0 principalmente para serem vendidos em bancas de
revistas, iria lançar o filme, desanimei um
pouco, já que normalmente seus extras são
mínimos. Mas pelo menos esperava que o filme
tivesse uma qualidade técnica boa, já que
comprara anteriormente alguns filmes de horror da
Hammer lançados aqui pela distribuidora, e
pelo menos eles tinham vídeo wide anamórfico
ou letterbox razoável. Infelizmente, logo
este revelou ser o DVD mais desleixado da Works:
menus animados mas feios, a já comentada falta
de extras, som mono medíocre (na embalagem
diz Dolby 2.0, mas só notei um canal de áudio)
e imagem letterbox 1.85:1 com qualidade de VHS. E
pior, a película utilizada para fazer a master
desta transferência tinha defeitos. Há cortes
visíveis, e em determinado momento a imagem
chega a sumir, ficando apenas uma legenda sobre uma
tela em branco. O único consolo é que
a versão deste DVD é estendida (identificada
como “do Diretor”), com cenas que nunca
havia visto. Eestranhamente, porém, a metragem
informada da versão deste DVD não bate
com nenhuma das versões estendidas disponíveis
lá fora.
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Menus
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Resenha
publicada em
18/04/2005
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Por
Jorge Saldanha
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