EXTERMINADOR DO FUTURO 2, O- O JULGAMENTO FINAL ED. ESP. (Terminator 2: Judgment Day)

 

Com Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick

 

Diretor

Duração

Produção

James Cameron

131 minutos

1991, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ficção Científica

Universal / Studio Canal

23/08/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1)
Português, Espanhol

Sinopse

Anos após ter sobrevivido ao ataque do cyborg vindo do futuro, que tinha por missão matar a mãe daquele que será o líder da rebelião dos humanos contra as máquinas, Sarah Connor (Linda Hamilton) está internada numa clínica psiquiátrica. Agora, é seu filho John (Edward Furlong ) que está em perigo: um novo modelo de Exterminador, capaz de assumir a forma de qualquer objeto ou ser vivo, veio do futuro com a missão de matá-lo. Contudo, ao descobrir que as máquinas enviaram outra máquina ao passado, desta vez para matá-lo, o John do futuro envia o Exterminador modelo T-800 (Arnold Schwarzenegger), para que seja seu protetor contra o letal T-1000 (Robert Patrick). John e o T-800 resgatam Sarah da clínica, e passam a fugir dos ataques do T-1000. Sarah decide matar o técnico que está desenvolvendo o chip que dará origem à rede de computadores que, em poucos anos, provocará o devastador ataque das máquinas contra a humanidade.

Comentários

Contando com elaborados e (à época) inovadores efeitos gerados em computador, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (ou T2, como ficou conhecido nos EUA), foi uma supervalorizada, cara e rentável seqüência do filme do diretor James Cameron de 1984 que, na verdade, era uma modesta produção. Cameron fez algumas concessões para viabilizar esta continuação com Schwarzenegger, que é destruído no filme original. Nele os Exterminadores eram unidades de infiltração, que se misturavam aos rebeldes para descobrirem suas bases e, lá chegando, provocavam grande destruição. Em um flashback do futuro (!) inclusive vimos um destes cyborgs infiltrados em ação, e ele era bem diferente do Schwarzenegger. Já neste T2 fica estabelecido que todos os T-800 são iguais ao “Schwarza”, e ponto final. E ele até já chega ao presente com cabelo espigado e tudo (no original ele só ficou assim depois de ter passado por labaredas que lhe chamuscaram os cabelos)! Também, para desagrado de muitos fãs do original, o T-800 foi humanizado: de fria máquina assassina ele virou o "paizão" de John Connor. Na verdade essa foi uma sugestão de Schwarzenegger a Cameron, que para variar queria fazer o papel do mocinho e deixar toda a vilania a cargo do letal T-1000 (Robert Patrick, o agente Doggett de Arquivo X). Apesar de inferior ao Exterminador do Futuro original, James Cameron criou um filme de maior sucesso graças à ação intensa, efeitos que ainda funcionam e um final emotivo. O Exterminador do Futuro 2 venceu o Oscar® nas categorias de Som, Maquiagem, Edição de Efeitos Sonoros e Efeitos Especiais (desenvolvidos pela Industrial Light & Magic, de George Lucas).

Extras

Os extras desta “Edição Especial” de O Exterminador do Futuro 2 estão todos no disco adicional, com legendas em português (que não podem ser desativadas!), e resumem-se a um Making Of da época do lançamento do filme, com 32 minutos de duração, o teaser “Construindo um Arnold Perfeito” (que mostra o T-800 saindo da linha de montagem) e uma dispensável Galeria de 17 storyboards, batizada com o enigmático título de “Apresentação”. Sem dúvida o melhor extra é o Making Of, que apesar de ser um documentário até tímido se comparado ao material bônus que atualmente é produzido para os DVDs, nos dá uma boa visão dos principais aspectos da produção do filme, além de algumas interessantes cenas de bastidores. O pouco que sobra (este disco de extras não teve utilizado nem ¼ de sua capacidade de armazenamento) é decepcionante e não merece maiores comentários, ainda mais quando sabemos que, no exterior, há edições em DVD deste filme repletas de extras, como citaremos a seguir.

