GARFIELD - O FILME (Garfield The Movie)

 

Com as vozes originais de Bill Murray, Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky, Geoffrey Gould. Voz de Garfield na versão brasileira: Antônio Calloni

 

Diretor

Duração

Produção

Peter Hewitt

80 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia, Infantil

Fox

26/11/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Português, Espanhol (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

O gato mais famoso do mundo, Garfield (hilariamente dublado por Bill Murray na versão em inglês e por Antonio Calloni na versão em português) passa seu tempo dormindo, comendo lasanha e aprontando travessuras, até que seu dono Jon (Breckin Meyer) se apaixona por uma linda veterinária chamada Liz (Jennifer Love Hewitt). Ela convence Jon a adotar Odie, um filhote de cachorro adoravelmente tolinho, que imediatamente coloca a confortável vida de Garfield de pernas para o ar. Quando um malígno treinador de cães seqüestra Odie, Garfield tem que se levantar do sofá e comandar a heróica operação de resgate.

Comentários

Quando vi Garfield pela primeira vez, não o filme e sim as tirinhas de jornais americanos (no final dos anos 70, mas popularizadas no início dos anos 80) e logo em seguida em livrinhos de compilações, já aqui no Brasil, me encantei com aquele gato... Alguma identificação pessoal? Muitas. Vontade de fazer algumas das suas “atrocidades”? Idem com todos que conversava sentia a mesma empatia. Eu e o mundo... Afinal, convenhamos, por vezes é muito bom ser preguiçoso, sarcástico e comer uma lasanha... Isso sem falar na unanimidade mundial: odiar a segunda-feira. Por várias razões. Ela vem depois do domingo, um dia já chato por excelência exatamente por sabermos que a segunda existe. Bem, voltemos ao personagem. Jim Davis, seu criador, como é até mostrado nos extras deste DVD (vide abaixo) começou a desenhá-lo quase que de forma displicente, para depois dar a cara que todos conhecemos ao “ferino”. Quando pensávamos que a fórmula estava gasta, iam se introduzindo novos personagens.como O carteiro, a veterinária, o cão bobo (um personagem delicioso ainda nos quadrinhos). Fiquei apreensivo quando soube que aquele gato, que tinha pensamentos geniais, ia se transformar em carne e osso, ou melhor, “banha e carne”, via computação gráfica. Já havia visto o que fizeram com Scooby-doo (este um pouco mais antigo, mas devido ao mau roteiro acabou me decepcionando um pouco, melhor resolvido no segundo) e lá estava a dúvida: manter a fidelidade de ver o gato preferido (e um dos melhores personagens com animais fora a Disney) apenas no papel ou tentar assistir ao filme (preconceito? Talvez.). Relutei até adquirir o DVD. Assisti. E... claro que tenho prós e contras. Se sob a supervisão do criador Davis no início se mantém as histórias curtas, como se retiradas das tiras de jornal, sempre hilárias, o dito gato computadorizado assustava. Ora por parecer realista (algumas expressões, principalmente no olhar e caretas), ora por parecer artificial demais (nas cores, principalmente, pois logo no início as tiras ainda eram em preto-e-branco). E assim se foi até o seu final, mas acaba sendo irresistível, apesar de cair no lugar-comum (clichês), como o empresário malvado que quer o talento do desajeitado Odie na TV e Garfield tentará salvá-lo. O personagem (e suas boas interpretações com pessoas e cães reais) superam em parte as expectativas. Esqueçamos as tiras, concentremo-nos apenas no filme. Acaba sendo pura diversão. É para isso que ele foi feito, para que novas e “velhas” gerações (re)conheçam este delicioso sarcasmo e gozações com o nosso (adulto) dia-a-dia. E carisma suficiente para as crianças, que, mesmo não entendendo todas as piadas (algumas nem os próprios pais as entendem), gostem muito deste novo “coleguinha”. Só espero que não seja tarde demais, devido ao fantasma dos monstros japoneses que invadiram os quadrinhos. Se bem que muito antes já adorávamos National Kid... Mas no final, é como imaginarmos os personagense de "Os Simpsons" em carne e osso... o tempo dirá...

Extras

- Comentário em Áudio com o diretor Peter Hewitt e o Produtor John Davis (sem legenda): é inconcebível que os bons comentários, principalmente de Davis, o “criador”, não estejam legendados pra o grande público.

- Cenas Excluídas (legendadas): clipe com mais de 16 minutos com imagens prontas, apenas experimentais (sem a finalização da computação gráfica, onde até isto passa a ser interessante) ou de idéias que não entraram na edição final do filme. Algumas são hilárias, embora haja uma “confusão visual” devido ao excesso de informações na tela (pelo menos as falas são legendadas).

- Dois Jogos: para crianças, bem elaborados, intitulados “Encontre Odie no Labirinto” e “Momentos da Mixagem com Garfield”, bons para crianças. Com as explicações em Português.

- Featurette – Garfield – Dando Vida ao Gato: bem bacana mini-documentário (legendado, pois realmente deve interessar mais aos adultos) sobre os efeitos especiais e técnicas de computador e cinema utilizados para criar a “criatura”: Garfield virtual.

- Conteúdo Multiângulo: a história da criação, em desenhos de Davis, com boas explicações (legendadas) sobre a sua evolução, mostrada em dois interessantes ângulos (lembre-se: este é um dos bons e eficientes recursos da tecnologia do DVD!).

- Featurette da dublagem: finalmente um extra especialmente para o público brasileiro (áudio em Português), com os dubladores, por muitas vezes esquecidos, falando do prazer de se realiza tal tarefa. Garfield foi dublado pelo excelente ator Antônio Calloni, a “estrela” deste extra, com vários detalhes de bastidores e entrevistas com o ator.

- Gone Nutty: a Fox nos dá a oportunidade de rever o excelente curta de animação, criado por Carlos Saldanha, que concorreu ao Oscar® de 2004 com mais uma aventura dos personagens geniais de “A Era do Gelo”, com cerca de 5 minutos.

Críticas ao DVD

Este DVD tem o que há de melhor: um filme honesto, muito decente tecnicamente, com um áudio e imagens irrepreensíveis, menus simpáticos e extras de bom tamanho. E que, de quebra, tem um curta-metragem de Carlos Saldanha que concorreu ao Oscar® de 2004... Se o filme fosse especialmente espetacular, teria nora máxima, Mas como alguns detalhes, já explicados, deixam um pouco a desejar, dá pra se considerar que este DVD é praticamente imprescindível, porém QUASE que obrigatório. Mas sua aquisição ou locação jamais deixarão a desejar (Há sempre a ressalva da falta de créditos dos nossos heróicos dubladores, quando não são globais ou famosos, como a Disney o faz), Na minha opinião, vale se ter em casa. Seja para qualquer das faixas etárias mencionadas.

Menus
Resenha publicada em 31/01/2005
Por Edinho Pasquale

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