FEIOS, SUJOS E MALVADOS (Brutti, Sporchi e Cattivi)

 

Com Nino Manfredi, Francesco Anniballi, Maria Bosco, Giselda Castrini, Alfredo D'Ippolito, Giancarlo Fanelli, Marina Fasoli, Ettore Garofolo, Marco Marsili, Franco Merli

 

Diretor

Duração

Produção

Ettore Scola

113 minutos

1976, Itália

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia, Clássico

Versátil

14/02/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Italiano (DD 2.0)
Português

Sinopse

"Feios, Sujos e Malvados é uma das obras-primas do cineasta Ettore Scola (Um Dia Muito Especial). Nesta Edição Especial, o filme é apresentado em versão restaurada e remasterizada no formato widescreen anamórfico. Giacinto (Nino Manfredi em grande atuação) mora com a esposa, os dez filhos e vários parentes, num barraco de uma favela de Roma. Todos querem roubar o dinheiro que ele ganhou do seguro, por ter perdido um olho quando trabalhava. A situação fica ainda pior quando ele decide levar uma amante para dentro de casa. Feios, Sujos e Malvados é uma comédia social corrosiva, em que Scola dialoga, de maneira brilhante, com Accattone - Desajuste Social, de Pasolini."

Comentários

Nas imagens iniciais de Feios, sujos e malvados (Brutti, sporchi e cattivi; 1976) um movimento de câmara na escuridão vai lenta e precariamente revelar-nos um amontoado de seres humanos pertencente a uma família que vive em sub-habitação nas redondezas de Roma; o cenário da favela italiana é duro e rude como qualquer ambientação de miséria em qualquer parte do mundo. Mas a depuração estilística da filmagem confere uma inusitada dignidade estética à miséria. No fim do filme um novo movimento de câmara que forma um plano-seqüência vai transitar pelo mesmo cenário reconstruído e com as mesmas personagens; mas esta cena final substitui o escuro do início por uma claridade que melhor permite identificar quem está diante da objetiva. Entre a quase ausência de vista que abre a narrativa e os refletores claros que desabrocham na conclusão desta comédia negra, o filme mostra ao espectador o caminho do entendimento social: do breu à iluminação de cena.

Na verdade, Feios, sujos e malvados, visto em seu tempo entre obras-primas como Nós que nos amávamos tanto (1974) e Um dia muito especial (1977), não parecia assim tão importante; mas os anos se encarregaram de dar-lhe a estatura merecida. Sua visão claustrofóbica, cruel, sarcástica da promiscuidade da miséria num cortiço romano tem o frescor da melhor fase do cineasta italiano Ettore Scola, cujo academicismo de filmar nos anos 90 do século XX parece ter colocado seu cinema num beco sem saída.

Feios, sujos e malvados está perfeitamente inserido dentro das características da obra de Scola, cuja vertente neo-realista foi transformada pelas inquietações políticas e sociais da década do século passado. Certo: a miséria é estilizada por Scola, há uma super-elaboração formal que se reflete inclusive na interpretação de Nino Manfredi, cuja atuação é uma daquelas peças de antologia que só os antigos e grandes atores italianos logravam dispor diante das câmaras. Mas Feios, sujos e malvados se adianta a seus próprios defeitos para interessar vivamente ao espectador graças à mestria de Scola, que domina os espaços cênicos como poucos. (Eron Fagundes)

Extras

- Trailer de Cinema.

- Vida e Obra de Ettore Scola: bom texto sobre o diretor com sua filmografia completa.

- Biografia de Nino Manfredi: idem ao anterior.

- Ficha Técnica do DVD.

Críticas ao DVD

Uma obra-prima do cinema italiano, premiado em Cannes em 1976 (Melhor Direção), tem uma ótima versão em DVD, com uma boa restauração e digitalização, com boa definição de cores, mantendo o formato original do filme quando da exibição nos cinemas. O áudio também está correto, apenas na língua original. O Menu inicial é animado e interessante, os extras, mínimos. É um DVD obrigatório para cinéfilos e quem quer conhecer um pouco mais da história do cinema italiano e mundial.

Menus
Resenha publicada em 09/03/2005
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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