Com Renée Zellweger, Hugh Grant, Colin Firth, Gemma Jones, Jim Broadbent, Jacinta Barret, James Faulkner, Celia Imrie, Dominic McHale

A heroina romântica do século 21, mais querida do cinema e da literatura, está de volta. Bridget Jones (Renée Zellweger) tem um diário novinho em folha, mas o seu grande amor ainda é o mesmo: Mark Darcy (Colin Firth). Nessa fase de sua vida a moça achava que não teria mais problemas, pois afinal conquistou sua grande paixão, tem um emprego perfeito como repórter de TV e amigos maravilhosos. Mas, nada é do jeito que ela espera. Ano novo, diário novo, problemas novos. Além de sua insegurança (e a eterna espera por ser pedida em casamento), Bridget tem um novo obstáculo: a bela colega de trabalho de Mark, Rebecca (Jacinta Barret). No trabalho, a vida da pobre moça também não anda nada bem. Seu antigo namorado, Daniel Cleaver (Hugh Grant) está roubando a sua audiência, o que pode fazer com que o chefe coloque os dois no mesmo programa de TV. Mas isso é só o começo. Bridget Jones está disposta a conquistar o mundo, seja pulando de pára-quedas ou aprontando todas na Tailândia. Ela vem com tudo nessa deliciosa comédia romântica, seqüência do sucesso de 2001 "O Diário de Bridget Jones".

É complicado comentar sobre um filme que tem 2 ou 3 aspectos distintos: é uma continuação de um bem sucedido filme, é novamente uma obra baseada em um livro e é simplesmente pra diversão. Fique com todas as opções acima, mesmo tendo assistido ao filme inicial e lido os livros (geniais). E tenha uma certeza: é uma boa diversão. A química entre o quase triângulo amoroso continua perfeita. Não por acaso, temos Hugh Grant como canastrão (da mesma família de 4 Casamentos e 1 Funeral - ainda indisponível, quando desta renenha, em DVD no Brasil - Um Lugar Chamado Nothing Hill e o primeiro Diário de Bridget Jones), perfeito para este tipo de papel. A gracinha Renée Zellweger, comprovando mais uma vez a sua versatilidade e doçura, mostrando que todas as mulheres são atraentes, não depende de seu tipo físico. Por mais que elas não entendam isso... Ela novamente comprova isto no seu comprometimento real, ao novamente engordar para fazer o papel, tão memorável neste sentido quanto De Niro em Touro Indomável e até Charlize Theron em Monster, só pra citar alguns. Completa o triunvirato o competente e charmoso Colin Firth, par ideal de Bridget.

O roteiro tem algumas escorregadelas, mas nada que implique na falta de diversão. A carismática Bridget sofre desta vez da crise do casamento (com o “namorido”), sua compreensível insegurança, junto com fatos contemporâneos: a carreira versus amor, os trinta anos, a manutenção de um relacionamento em que pese todas as alternativas mencionadas.

Claro que não serve para um público mais juvenil (somente os interessará daqui há alguns anos), mas entretém o público com a mesma faixa de idade dos personagens, pela sua atualidade, e aos mais velhos, por já terem passado por isso. Além de ser divertido (um pouco menos que o anterior, é verdade). Uma ótima trilha sonora celebra a diversão. E vale pelas atuações e situações típicas, graças ao oportuno texto que deu origem aos livros e conseqüentemente aos filmes. Não me incomodará, caso se mantenha a tríade de atores, mais uma continuação. Relaxe e divirta-se. Mesmo que você tenha lido o livro de Helen Fielding e tente compará-lo ao filme. Tudo se recria...

Inicialmente divididos dentre os três personagens principais, além da opção sen se assistir ao filme com ou sem um teste para identificar com quem onpúblico feminino se identifica, explicado a seguir:

Daniel Cleaver:

- Um Descolado Guia para a Exótica Tailândia: um interessante e diferente making of, chega a ser um complemento real ao filme, pela abordagem dada ao se destacar os personagens como pessoas reais, como narrativa, mesmo mostrando o tradicional: depoimentos e bastidores, nos seus 4 minutos e meio. Claro que o destaque fica para as locações na paradisíaca Tailândia.

