|
Com
Sarah Michelle Gellar, Clea DuVall, Bill Pullman, Jason
Behr, William Mapother, KaDee Strickland, Grace Zabriskie,
Rosa Blasi, Ted Raimi, Ryo Ishibashi, Yoko Maki, Yuya Ozeki,
Takako Fuji, Takashi Matsuyama, Hiroshi Matsunaga
|
|
|
|
|
|
|
|
98
minutos
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
|
|
|
|
|
|
|
Áudio
|
Legendas
|
Vídeo
|
Região
|

Inglês (DD 5.1 e DD 2.0), Português (DD 2.0)
|
Inglês, Português
|
|
|
Sinopse
|
|
Segundo uma lenda japonesa, o lugar onde alguém
morre tomado de sentimentos muito fortes como desespero
e raiva torna-se amaldiçoado, e uma energia
negativa passa a perseguir todos aqueles que entrarem
em contato com ele. Karen (Sarah Michelle Gellar),
uma assistente social norte-americana que participa
de um intercâmbio no Japão, é designada
para cuidar de uma senhora catatônica (Grace
Zabriskie) que mora numa casa onde, anos antes, ocorreram
terríveis assassinatos. Karen não tarda
a descobrir que espíritos violentos estão
na casa, e tenta resolver o mistério por trás
dos crimes. No entanto, a maldição
se manifesta e inicia-se uma cadeia de horror que
envolverá a todos que pisaram no local.
|
Comentários
|
|
O Grito é mais uma refilmagem norte-americana
de um filme de horror japonês, no caso Ju-On,
dirigido em 2003 por Takashi Shimizu (por sua vez,
baseado numa realização de Shimizu
feita em 2000 especialmente para vídeo). Mas
ele já leva vantagem sobre, por exemplo, O
Chamado, uma vez que Sam Raimi (Homem-Aranha), o
produtor da refilmagem, decidiu utilizar o diretor
do original, Shimizu, e inclusive a maior parte de
sua equipe. A trama do filme não é muito
complicada, trata-se na essência da velha história
de uma casa onde ocorreram fatos trágicos
e que agora está assombrada por fantasmas
em busca de vingança.
A
originalidade da coisa está, em primeiro lugar, pelo “toque
japonês”, que ao enfatizar a ambientação
e elementos sobrenaturais criados com o uso mínimo
de computação gráfica, proporciona
sustos genuínos no espectador. Também,
o filme é contado de forma não-linear,
o que lhe dá um ar mais intrigante, misterioso.
Para complementar, o Japão foi mantido como
palco da ação, o que ajuda a acentuar
o senso de isolamento dos personagens ocidentais.
O
elenco norte-americano, onde se destacam alguns
rostos conhecidos do cinema e da TV como Sarah Michelle
Gellar (Buffy, a Caça-Vampiros), Bill Pullman
(Independence Day) e Grace Zabriskie (Twin
Peaks) é um
atrativo à parte. No conjunto, de todas estas
refilmagens de filmes de terror japoneses, O
Grito foi a que mais me agradou – e assustou. A versão
do filme disponível neste lançamento
possui sete minutos de cenas adicionais (principalmente
diálogos), que se não fazem muita diferença,
também não prejudicam. É um ótimo
programa para os fãs do gênero.
|
|
Extras
|
|
Este lançamento, além de conter o material
bônus presente no DVD anterior de locação
(já comentado no DVD Magazine), traz a maior
parte dos extras da Versão do Diretor lançada
na Região 1. Infelizmente, ficaram de fora
os comentários de áudio disponíveis
nas versões lançadas pela Sony nos
EUA, com Sam Raimi, o diretor Shimizu e membros do
elenco e equipe. Mas vejamos o que esta Edição
Especial da Europa oferece:
Disco
1
O
material extra deste disco é apresentado
com áudio em inglês 2.0, legendas em
português e no formato de tela fullscreen - à exceção
de Fúria Poderosa: Os Bastidores de O
Grito,
que está no formato letterbox:
-
Biografias em texto - Rápidas biografias
do diretor Takashi Shimizu, do produtor Sam Raimi,
e de membros do elenco - Sarah Michelle Gellar, Bill
Pullman, Jason Behr, Clea Duvall e Gracie Zabriskie;
-
Bastidores – Tipo
de extra comum nos lançamentos
da distribuidora, são imagens gravadas nos
bastidores das filmagens. Curioso, mas em seus quase
20 minutos de duração não agrega
informações de fato relevantes sobre
a produção;
-
Entrevistas – Outro
extra presente em quase todos os lançamentos
da Europa. São
pequenos depoimentos dos atores sobre seus personagens,
o filme, o roteiro, o diretor, etc. Aliás,
Shimizu (o diretor) e Raimi (o produtor) também
se fazem presentes; -
Fúria
Poderosa: Os Bastidores de O Grito – Este é o
melhor extra do disco 1, que torna dispensáveis
os Bastidores e as Entrevistas acima. Trata-se de
um making-of com mais de 47 minutos de duração,
dividido em 5 capítulos temáticos: “O
Nascimento do Filme”, “Mito do Ju-On”, “Choque
Cultural”, “Projetando a Casa” e “Uma
Nova Direção”. Aqui temos muitas
informações relevantes prestadas por
Shimizu, Raimi, membros da equipe e elenco. Destacam-se
as dificuldades decorrentes da decisão de
filmar no Japão, com equipe japonesa e elenco
norte-americano. Contudo, nota-se que alguns deles,
as garotas principalmente, até que se divertiram;
Encerrando
este disco, temos o trailer de O Grito e de outros
títulos da distribuidora.
