Com
Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée,
Sandra Milo, Rossella Falk |
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145 minutos
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Sinopse
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Vencedor
do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Fellini 8 ½ é apresentado,
pela primeira vez no Brasil, em magnífica
versão restaurada e remasterizada no formato
widescreen anamórfico. A maior das obras-primas
de Fellini conta a história de Guido (Marcello
Mastroianni), um cineasta em crise de inspiração,
que não consegue encontrar a idéia
para seu próximo filme. Durante uma temporada
de férias, é assombrado por sonhos
e recordações de passagens marcantes
de sua vida. A fotografia deslumbrante, a célebre
música de Nino Rota, o tom autobiográfico
do roteiro... Tudo no filme funciona à perfeição.
Nunca se fez uma obra tão genial sobre o processo
de crição no cinema.
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Comentários
Sobre o Filme
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Fellini
oito e meio (1963) é um dos marcos diferenciais
na carreira do grande cineasta italiano; se em A
doce vida (1960) o realizador articulava palavras
e símbolos num estilo exasperado mas realista,
em Oito e meio tudo é fantástico, imaginoso,
desde a forma como se aglomeram as seqüências
(um barroco documentário da memória)
até o conteúdo interno das imagens,
uma intensa mistura de faces curiosas, interessantes,
uma fauna que encontraria seu ponto talvez mais desequilibrado
no filme seguinte de Fellini, o alucinado Julieta
dos espíritos. A doce vida é um arrojo
de roteiro e linguagem; Oito e meio é uma
ousadia formal, um ponto em que Fellini começou
a libertar-se do envolvimento dramático mais
tradicional, construindo obras libertinas em sua
estrutura até chegar ao vão documental
e sóbrio de Amarcord (1973).
Diferentemente
de Amarcord, outra escavação
da memória do mais autobiográfico diretor
de cinema, Oito e meio apela inteiramente para a
fantasia, não se preocupando com juntar o
real ao mágico sem mutilar o filme (algo que
ocorreria em Amarcord). Oito e meio é magia
pura, um exercício de arte onde novamente
encontramos as obsessões de Federico Fellini
e novamente topamos com sua surpreendente capacidade
de renovação.
Realização extremamente coletiva, como
costumam ser os trabalhos do cineasta a partir dos
anos 60, Oito e meio faz desfilar diante das câmaras
inquietas de Fellini uma série de personagens
estranhas e situações insólitas
que acabam por transformar o protagonista Guido Anselmi
e seus dilemas pessoais num débil ponto de
união entre os fragmentos da história.
Assim voltaria a ocorrer em Julieta dos espíritos com a burguesa Julieta, em Amarcord com o moço
Titã, em Casanova de Fellini com o amante
insuperável; e tal não ocorreria bem
assim com o jornalista Marcelo em A doce
vida, pois
a sociedade aí seria um “anagrama” explicativo
dos conflitos psicológicos da personagem.
Basicamente,
Federico Fellini conta em Oito e meio a história do cineasta Guido Anselmi, inquieto
diante da perspectiva dum novo filme sem assunto
e atravessando uma profunda crise de saúde
que o leva a um sanatório onde o realizador
investiga longamente com os recursos de sua poesia
cinematográfica a fauna humana que o diverte
e intriga. Segundo o romancista brasileiro Ignácio
de Loyola Brandão, Oito e meio é seu
filme, aquele universo cinematográfico em
que ele gostaria de ter nascido, crescido, vivido,
dali nunca ter saído. A obra-prima de Fellini
merece tais alturas, pois trata-se de um dos mais
inovadores filmes da história do cinema.
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0)
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Português
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Extras
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"Fellini, Um Auto Retrato": um docomentário imperdível,
pois mostra toda uma fase de Felinni, com entrevistas
onde ele ralata fárias curiosidades, diz o que é
fazer cinema e mostra várias cenas de bastidores,
principalmente dos filmes A Doce Vida, Julieta dos
Espíritos e Satyricon. Acompanha ainda a ida dele
a uma das cerimônia do Oscar, um encontro ele e Ingmar
Bergman, enfim, imperdível, pois é um documento histórico
feito na época talvez do auge deste grande diretor.
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Federico Fala sobre Marcello: 5 páginas de texto
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Galeria de Fotos & Posteres: 29 fotos
de bastidores (muito interessantes) e 10 pôsteres.
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Uma Palavra do Diretor: um texto com 10 páginas
onde ele explica o que quis mostrar em "8 e Meio".
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Biografias: de Marcello Mastorianni (21 páginas),
de Felinni (13), Claudia Cardinalli (19) e de Anouk Aimée
(15). Bem informativas. |
Críticas
ao DVD
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Esta
Edição de Colecionador está com uma imagem muito
boa, mantendo o formato original do cinema em Widescreen.
O áudio está bom, obviamente não dá para comparar
com as superproduções de hoje em dia. Mas o filme
não precisa disto.
Os
menus estão bem realizados, sem exageros. Os extras,
de bom tamanho para um filme clássico e não hollywoodiano,
onde tudo seria mais fácil. O documentário existente
já satisfaz os cinéfilos. As fotos não são apenas
imagens congeladas do filme, os textos são explicativos.
A
embalagem, protegida por uma luva, está correta e
coerente.
Um
DVD obrigatório para quem gosta de cinema, numa das
melhores obras de um genial cineasta.
Este
DVD foi gentilmente cedido pela Versátil. |
Menus
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Resenha
publicada em 22/09/2003 |
Por
Eron Fagundes e Edinho Pasquale
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Seu comentário
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