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Com
Ernesto Alonso, Miroslava Stern, Rita Macedo
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90
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Espanhol (DD 2.0 mono)
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Português
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Sinopse
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A Versátil apresenta, pela primeira vez no
Brasil, a versão restaurada e remasterizada
de Ensaio de um Crime, um dos filmes fundamentais
da fase mexicana do mestre Luis Buñuel (Viridiana).
Conheça em flashback, a fascinante história
de Archibaldo de La Cruz, que confessa ser um serial
killer. Em interrogatório, conta à polícia
reminiscências de sua vida, inclusive a origem
de sua obsessão por mulheres. Mesclando suspense,
psicanálise freudiana e humor negro, Ensaio
De Um Crime é uma pequena obra-prima cultuada
por cinéfilos de todo o mundo, como o cineasta
Pedro Almodóvar e o crítico André Bazin.
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Comentários
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Os filmes que o espanhol Luis Buñuel rodou
no México entre os anos 40 e 60 são
atualmente passados por alto pela crítica.
Seria uma fase eminentemente comercial do genial
cineasta, como ele próprio confessou em sua
autobiografia, ressalvando que nunca pôs diante
de suas câmaras uma cena que contrariasse suas
convicções pessoais e morais. Há duas
exceções entre as realizações
mexicanas de Buñuel: Os esquecidos (1950)
e Nazarin (1958) estão ali para lembrar que
Buñuel ainda era um grande artista.
Ensaio
de um crime (Ensayo de um crímen; 1955)
está longe de tangenciar o rigor e a profundidade
do mestre de Tristana, uma paixão mórbida (1970). Mas oferece algumas curiosidades analíticas
que permitem identificar a assinatura de Buñuel.
A
visão de uma infância perversa já aparece
desde as primeiras imagens, quando o protagonista
evoca um episódio de sua meninice, o dia em
que uma bala perdida da revolução mexicana
atingiu sua babá e ele fantasiou que a tinha
matado, deliciando-se com o sangue que jorrava de
seu pescoço. Este sangue de babá vai
persegui-lo a vida toda, em todas as mortes de mulheres
que desejou e se concretizaram à revelia de
sua ação criminosa; primeiro foi uma
freira enfermeira que ele queria assassinar, mas
ela fugiu dele, escorregando pela porta ausente de
um elevador vindo a cair no fosso; e outras e outras
mulheres que ele desejava meio platonicamente ao
mesmo tempo em que queria tirar-lhes a vida.
A
narrativa padece de um certo artificialismo de encenação que surpreende num narrador
experimentado como Buñuel. A fragmentação
surrealista não se realiza plenamente: os
símbolos cênicos são empacados.
Há uma curiosidade entre vida e filme contada
pelo próprio Buñuel: a atriz Miroslava
se suicidou pouco tempo depois, por questões
amorosas, e foi cremada; lembremos que no filme o
manequim feito à imagem da atriz era incinerado
num forno pelo ator Ernesto Alonso.
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Extras
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- Vida e Obra de Buñuel: uma boa biografia
do diretor e sua filmografia completa, em 17 páginas
de textos.
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Buñuel no México: divididos em “Apresentação”,
com algumas boas informações sobre
este período do cineasta e os “Filmes” rodados
por ele no México, todos em textos.
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Galeria de Pôsteres: num total de 20, de
diversos filmes do diretor e em vários idiomas.
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Notas da Produção: curiosidades sobre
o filme, em 6 páginas de textos, informativos.
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Críticas
ao DVD
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Um DVD com uma qualidade de áudio (em 2 canais,
mas em mono) e imagem (no formato original de cinema
da época, muito bem digitalizado, mesmo nas
cenas mais escuras, filmes em preto-e-branco podem
apresentar dificuldades, o que não é o
caso). Mais um filme de um grande diretor, com poucos
extras em textos, porém bastante informativos.
Para os cinéfilos, especialmente os que apreciam
a obra de Buñuel, uma bom produto.
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Menus
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| Resenha
publicada em
18/08/2004
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale (DVD)
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