Como
mulher posso dizer que Frida foi uma figura que serve
de modelo para vermos o quanto somos fortes.
A
fita retrata exatamente a vida de uma mulher que
conseguiu revolucionar uma época (décadas
de 20 e 30) em que a figura feminina era apenas a
de uma dona de casa que tinha que ficar cuidando
dos filhos e esperando o marido ao fim do dia. Frida
era o contrário, logo depois que sofreu o
acidente e ficou meses de cama para se recuperar,
teve que arrumar um trabalho para ajudar seus pais,
que haviam gasto muito dinheiro em seus inúmeros
tratamentos e operações. Com isso a
artista começou a retratar seu corpo, sua
família pintando quadros (a maioria pesados
por retratarem momentos negativos da vida de Frida),
mas que anos mais tarde a tornaram uma artista reconhecida.
Ao
lado de Digo Rivera (que quando conheceu Frida já era um pintor conhecido), ela viveu longos
25 anos, mesmo sabendo que o marido não seria
fiel, mas ela exigia pelo menos lealdade.
O
papel caiu como uma luva para Salma Hayek que interpreta
Frida, pois a atriz
que é mexicana disse que sempre foi fã da pintora e que há oito
anos estava tentando vender o projeto do filme.
Para
a direção do filme Salma convidou a
diretora Julie Taymor que como mulher ajudou mais
ainda para que o filme se realizasse de forma mais
tocante e sentimentalista.
Frida é um
filme que conseguiu mostrar a intensidade que a pintora
tinha da vida e de seu trabalho, e claro que muita
coisa pode ter sido diferente, (como
já li em algumas revistas que a vida dá pintora foi retratada
de forma muito artificial), mas como sabemos todo filme por mais verdadeiro
que
seja tem seu lado de ficção e, só pela interpretação
dos atores, o belo figurino e a ótima música mexicana, já vale
o filme.
Inclusive
Frida ganhou dois Oscar ®, de Melhor Trilha Sonora
composta por Elliot Goldenthal e de Figurino.
Destaque
para a música Burn Ut Blue, interpretada por Caetano Veloso e
Lila Dows.
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