Com Nino Manfredi, Francesco Anniballi, Maria Bosco, Giselda
Castrini, Alfredo D'Ippolito, Giancarlo Fanelli, Marina
Fasoli, Ettore Garofolo, Marco Marsili, Franco Merli
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113 minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0)
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Português
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Sinopse
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"Feios, Sujos e Malvados é uma das obras-primas
do cineasta Ettore Scola (Um Dia Muito Especial).
Nesta Edição Especial, o filme é apresentado
em versão restaurada e remasterizada no formato
widescreen anamórfico. Giacinto (Nino Manfredi
em grande atuação) mora com a esposa,
os dez filhos e vários parentes, num barraco
de uma favela de Roma. Todos querem roubar o dinheiro
que ele ganhou do seguro, por ter perdido um olho
quando trabalhava. A situação fica
ainda pior quando ele decide levar uma amante para
dentro de casa. Feios, Sujos e Malvados é uma
comédia social corrosiva, em que Scola dialoga,
de maneira brilhante, com Accattone - Desajuste
Social,
de Pasolini."
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Comentários
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Nas imagens iniciais de Feios, sujos e malvados (Brutti,
sporchi e cattivi; 1976) um movimento de câmara
na escuridão vai lenta e precariamente revelar-nos
um amontoado de seres humanos pertencente a uma família
que vive em sub-habitação nas redondezas
de Roma; o cenário da favela italiana é duro
e rude como qualquer ambientação de
miséria em qualquer parte do mundo. Mas a
depuração estilística da filmagem
confere uma inusitada dignidade estética à miséria.
No fim do filme um novo movimento de câmara
que forma um plano-seqüência vai transitar
pelo mesmo cenário reconstruído e com
as mesmas personagens; mas esta cena final substitui
o escuro do início por uma claridade que melhor
permite identificar quem está diante da objetiva.
Entre a quase ausência de vista que abre a
narrativa e os refletores claros que desabrocham
na conclusão desta comédia negra, o
filme mostra ao espectador o caminho do entendimento
social: do breu à iluminação
de cena.
Na
verdade, Feios, sujos e malvados, visto em seu tempo
entre obras-primas como Nós que nos
amávamos tanto (1974) e Um
dia muito especial (1977), não parecia assim tão importante;
mas os anos se encarregaram de dar-lhe a estatura
merecida. Sua visão claustrofóbica,
cruel, sarcástica da promiscuidade da miséria
num cortiço romano tem o frescor da melhor
fase do cineasta italiano Ettore Scola, cujo academicismo
de filmar nos anos 90 do século XX parece
ter colocado seu cinema num beco sem saída.
Feios,
sujos e malvados está perfeitamente
inserido dentro das características da obra
de Scola, cuja vertente neo-realista foi transformada
pelas inquietações políticas
e sociais da década do século passado.
Certo: a miséria é estilizada por Scola,
há uma super-elaboração formal
que se reflete inclusive na interpretação
de Nino Manfredi, cuja atuação é uma
daquelas peças de antologia que só os
antigos e grandes atores italianos logravam dispor
diante das câmaras. Mas Feios, sujos
e malvados se adianta a seus próprios defeitos para interessar
vivamente ao espectador graças à mestria
de Scola, que domina os espaços cênicos
como poucos. (Eron Fagundes)
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Extras
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- Trailer de Cinema.
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Vida e Obra de Ettore Scola: bom texto sobre o diretor
com sua filmografia completa.
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Biografia de Nino Manfredi: idem ao anterior.
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Ficha Técnica do DVD.
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Críticas
ao DVD
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Uma obra-prima do cinema italiano, premiado em Cannes
em 1976 (Melhor Direção), tem uma ótima
versão em DVD, com uma boa restauração
e digitalização, com boa definição
de cores, mantendo o formato original do filme quando
da exibição nos cinemas. O áudio
também está correto, apenas na língua
original. O Menu inicial é animado e interessante,
os extras, mínimos. É um DVD obrigatório
para cinéfilos e quem quer conhecer um pouco
mais da história do cinema italiano e mundial.
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Menus
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Resenha
publicada em
09/03/2005
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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