O FANTASMA DA ÓPERA (The Phantom of the Opera)

 

Com Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Minnie Driver

 

Diretor

Duração

Produção

Joel Schumacher

141 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Musical

Universal

28/07/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

"Depois de décadas de sucesso nos palcos, chega às telas de cinema O FANTASMA DA ÓPERA, uma história clássica contada com os mais modernos efeitos visuais. O belíssimo Teatro de Paris é o lugar perfeito para um ´Fantasma' (Gerard Butler) se refugiar. Gênio da música desfigurado, ele encontra na ingênua Christine Daaé (Emmy Rossum) a cantora ideal para alcançar as suas próprias aspirações. Quando a temperamental La Carlotta (Minnie Driver) abandona os ensaios do espetáculo pouco antes da estréia, resta aos novos gerentes do teatro escalar Christine para o papel principal. Na noite da estréia, o Fantasma assiste ao début de sua protegida de camarote. Mas ele não é o único a ser seduzido pelos encantos da jovem. O Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), um ex-namorado de infância de Christine, a reencontra. Com o coração dividido entre seus dois ‘pretendentes’, a moça acaba despertando a ira do Fantasma, cujo ciúme violento e obsessivo coloca em risco a vida de qualquer um que ouse entrar no Teatro de Paris."

Comentários

Falando em direção de arte e cia., vem o caso desta adaptação do famoso musical. Nunca fui admirador do show de Andrew Lloyd Webber, que sempre me pareceu um pastiche ridículo de operetas e grand guignol. Mas o público costuma lotar os teatros (aliás, o musical está sendo montado no Brasil para estrear em abril). Webber foi quem produziu e supervisionou o filme, que ficou sob a direção de Joel Schumacher, que depois de duas fitas de Batman (universalmente ridicularizadas) passou a fazer uns filmes violentos (para as quais descobriu Colin Farrell). Mas no fundo, não passa de um figurinista que acertou no cinema (essa era sua profissão original, e o carinho que tem pelos detalhes nas roupas ficam visíveis no filme. O problema é que, como bom americano, não tem mais noção de bom ou mau-gosto).

Enquanto tudo é mostrado dentro do Teatro de Ópera Popular, o filme parece rico e suntuoso. Mas logo depois cai no kitch, no cafona, no grotesco, como na câmara-leito do Phantom [será que ele quis copiar o filme do Visconti (Ludwig), já que em outra cena de delírio ele não tem vergonha de imitar descaradamente A Bela e a Fera, de Jean Cocteau, com os braços segurando candelabros!].

A história, se é que alguém ainda não conhece, é sobre uma jovem cantora, Christine, que ficou órfã e foi criada nos bastidores da ópera, protegida por um desconhecido que parece um fantasma e que ela pensa ser seu próprio pai. Mas é um compositor frustrado, que teve seu rosto deformado por um incêndio e que vive nos porões do lugar, assustando os donos. Quando uma primadonna (Minnie Driver, numa tentativa de ser alívio cômico, mas num papel pequeno demais para ser marcante) cria caso, Christine tem a chance de estrelar uma ópera e acaba sendo redescoberta pelo namorado de infância Raul, que por acaso é também visconde e benfeitor do lugar (aliás, toda a história é um longo flashback dele velho, relembrando o que sucedeu enquanto se faz um leilão das coisas que sobraram do incêndio da Ópera).

Schumacher acertou no mais difícil, encontrar uma boa menina que cantasse e convencesse como a heroína (Emmy Rossum, de O Dia Depois de Amanhã) ainda que por vezes a dublagem da fita pareça estranha, fora de sincronismo. O galã também é bom, ainda que esteja inexpressivo e prejudicado por um cabelo ridículo (Patrick Wilson, de Angels in America e Alamo). O problema mesmo é ter errado tão feio na escolha do Phantom, chamando um ator escocês pouco conhecido, chamado Gerald Butler (que fez Timeline e o primeiro Lara Croft), que não canta bem, não é bom intérprete e não tem qualquer carisma. Não puxam para o terror e nem conseguem realçar o lado romântico.

Ah, um detalhe importante: o clímax, do candelabro que cai, que na peça me parece ser no final do primeiro ato, agora é no final do filme. Outro problema: com muitos efeitos digitais, o filme lembra bastante Moulin Rouge, só que sem a invenção e criatividade daquele. Acaba ficando cafona, aborrecido, medíocre. Não fez fazendo sucesso de bilheteria e dá para entender porquê. Mas pode pegou três indicação ao Oscar, um dos motivos pelos arranjos musicais vibrantes (onde parecem usar, no mínimo, o dobro dos músicos do palco). (Rubens Ewald Filho, na coluna Cinemania, em 20 de janeiro de 2005)

Extras

- Por Trás da Máscara: um making of com 15 minutos mostrando o tradicional: cenas de bastidores, entrevistas, cenografia, figurinos etc. Mostra algumas curiosidades, como a de que o filme era para ter sido realizado com Michael Crowford e Sarah Brightman. Interessante e bem produzido.

- A Música de "O Fantasma da Ópera": com quase 18 minutos, este featrette trás uma abordagem mais técnica sobre a música composta por Webber e suas motivações cênicas, com depoimentos de John Snelson, Musicólogo e Michael Coveney, Crítico de Teatro. Não vai agradar ao grande público, é chato para quem não se interessa pelo assunto.

- Videoclipes: são 4, o mais interessante é que em nenhum deles se tem as presenças do elenco do filme, em três deles os protagonistas são Michael Crowford e Sarah Brightman.

Há a boa possibilidade de se assistir a todos os extras de uma só vez, num total de 50 minutos. Todos estão legendados, em 2 canais e em wide.

Críticas ao DVD

Produção caprichada, numa edição razoável em DVD. Claro que o destaque vai para a parte técnica, ou seja, um áudio com uma boa divisão nos seus 5.1 canais (não há a desnecessária, neste caso, dublagem em português) e a imagem perfeita, limpa, ressaltando a ótima fotografia do filme. Para os mais exigentes, falta uma oportuna trilha em DTS. Os menus são bem produzidos, mas os extras, deixam um pouco a desejar. Como pode ser que um dos extras mais interessantes é um videoclipe com uma dupla de atores que não é a protagonista do próprio filme? E sem maiores explicações. Daí se nota que há algo de errado. E como exste uma versão dupla nos EUA, tem cheiro de um relançamento "especial". Mas para os grandes (e inúmeros) fãs da música e para os que não puderam assistir o espetáculo (original) na Broadway e nem assistir a versão brasileira em São Paulo, acaba sendo uma boa pedida. Mas que dá saudade de grandes musicais do cinema, isso dá.

Menus
Resenha publicada em 10/08/2005
Por REF (filme) e Edinho Pasquale

Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.