Críticas ao DVD

Ao contrário do DVD do filme original, que recebeu uma edição nacional primorosa e completa da Fox/MGM, com dois discos, a sorte de O Exterminador do Futuro 2 em DVD no Brasil não é das melhores. Em 2000 a Columbia lançou por aqui uma edição anêmica que nem trailer tinha, cujo maior mérito era a faixa de áudio em inglês Dolby Digital 5.1 do filme. Já lá no distante Primeiro Mundo a coisa era bem diferente. T2 já havia saído nos EUA em DVD em 1999, pela Artisan, como o primeiro de dupla camada lançado no mercado. Esta versão, sem qualquer extra, vídeo em letterbox e som DD 5.1, foi a base para a versão que a Columbia lançou aqui. Em 2001 a Artisan lançou nos EUA a edição Ultimate, um DVD-18 (de dupla camada nas duas faces) contendo três versões do filme: a original de 137 minutos, a versão estendida de 153 minutos e outra, de 156 minutos, escondida como easter egg. O vídeo é widescreen 2.35:1 Anamórfico, e o áudio em inglês, Dolby Digital 5.1 EX e DTS ES. Nos extras, podemos selecionar o comentário de nada menos do que 26 pessoas do elenco, ler o roteiro completo, ver 700 storyboards, assistir a 3 documentários - "The Making Of T2" (o mesmo incluído nesta edição da Universal), "T2: More Than Meets The Eye" e "T2: 3D: Breaking The Screen Barrier", além de duas cenas eliminadas e trailers. Esta edição Ultimate também foi lançada na Europa (pela Studio Canal), em três discos PAL. O conteúdo é idêntico à edição norte-americana, havendo somente redução na duração das versões do filme, já que no sistema PAL o filme passa a 25 fps (frames per second, ou quadros por segundo), enquanto o NTSC, que utiliza 30 fps, através de uma duplicação de frames acaba por equivaler aos 24 quadros por segundo do cinema. Na Austrália, que também é Região 4 (e utiliza o mesmo sistema PAL), esta versão foi lançada pela Universal contendo apenas a versão estendida do filme. Posteriormente, em 2003, a Artisan lançou nos EUA a edição Extreme de T2, com dois discos contendo a versão de cinema e a estendida, novos extras e uma versão do filme em alta definição, que só pode ser assistida em computadores de última geração. O áudio é DD 5.1 EX.

Bom, tive de escrever tudo isso para, finalmente, chegar a esta “edição especial” que a Universal lançou agora no Brasil. Que, se considerada isoladamente e em função do preço de lançamento (R$ 29,90), é uma opção atraente para os fãs do filme. Contudo, se comparada com as edições primorosas disponíveis lá fora, e considerando algumas características no mínimo estranhas deste lançamento, a coisa muda de figura. A capa do DVD é praticamente a mesma do antigo DVD da Columbia, distinguindo-se dele principalmente pelos dizeres “2 Discos Edição Especial”. Os menus animados, retirados da edição Ultimate, são promissores. Mas o estranho, para não dizer bizarro, começa quando entramos no menu de seleção de idiomas. Talvez para facilitar a vida dos neófitos em DVD, a Universal unificou a configuração de áudio/legendas em três opções: Inglês (DD 5.1) com legendas em português, Inglês (DD 5.1) com legendas em espanhol, e português sem legendas (é uma nova dublagem em DD 5.1). Como não é possível alterar áudio ou legendas durante o filme, via controle remoto, quem por acaso quiser assistir ao filme no idioma original, sem legenda alguma, não poderá fazê-lo. Para assistir ao filme sem legendas, só optando pelo áudio em português! Antes de prosseguir, gostaria de registrar que, como seria de se esperar, o áudio DD 5.1 de T2 é excelente. Foi o primeiro filme que teve uma trilha de áudio inteiramente gravada digitalmente, e a força de seus graves ainda surpreende. Agora, porque o áudio não é DD 5.1 EX, como nos equivalentes do exterior? E o áudio DTS?

Continuando: o disco 1 contém apenas a versão já exibida nos cinemas, que corresponde à de 137 minutos da edição Ultimate. Detalhe: no DVD nacional o filme tem apenas 131 minutos de duração, sem que tenha sido eliminada qualquer cena. Como isso é possível? Bom, aqui temos outra característica bizarra, detectada pela primeira vez pelo leitor “Percebe”, no fórum do DVD Magazine no Orkut: o DVD nacional, que como os demais lançados por aqui é NTSC por padrão, possui uma versão do filme que tem a mesma duração da versão standard lançada na Europa, em PAL. A única explicação possível para isso é que a Universal utilizou uma master PAL (provavelmente extraída do Ultimate europeu), e quando da reconversão para NTSC o tempo de duração de 131 minutos, obviamente, não voltou aos 137 minutos normais. O resultado prático disso na tela, em termos de aceleração, é quase imperceptível: a maior parte dos espectadores apenas notaria o aumento de frames por segundo se, ao lado, estivesse assistindo também à versão NTSC, que terminaria seis minutos após a versão PAL. Mas por outro lado, em termos de qualidade do vídeo, receio que tenha havido outros prejuízos.A imagem desta transferência, para mim, é um pouco embaçada, e as cores me parecem um tanto esmaecidas - e isso, desconfio seriamente, é decorrente dessa conversão/reconversão de sistemas PAL e NTSC.

Ao final, só posso concluir que a Universal perdeu uma grande chance de lançar uma edição decente de T2 no Brasil. Porque não utilizou na íntegra uma das versões Ultimate lançadas na Europa e na Austrália? Simplesmente porque o DVD nacional teria de ser barato? Mesmo que esse fosse o caso, quero lembrar que a Buena Vista lançou aqui, pelos mesmos R$ 29,90, um DVD duplo de Piratas do Caribe superior a este T2 em todos os aspectos - som, imagem e abundantes extras. É lamentável que uma distribuidora que começou suas atividades no Brasil com lançamentos exemplares esteja comprometendo sua imagem (desculpem o trocadilho...) com uma série de DVDs desleixados da Studio Canal.

Menus
Resenha publicada em 03/09/2004
Por Jorge Saldanha

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