- A Grande Briga: uma honesta abordagem da “recriação” numa seqüência com esta. Nos seus quase 5 minutos, mostra que o conflito entre os homens do triângulo amoroso nesta continuação tem o seu tempero e validade. Curioso e até diferente,

- Teste "Quem é seu Homem": o mesmo teste a ser escolhido no meio do filme, perguntas sobre cenas do filme para identificar qual o melhor parceiro para a mulher que está assistindo ao filme. Faz até mais sentido na opção da exibição do filme do que aqui, ligado a um dos personagens masculinos. Mas para quem não tem paciência para interromper o filme com estas perguntas, apresentadas nas cenas pertinentes a cada tema durante a exibição, uma boa opção.

Bridget Jones:

- Comentário da Diretora: um bom extra pra quem nunca o experimentou, ou seja, assistir ao filme mais uma vez desta vez com comentários. Como se trata de uma Diretora, pode, no início, interessar às mulheres a abordagem da Diretora. Mas. No final, acaba sendo uma divertida forma de se analisar o filme.

- A Viagenzinha a Áustria: tem o mesmo teor do extra anterior sobre a Tailândia, desta vez se concentrando na personagem feminina. Com quase 4 minutos, mostra muitas cenas de bastidores e curiosidades, assim como o anterior.

- Cenas Cortadas: São 4, algumas que mereceriam estar na edição final do filme, como a intiltulada “O Batizado”. Todas tem o comentário da Diretora no início e podem ser assistidas individualmente ou numa só seqüência.

Mark Darcy:

- Mark e Bridget: Para Sempre?: mais um making of (ou featurette) com pouco mais de 5 minutos, desta vez enfocando a relação do par principal do triângulo amoroso. Como os demais, recheado de cenas de bastidores e comparações ao primeiro filme.

- Bridget Jones Entrevista Colin Firth: desta vez a cena a ser comentada é uma das mais importantes no livro, mostrando aspectos bem interessantes com comentários da Diretora e elenco, sobre este interessante tema, em quase 5 minutos de duração. Um extra complementar ao filme, pela sua temática e realização. Talvez um dos melhores do DVD. A união da ficção e imaginação do livro ao produto DVD.

- Londres Solitária: um interessante featurette de 3 minutos mostrando os efeitos especiais do filme. Até os filmes românticos dependem da tecnologia nos dias de hoje.

Trailers: "Wimbledon" e "Entrando Numa Fria Maior Ainda".

Quer encontrar um ótimo DVD com um bom filme? Então você achou. Não importa se você tem uma abordagem feminina do tema ou se você, do sexo oposto, quer compreender o universo feminino. No fundo se trata das relações humanas, como um todo. Se o filme já vale por si mesmo, o DVD acaba tornando-se quase que obrigatório, superior ao anterior, graças as mudanças de mercado.

Tecnicamente perfeito, com imagem igual a exibida nos cinemas, com ótima transcrição para o formato digital, tem a ótima qualidade nos recursos sonoros, tanto no idioma original como nos oportunos Português e que tais (até no Tailandês!). Menus animados, condizentes com o conteúdo, com extras pertinentes (e aboslutaente todos legendados em Portguês), pode-se discutir a divisão dos mesmos, mas não o seu conteúdo, inteligente e complementar ao filme, como deve ser um extra desejável e sm muitos rodeios ou “como foi bom trabalhar com”.

Confesso ser fã de Renée, para mim uma nova Doris Day. Mas que seus filmes agradam, principalmente suas comédias românticas, isso é inegável. Mesmo para os machistas insensíveis. Mas, principalmente, para os que acham que o cinema é apenas fantasia e um espelho da realidade. Seja em qual for a época. Magia e ilusão são para poucos. Mesmo o que até se contentam com pouco, perto desta nossa realidade, atualmente pequena.