Disco
2
O
material extra deste disco também é apresentado
com áudio em inglês 2.0, legendas em
português (quando necessário) e no formato
de tela fullscreen - à exceção
das Cenas Excluídas, que estão no formato
letterbox:
-
Cenas Excluídas – Foram reunidas quinze
cenas que ficaram de fora da montagem original do
filme, em formato letterbox e com comentários
do diretor Takashi Shimizu, do produtor Taka Ichise
e da atriz Takako Fuji, que interpreta Kayako (os
mesmos que gravaram a faixa de comentários
em áudio da Versão do Diretor, infelizmente
omitida pela Europa). O que chama a atenção
nestas cenas é que, perfeccionismo do diretor à parte,
a maioria delas é muito boa, e poderiam perfeitamente
ter permanecido no filme. Boa parte delas foi eliminada
sob a alegação de que o público
americano não iria entendê-las. Mas
eu desconfio mesmo é que, cedo ou tarde, teremos
uma nova Versão do Diretor de O Grito em DVD;
-
A Casa de O Grito – Uma espécie de tour
de quatro minutos de duração pelos
aposentos da casa, intercalando cenas do filme. Este
featurette é acompanhado pela ótima
(e sinistra) trilha sonora de Christopher Young;
-
Imagens e Sons: O Storyboard de Takashi Shimizu – Com
pouco mais de três minutos, é uma comparação
das cenas do filme com os storyboards originais do
diretor, acompanhada pelo áudio do filme;
-
Anotações
de um Designer de Produção:
Os Esboços de Iwao Saito – Temos aqui
uma amostra da arte conceitual do desenhista de produção
do filme, novamente apenas com a ótima trilha
sonora de Young ao fundo;
-
Vídeo-Diário
de Sarah Michelle Gellar – São
nove minutos de alguns vídeos gravados pela
eterna Buffy, registrando parte de seu dia-a-dia
nas filmagens;
-
Um Passeio pelo Japão com KaDee Strickland – Durante
quase 14 minutos, a atriz nos mostra algumas curiosidades
sobre o Japão e Tóquio. O melhor do
extra é ela mesma, muito bonita e simpática;
-
Curtas-Metragens Originais da Série Ju-On:
4444444444 e In a Corner – São dois
curtas feitos originalmente em vídeo por Shimizu.
Com não mais de três minutos cada um,
eles garantem alguns momentos, no mínimo,
angustiantes.
|
|
Críticas
ao DVD
|
|
A Europa está de parabéns por disponibilizar,
para venda direta, um DVD de O Grito, em versões
com um ou dois discos, muito superior ao que foi
lançado há alguns meses para locação
(a distribuidora prepara lançamento similar
para a versão sell thru de O Massacre
da Serra Elétrica). Esta Edição Especial
com dois discos combina os DVDs da montagem exibida
nos cinemas (disponível aqui somente para
locação) e a Versão do Diretor
que a Sony lançou na Região 1, porém
sem os comentários de áudio. É um
produto caprichado, acima da média para seus
padrões e comparável a alguns lançamentos
das majors. Os dois discos estão acondicionados
em um estojo Amaray transparente, envolto numa bonita
luva de cartolina metalizada. Achei os menus animados
feios, onde os tons verdes dos menus do DVD norte-americano
foram trocados por uma combinação de
vermelho e amarelo. Quanto à imagem, os DVDs
apresentam alguma pixelização, principalmente
nos extras.
Ao
contrário do DVD de locação,
neste o filme está apresentado no seu aspecto
original widescreen anamórfico 1:85.1, e o
que se nota nesta transferência é o
esmaecimento das cores – o que já notara
no cinema, portanto é característica
da filmagem original – e um pouco de granulação
e artefatos de compressão visíveis
principalmente nas (várias) cenas mais escuras.
O problema passará desapercebido pela maioria
dos espectadores, mas fica flagrante dando-se um
zoom, ainda que mínimo, num televisor grande.
Não saberia dizer se a deficiência decorre
das transferências utilizadas pela distribuidora
ou da taxa de compressão aplicada. Contudo,
todos os DVDs wide da Europa que conheço (cito,
por exemplo Anjos da Noite – Underworld, que
aliás mereceria uma edição como
esta, com sua Versão Estendida) apresentam
o mesmo problema.
Já quanto ao áudio
não há do que reclamar, principalmente
na faixa em inglês Dolby Digital 5.1. Ela é bem
imersiva e cria, nos momentos mais climáticos
(ou seria melhor dizer, apavorantes?) uma ambientação
perfeita. Os efeitos surround são utilizados
nos momentos em que são realmente necessários,
sendo em boa parte responsáveis pela angústia
de muitas cenas. O subwoofer, por sua vez, fornece
graves sólidos que também reforçam
a admirável trilha musical de Christopher
Young. Para quem prefere assistir ao filme dublado,
há uma faixa (inferior) em português
Dolby 2.0. As legendas, em português e inglês,
são amarelas – padrão da distribuidora.
|
|
Menus
|
|
|
| Resenha
publicada em
29/08/2005
|
Por
Jorge Saldanha
|
|
Seu comentário
|
|