Com
Aldo Fabrizi e Frades Franciscanos
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85
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0 mono)
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Português
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Sinopse
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"Pela primeira vez no Brasil, Francisco,
Arauto de Deus traz a visão genial
de Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta) sobre
a vida de São
Francisco de Assis. Eleito pelo Vaticano como um
dos melhores filmes religiosos de todos os tempos, é apresentado
em versão restaurada e remasterizada. Num
registro intimista que prima pela simplicidade, Rossellini
mostra a beleza dos ensinamentos de São Francisco
e seus irmãos, da época em que voltam
de Roma, após terem recebido do Papa o reconhecimento
da Ordem, até o momento em que se espalham
pelo mundo para pregar a palavra de Deus.
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Comentários
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Francisco, o arauto de Deus (Francesco, giullare
di Dio; 1950), do italiano Roberto Rossellini, gerou
O evangelho segundo São Mateus (1964), do
também italiano Pier Paolo Pasolini, mas sua
visão cinematográfica da vida de São
Francisco de Assis difere bastante daquela apresentada
por outro italiano, Franco Zeffirelli, em Irmão
Sol, irmã Lua (1973). O filme de Rossellini,
como o de Pasolini, exacerba na utilização
de atores amadores que recitam desdramaticamente
os diálogos, expõe-se à aridez
dos cenários e da fotografia, articula um
rigoroso controle do plano cinematográfico
e da movimentação cênica; em
suma, um despojamento extremado. Com Zeffirelli as
coisas são diferentes: há opulência
de cores e uma preocupação com o espetáculo
que o realismo documental de Rossellini despreza
(algo que ele passou a seu conturbado discípulo
Pasolini).
Rossellini
sempre foi um homem de cinema profundamente cristão; a figura do padre em Roma,
cidade aberta (1945) e em Era noite
em Roma (1960) dá o
tom da profundidade de sua fé. Um ano depois
de sua cinebiografia de São Francisco o cineasta
rodava Europa 51 (1952), um dos mais amargos retratos
da santidade duma mulher perdida num mundo absurdo
e de vícios; sua contemplação
fílmica duma figura sacro-histórica
em Joana d’Arc de Rossellini (1954) deve ser
evocada com justiça. Neste contexto, Francisco,
o arauto de Deus é outra bela amostra de seu
cinema rigorosamente estético e religioso:
apesar de estar falando de um mito do cristianismo, é como
se Rossellini estivesse rodando um semidocumentário
de pescadores, assim como o fizera em Stromboli,
terra de Deus (1949), o filme que marcou sua união
nada santa com a atriz sueca Ingrid Bergman.
A
harmonia de sentimentos e vozes que perpassam Francisco,
o arauto de Deus é encantatória. Mesmo
tratando-se duma obra menos citada numa filmografia
tão notável, o filme revela-se algo
alentador para ser descoberto pelo cinéfilo
que não se contenta com a feijoada sem tempero
que é o cinema de sempre: vamos a esta peculiar
massa italiana servida por Rossellini. (Eron Fagundes)
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Extras
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- A Vida de São Francisco de Assis: biografia
de São Francisco (8 páginas de textos).
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Os Melhores Filmes Segundo o Vaticano: interessante
texto com 22 páginas mostrando os filmes
aconselhados pela instituição, divididos
em três blocos: arte, religião e valores,
com um breve texto elucidativo.
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Vida e Obra de Rossellini: 18 páginas
de textos, com uma boa biografia do diretor, com
sua filmografia completa.
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Ficha Técnica do DVD.
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Críticas
ao DVD
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Uma obra menos conhecida do consagrado diretor Rossellini,
uma ótima iniciativa da Versátil, que
vem nos brindando com filmes muito difíceis
de serem encontrados, vistos ou revistos. Em DVD,
o filme está com uma boa qualidade técnica
de imagem e som, menus simples e apenas alguns, embora
bons, textos como extras. Mas mais uma vez acaba
sendo um DVD obrigatório para se conhecer
a história do cinema italiano, em particular,
de Roberto Rossellini. Pra cinéfilo e estudiosos
sobre o tema se deliciarem.
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Menus
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Resenha
publicada em
09/03/2005
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Por
Eron Fagundes (filme)
e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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