Com
Ben Gazzara, Blair Brown, Harriet Andersson, James Caan, Jean-Marc Barr, Jeremy
Davies, John Hurt, Lauren Bacall, Nicole Kidman, Patricia
Clarkson, Paul Bettany, Philip Baker Hall, Thom Hoffman
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171
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1 e DD 2.0), Português (DD 2.0)
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Inglês, Português e Espanhol
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Sinopse
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Em plena década de 30, Grace (Nicole Kidman) é uma
fugitiva que chega à isolada cidade de Dogville
após fugir de gângsters. Encorajada
por Tom (Paul Bettany), o porta-voz da cidade, Grace
faz com a população local um acordo
informal: eles a ajudam a se esconder e, em troca,
ela trabalha para eles. Entretanto, quando a busca
por Grace se intensifica a população
local começa a querer um acordo melhor junto
a Grace, devido ao risco que todos eles estão
correndo por escondê-la. É quando Grace
percebe que a aparente boa vontade de Dogville tem
um preço.
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Comentários
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À maneira
de alguns filmes do alemão Rainer Werner Fassbinder
(As lágrimas amargas de Petra von
Kant, 1971; Effie Briest,
1974), Dogville (2003), realizado
pelo dinamarquês Lars von Trier, expõe
uma ossatura teatral para provocar a linguagem cinematográfica.
Na verdade, a exposição do cineasta
nórdico está ainda mais exposta do
que em Fassbinder: abdicando do realismo de encenação
que marcou sua presença no Dogma 95, Von Trier
parte em busca do artificialismo narrativo experimental.
Em Dogville é como se a câmara documentasse
uma marcação exasperantemente teatral
incluindo algumas formas literárias de dizer
as frases; o cenário é um palco em
que as divisões de cena são assinaladas
por giz, definem-se as casas e as ruas de maneira
ilusória, um adrede faz-de-conta, os atores
deslizam como se estivessem no espaço teatral,
há um narrador-over que parece extraído
das páginas de um livro. O choque inicial
para o espectador cinematográfico perturba;
mas o realizador usa de suas três horas de
projeção para, com paciência,
fazer a mente do assistente adaptar-se a um jogo
visual tão provocativo quanto original. O
resultado assombra.
Dizem
tratar-se do pontapé inicial de uma trilogia
do diretor sobre os Estados Unidos da América.
Sua inventada Dogville metaforiza uma América
torpe, caricatural, amorfa, corrupta. A figura da
mulher perseguida por gângsters que se esconde
numa comunidade onde, para obter proteção,
tem de prestar serviços domésticos
e finalmente até sexuais, impressiona pelo
grau de perversidade que Von trier geralmente coloca
em suas tensas e diferentes personagens; Nicole Kidman,
que viveu uma faxineira pouco convincente em Revelações (2003),
de Robert Benton, é inteiramente devoradora
nas mãos de Von Trier como a doméstica
da comunidade.
A
seqüência final parece fornecer uma chave
para a nova obra-prima de Von Trier. Dogville talvez
seja a interpretação européia
para os Estados Unidos depois de 11 de setembro de
2001; segundo o cineasta dinamarquês, o que
os terroristas árabes teriam solapado em 11
de setembro seria a falta de forma da América,
uma América tão prepotente quanto imbecil,
vejamos as criaturas que se movem no parco ambiente
de Dogville; em suas cenas conclusivas, os tiros
de Dogville reconstituem, em microcosmo,
o evento do World Trade Center. A polêmica é:
estaria um intelectual europeu culto como Von Trier
justificando o 11 de setembro, decretando o início
da barbárie?
Sim
ou não, isto não altera a extraordinária
profundidade de Dogville, onde Von
Trier se expõe tanto a um desafio formal quanto
a um desafio de pensamentos históricos contemporâneos.
(Eron Fagundes. Leia mais críticas do colunista em Cinemania)
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Extras
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Quase nenhum, apenas os textos com sinopse e Ficha
Técnica, completamente dispensáveis e trailers dos
filmes "à Sombra do Medo", "Monster",
"Açao Direta", "Ripper II", "Matemática do Diabo" e
"Vítimas Inocentes", todos legendados.
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Críticas
ao DVD
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Um excelente filme, diferente das concepções
normais, vencedor da Mostra Internacional de Cinema
de 2003. O DVD é tecnicamente é apenas
razoável, infelizmente com o formato de tela
não respeitando o formato original de cinema,
fazendo cortes nas laterais para adaptar ao formato
das TVs convencionais. Não há quase
extras, apenas trailers de outros títulos
da distribuidora (Monsters está entre eles...
Será que virá igual a este?). A imagem
me pareceu um pouco mais granulada que o normal,
mas nada que atrapalhe. Um filme que não é para
qualquer público, ou seja, não é do
estilo convencional, comercial. Mas é ótimo
para quem quer ver um tipo diferente e inovador de
se fazer cinema.
Deverá mais ao público mais adulto.
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Menus
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Resenha
publicada em 09/09/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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