ED WOOD (Ed Wood)

 

Com Johnny Depp, Sarah Jessica Parker, Martin Landau, Patricia Arquette, Jeffrey Jones, Vincent D'Onofrio, Bill Murray, Lisa Marie, Juliet Landau

 

Diretor

Duração

Produção

Tim Burton

126 minutos

1994, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia, Drama

Disney/Buena Vista

22/04/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Espanhol e Português (DD 2.0)
Inglês, Português e Espanhol

Sinopse

Um filme incomum e exótico sobre a história real de Ed Wood, o pior diretor da história de Hollywood. JOHNNY DEPP (Do Inferno) faz o papel do excêntrico diretor, que se recusa a aceitar que suas fracassadas cenas e horríveis críticas destruam suas esperanças de fazer sucesso. Com atores desajustados - a rainha do horror na TV, um corpulento lutador de boxe sueco e o legendário Bela Lugosi (MARTIN LANDAU) que está na pior - Ed leva a arte de fazer filmes ruins a novos recordes. Este filme de Tim Burton, envolvente e engraçado, vai divertir você.

Comentários

Este filme biográfico sobre o cineasta Edward D. Wood Jr. Foi um projeto do qual o diretor Tim Burton queria muito realizar. Tanto é que ele já estava comprometido com outra produção Frankesntein de Mary Reilly, quando soube o que este filme seria dirigido por Michael Lehmann, insistiu com os produtores e desistiu do contrato já assinado. E foi muito bom para o filme, pois Burton, que já estava consagrado por dirigir os dois primeiros Batman e Edward Mãos-de-Tesoura e, o tempo comprovou, sua competência para dirigir filmes com personagens “diferentes”, como Peixe Grande e, enquanto estamos publicando esta resenha, está produzindo um "remake" de A Fantástica Fábrica de Chocolates.

Não há muito que contar do enredo do filme, que mostra como Ed Wood conseguia produzir seus filmes com baixíssimo orçamento, o que fez ter o título de “pior cineasta de todos os tempos”. Era uma figura lendária, aqui extremamente bem representado pelo ótimo Johnny Depp (um parceiro de Burton, além de Edward Mãos-de-Tesoura realizou em conjunto A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça), que se travestia (sem ser homosexual, se casou duas vezes), tinha hábitos estranhos como usar saltos altos e sua turma ser de péssimos profissionais, além de usar diversos pseudônimos. Mas achava tudo perfeito, pois não tinha a menor noção de como dirigir e fez filmes que hoje se tornaram “cult”de tão ruins.

O resto do elenco está ótimo, com uma excepcional atuação de Martn Landau, que faz o papel de Bela Lugosi, um dos pioneiros do cinema (realizou uma ótima performance, por exemplo, em Drácula, de 1930, quando ficou imortalizado no papel) que com o passar dos tempos começou a fazer filmes de péssima por causa do abuso do álcool e das drogas. Ed Wood se tornou amigo e tentou ajudá-lo, à sua maneira. Landau parece uma “reencarnação” de Lugosi, tal a perfeição que lhe rendeu uma indicação ao Oscar®. Há até o fato de que Lugosi faleceu durante as filmagens de um de seus filmes e Ed teve uma brilhante idéia de como dar continuidade ao seu papel...

Há uma curiosidade: dizem que esta produção deste filme custou mais caro que todas as obras de Ed Wood juntas e que apenas a produção dos letreiros custou mais do que qualquer filme dele.

Aproveitando o décimo aniversário do filme, é uma bela oportunidade de revê-lo, principalmente por que se tornou também um filme “cult” e que fez com que todos os principais filmes de Ed Wood fossem um sucesso de venda de público em vídeo na época. Falecido em 1978, teve mais sucesso depois de sua morte.

Um filme especial para quem quer conhecer também o outro lado do cinema, os antológicos filmes chamados de “B” (embora os de Ed sejam “Z”, daí o seu charme). Mas este aqui, que conta sua biografia, deforma respeitosa, bem humorada, com admiração e emoção de Tim Burton, talvez uma de suas melhores obras. Não perca.

Extras

- Videoclipe: interessante reunião de imagens do filme, com música incidental, tendo Vampiria como “protagonista”.

- Trailer: devidamente legendado.

- Vamos Gravar Esta @$%: interessantes cenas de bastidores da reconstituição de algumas das cenas, com apresentação de Depp, com quase 14 minutos. Outra curiosidade é por ter cenas em cores, pois o filme foi realizado em Preto e Branco. Dá pra ver bem o trabalho de direção de Burton.

- Música Horripilante: documentário com o compositor Howard Shore (curiosamente um dos únicos filmes de Burton que não tem Denny Elfman como compositor), com 7 minutos, contando como foi o processo de composição e de um instrumento inusitado utilizado na trilha. Digno de Ed Wood...

- Filmando Bela: belo documentário de 8 minutos, principalmente com a participação de Martin Landau, de como foi tentar recriar o “mito” Bela Lugosi, incluído sua maquiagem e como foi ter que compor o sotaque húngaro.

- Quando Carry Conhece Larry: interessante documentário com 9 minutos explorando o tema de um homem querer se vestir de mulher e sua aceitação na sociedade e seus cuidados na produção para não tornar o personagem vulgar.

- Pratos Voadores Sobre Hollywood: mais 14 fantásticos minutos sobre a direção de arte e fotografia, da recriação dos “efeitos especiais” que Ed Wood utilizava em seus filmes. Há interessantes cenas e documentos de bastidores sobre o assunto. Quem disse que é fácil reconstituir algo que era rude e ruim?

- Comentários em Áudio: devidamente legendados, com o diretor Tim Burton, co o ator Martin Landau, os co-roteiristas Scott Alexander e Larry Karaszewski, do diretor de fotografia Stefan Czapsku e do figurinista Colleen Atwood. Não é um extra apreciado por muitos, mas neste caso, vale ser visto. Há ótimas informações, devidamente legendadas.

Todos os extras estão no idioma original em Inglês DD 2.0 e com legendas em Português e Espanhol.

Críticas ao DVD

Um DVD impecável, bem de acordo com o excelente filme aqui apresentado. Tela em formato original de cinema, em wide otimizado para quem tem TVs neste formato, áudio de excelente qualidade, mesmo a dublagem sendo em apenas e 2 canais, o original está em ótimos 5.1.

Os menus são animados, com ótima trilha sonora e bem interessantes e surpreendentes, já que não são informados na embalagem. Esta é a única falha, que sempre acontece nos filmes da Buena Vista Eles não informam na embalagem todos os extras disponíveis. Neste caso o ponto é até positivo, pois eles são excelentes. Há ainda um encarte informando o número de capítulos, 28.

Um filme que merece ser conhecido, pois retrata uma importante parte do cinema e com tratamento idêntico a edição que será lançada nos EUA apenas em Setembro, onde terá apenas algumas cenas excluídas a mais. E tudo devidamente legendado no nosso idioma. Parabéns por esta edição tão pouco divulgada.

Menus
Resenha publicada em 14/07/2004
Por Edinho Pasquale

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