A FANTÁSTICA VIAGEM (Fantastic Voyage)

 

Com: Rachel Welch, Stephen Boyd, Edmond O´Briem, Denald Pleasance, Arthur O'Connell, William Redfield, Arthur Kennedy

 

Diretor

Duração

Produção

Richard Fleischer

100 minutos

1966. EUA.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

ficção científica

FOX HOME VIDEO

outubro/2001

Cotação:

Sinopse

Esta ficção científica sobre o "espaço interior, uma das mais interessantes já concebidas, acompanha uma equipe de cientistas (Stephen Boyd, Raquel Welch, Edmond O´Briem, Denald Pleasance, Arthur O'Connell, William Redfield, Arthur Kennedy) em uma viagem submarina através do corpo humano em direção ao cérebro para a realização de uma delicada operação. Para combater os organismos sabotadores, a equipe é miniaturizada antes de iniciar esta aventura fantástica.

Comentários Sobre o Filme

Poucos se lembram ou tiveram notícia de um filme lançado no ano de 1966, que se não teve o embasamento técnico ou os recursos de "2001, uma odisséia no espaço", apresentou um tema inovador, sobre a exploração do interior do corpo humano. Esse filme, que teria uma refilmagem no anos oitenta, foi "A fantástica viagem".

A história foi absolutamente inovadora na época: um dissidente político consegue escapar ( provavelmente da União Soviética, já que a época de era de plena Guerra Fria) mas sofre um atentado e entra em coma. Graças a um projeto ultra-secreto dos Estados Unidos, uma equipe é selecionada para ser miniaturizada e injetada no corpo do dissidente, a fim de reparar o dano no cérebro do cientista.

Bem de acordo com a paranóia da época, suspeitava-se de um traidor no grupo. Por isso, Grant ( Stephen Boyd), o agente da CIA que trouxera o dissidente, vai junto com o grupo. O pequeno submarino em que estão é reduzido ao tamanho de um micróbio e injetado numa veia do cientista. O resto do grupo é formado por um comandante da marinha, dois neuro-cirurgiões e a assistente de um deles, Cora, vivida pela linda Rachel Welch ainda em início de carreira.

A viagem prossegue por várias partes do corpo humano, com as dificuldades inerentes de um filme do gênero. A suspeita do sabotador fica evidente quando ocorrem tentativas de assassinato de membros do grupo e danos no equipamento para operar o paciente. O clímax ocorre em pleno cérebro, quando a equipe está dividida entre salvar as próprias vidas ou a do paciente, ao mesmo tempo em que luta contra o sabotador.

O problema de todo filme que depende de tecnologia é que esta "envelhece". Os efeitos especiais, surpreendentes para a época, hoje parecem primários se comparados ao que qualquer garoto de escola faz num PC. A trilha sonora, apesar de muito bem integrada à ação, apoia-se fortemente no uso de sintetizadores eletrônicos, novidade na época.

O elenco era formado por grandes atores, o que mostra como o filme foi levado a sério. Stephen Boyd já era famoso por seu papel de Messala, na megaprodução "Ben-Hur" de 1959. Donald Pleasence já era um conhecido vilão das telas e William Redfield e Arthur Kennedy, já atores veteranos, reforçavam o elenco de apoio. Novata mesmo, só a bela Rachel Welch, que explodiria em seu próximo filme, "Um milhão de anos AC". Além de uma carreira brilhante como estrela de cinema, Rachel viria a ser uma das primeiras a vender as fitas de exercícios.

O curioso deste filme é que depois de ter sido lançado, foi encomendado ao grande autor de ficção Isaac Asimov transformar o roteiro em livro, que saiu com o mesmo título. Aceitando o encargo, Asimov manteve-se fiel ao roteiro original, tendo o cuidado de corrigir as incoerências científicas. Contudo, o fato de não ser uma obra sua o incomodava. Em 1987, explorou o tema já com uma visão totalmente sua, que denominou "Viagem fantástica II - Rumo ao cérebro". Nesse mesmo ano, foi lançado o filme "Viagem insólita", como Dennis Quaid e Meg Ryan, na mesma temática.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (Dolby Digital 2.0) e Português e Espanhol (Mono).)
Português, Espanhol e Inglês.
Extras

- trailer

Críticas ao DVD

O DVD poderia ter sido um pouco melhor, pois o áudio veio em inglês estéreo e português e espanhol mono. Mas, pelo menos o formato de tela foi mantido no widescreen original. As legendas estão disponíveis em português, espanhol e inglês. Como extras, apenas trailer de cinema.

Apesar da produção não ter o requinte dos efeitos técnicos dos filmes atuais, "A fantástica viagem" é um filme curioso para se ver, pelo pioneirismo dos efeitos e pela abordagem com forte influência da Guerra Fria. Confiram.

Resenha publicada em 02/09/2003
Por Newton Ramalho Júnior

 



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