Com: Robert
De Niro, Al Pacino, Val Kilmer, Jon Voight, Tom Sizemore,
Ashley Judd, Ted Levine, William Fichtner, Natalie
Portman |
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Neil McCauley
(Robert De Niro) é um dos maiores profissionais
do crime que passou muitos anos na cadeia e está determinado
a nunca mais voltar. Nesta carreira de crimes McCauley
leva uma vida solitária e não se apega
a nada que não possa largar em apenas 30 segundos.
Ele, seu braço direito, Chris Shiherlis (Val
Kilmer) e o resto da gangue estão realizando
uma série de roubos altamente planejados em
Los Angeles. Vincent Hanna (Al Pacino) é totalmente
apaixonado por seu trabalho no Departamento de Roubos
e Homicídeos da Polícia de Los Angeles
a ponto de prejudicar sua vida particular e seu casamento,
que está em declínio. Neil McCauley
e Vincent Hanna são os melhores no que fazem
e agora seus caminhos se cruzaram.
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Tenho um
carinho especial pelo filme porque assisti numa confortável
sala de cinema do próprio grupo WARNER em Londres,
fevereiro de 1996. Além disso, é um ótimo filme policial,
diferente do padrão Hollywood de fazê-los, porque
não se perde apenas na ação, considerando - e muito
- o lado 'pessoal' dos ditos mocinhos e bandidos.
Explico: enquanto o chefe do Dept. de Homicídios
(Al PACINO) sofre com o seu terceiro casamento, o
público assiste à solidão do cabeça da gangue de
assaltantes, representado por De NIRO. Das produções
das quais estamos acostumados, no máximo temos contato
com as peculiaridades do tira, seja FBI, CIA ou polícia
local mesmo. Em FOGO
CONTRA FOGO não há distinção. O diretor faz questão
de demonstrar que seus protagonistas são iguais,
apenas distinguindo-os pela opção que tomaram ao
confrontar ou defender a lei. E talvez isto tenha
frustado maiores expectativas comerciais do filme
que reunia pela segunda vez PACINO e De NIRO (a primeira
foi em O PODEROSO CHEFÃO III) no mesmo título. Pode ser
que o filme seja muito longo como os últimos do diretor
Michael MANN, O INFORMANTE (1999) e ALI (2001) -
quase 3 horas - mas a ação e o suspense intercalados
com as imagens 'poéticas' e demoradas não chega a
ser o empecilho e a razão do desastre nas bilheterias.
Há cenas forçadas, como o tão esperado encontro dos
dois astros, entre outras passagens rápidas e que
comprometem a continuidade do roteiro. Mas não seria
exagerado considerar este filme como um pequeno épico
do gênero policial. Dificilmente, encontraremos em
outro um elenco tão estrelar. A seqüência do roubo
no Banco também será dificilmente superada. Realmente,
imperdível! Por fim,
como se diz que a arte imita a realidade (ou vice-versa),
em 2002, na serra gaúcha, ocorreu um roubo de um
carro-forte muito parecido com o do filme: um caminhão
o tirou para fora da estrada e os ladrões que estavam
em outros veículos aproximaram-se do carro-forte
e abriram fogo até que os seguranças renderam-se.
Foi um roubo perfeito. |