Com Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Joe Pesci, Treat Williams, Tuesday Weld, Burt Young

Para alguns, a vida é uma simples progressão de acontecimentos corriqueiros que se sucedem com o passar dos anos. Para outros, isso é pouco. Amigos leais, Noodles (Robert de Niro) e Max (James Woods) foram crianças de ascendência judia comuns do Lower East Side nova-iorquino no começo do século 20. Mas queriam mais. Primeiro o envolvimento com o crime. Depois, o controle de todas as ações criminosas da região: um verdadeiro império. Dirigido pelo cultuado Sérgio Leone, Era Uma Vez na América conta cinco décadas de ações criminosas e das vidas das pessoas por trás delas. Aclamado como um dos mais contundentes e melhores filmes de gângster da história do cinema, Era Uma Vez na América chega agora em uma definitiva e remasterizada versão com sua montagem original e muitos extras. Um épico policial dramático e grandioso, com um elenco à sua altura. Mais que uma história na América, um fragmento importante da própria História americana.

O melhor filme de 84, pelo menos em sua versão americana. É uma espécie de versão romântica de “O Poderoso Chefão”. O título já mostra que é uma fábula, uma para serem mafiosos. Com uma produção espetacular, uma trilha musical esplêndida de Ennio Marricone (o tema romântico é “Amapola”), o filme tem momentos muito violentos e outros de notável ternura (como o garoto que prefere comer o doce em vez de ter sua primeira experiência sexual) ou apenas engraçados (a troca de bebês na maternidade). O diretor Leone é um mestre da narrativa, do clima barroco, um verdadeiro apaixonado pelo cinema. Não perca. (REF)

Um filme brilhante. Seja por seu roteiro, seja pela fotografia (minuciosamente cuidada por Leone, um detalhista). Ele já havia brilhado na direção anteriormente no clássico do faroeste “Era Uma Vez no Oeste”. Esta é a versão integral com 229 minutos (existe outra, a italiana, com 9 minutos a mais), chegaram a remontar o filme nos EUA em ordem cronológica e com menor duração, mas perdeu completamente seu encanto. Um dos grandes primeiros papéis de James Woods e Robert de Niro. Afinal, Leone (falecido em 1989, aos 60 anos, de ataque cardíaco) era um mestre na direção de atores também. Um clássico. (Edinho Pasquale)

• Trailer de Cinema (2:30 min. - sem legendas)

• Galeria de Imagens: 18 páginas com ótimas fotos de bastidores

• Comentário do crítico Richard Schickel (sem Legendas)

• Documentário – “Era uma Vez: Sergio Leone”: uma homenagem a um dos melhores diretores italianos, com depoimentos contando aspectos da vida pessoal e de trabalho do cineasta neste filme, com raras fotos de bastidores. E algumas ótimas histórias, como a da cena da chuva. Mostra a concepção do filme, desde a compra dos direitos sobre o livro que serviu de base para o roteiro e a polêmica sobre a duração e remontagem. Os depoimentos finais são emocionantes. (19:31 min.)

Este DVD lançado pela Warner está com imagens (em seu formato original de cinema, widescreen) e áudio impecáveis. Bem melhor que a primeira edição realizada anteriormente por outra distribuidora (uma curiosidade: a primeira versão foi o primeiro DVD lançado para a região 4, ou seja, no Brasil, em 1998).

Os Menus são estáticos, mas muito bonitos. A embalagem, finalmente parece que um padrão, não é mais tipo “cartão”, que a Warner teimava em usar (os outros lançamentos recentes já adotam a caixinha padrão). Este mereceu até uma “luva”, como os demais clássicos que estão sendo lançados em edições especiais. Palmas para a Warner, que ouviu as reclamações dos consumidores.

Perde ponto não ter legenda nos Comentário de áudio e no trailer (e, porque para alguns, é importante uma dublagem em português do filme). Mas vale a pena comprar. O filme e a qualidade do DVD merecem. Afinal, é um clássico para ser visto muitas vezes.

Este DVD foi gentilmente cedido pela Warner.

Acho que a resenha de Edinho Pasquale peca gravemente por não mencionar o fato de que está ocorrendo um grave problema com relação a esse lançamento da Warner. Há uma cena que foi censurada no DVD brasileiro, e não no americano, da mesma empresa! Isso ocorre aos 97m16s do disco 1, em que Noodles (Robert DeNiro) sai da prisão e Max (James Woods) o está esperando, na rua, e o leva a um carro funerário, onde mostra o corpo nú de uma garota que na verdade, é uma prostituta, e que acaba fazendo sexo com ele lá dentro. Mas no momento é que o corpo dela é mostrado, alguém colocou aquele efeito de névoa por cima dos seios dela e também um pouco na região da virilha. É claramente perceptível e nem um pouco sutil. A névoa se move acompanhando os movimentos do corpo da garota.

Eu estive no Home Theater Forum (aquele fórum de discussão americano) e deixei uma mensagem lá perguntando sobre isso, e o americanos me disseram que lá a cena está normal, sem o efeito. Acho um tremendo desrespeito para com o consumidor brasileiro fazer esse tipo de censura, ainda mais numa mídia privada como o DVD. A Warner já tinha pisado na bola com Lúcia e o Sexo, e agora, isso.....

Pois para mim a Warner merece uma sonora vaia. De que adianta ter todos esses extras legendados, e embalagem de plástico se o conteúdo vem censurado de maneira tão absurda? Pelo menos a "outra distribuidora", a Flashstar apesar de fazer uma versão medíocre, não inventou de borrar detalhes na imagem. E o que é pior: nada se faz a respeito. É mesmo uma vergonha... (Cristiano Leal)